A Suzuki, representada no Brasil pela J Toledo, pode estar preparando uma surpresa ao nosso mercado: o lançamento da V-Strom 1050. O mais recente indício desse objetivo se deu recentemente, quando a empresa registrou a patente do modelo junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
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Entretanto, é sempre importante frisar que o registro serve, oficialmente, apenas para que a marca em questão proteja a propriedade intelectual de determinado produto, evitando que outra ‘se inspire’ no seu projeto. Assim, não é sinônimo de que a empresa irá comercializar aquele item no território nacional.
Suzuki V-Strom 1050 no Brasil
Porém, com a nova organização das empresas relacionadas à J Toledo, a Suzuki foca apenas na produção de motos acima de 650 cm³, enquanto Kymco e HaoJue são responsáveis por motocicletas e scooter menores. Dessa forma, o segmento bigtrail (no qual ela está presente com as atuais V-Strom 650 e 1000) se mostra ainda mais interessante.
Segundo a Fenabrave, no ano passado a V-Strom 1000 emplacou 332 unidades. Assim, a Suzuki está distante de concorrentes da faixa das mil cilindradas, como BMW R 1200 e 1250 GS (3.331 unidades, somadas) e Triumph Tiger 1200 (904).
Assim, a V-Strom 1050 pode dar novo fôlego à Suzuki junto do crescente e exigente público desse segmento. Afinal, a 1050 está um passo adiante da 1.000 em mecânica e, especialmente, no quesito eletrônica.
Como é a nova Suzuki V-Strom
A nova V-Strom 1050 une o visual com inspiração oitentista à tecnologia atual. Assim, seu design é inspirado num clássico da marca, a DR 800, com linhas retas e o para-lama ‘bico de pato’ que marcou época.
O motor segue a mesma estrutura e configuração da geração antiga. Entretanto, graças a algumas melhorias e ajustes para atender a Euro5, a potência subiu de 101 cv para 107 cv, ao tempo em que o torque reduziu de 10,5 kgf.m para 10,2 kgf.m. Além disso, ele está girando um pouco mais alto, a potência máxima chega em 8.500 rpm e o torque aos 6.000 rpm, antes, diante dos 8.000 e 4.000, respectivamente, da antecessora.
Já o chassi é novo. Construído em trave em alumínio, é mais rígido na parte traseira para suportar garupa e malas. As suspensões são Kyaba, com ajustes de pré-carga, compressão e retorno. Ainda, há para-brisa com ajuste de altura.
Eletrônica
Dessa forma, agora há o Suzuki Intelligent Ride System, pacote com vários auxílios para o piloto, voltados a diferentes situações e tipos de pilotagem. O SIRS é composto, por exemplo, de ABS para curvas, unidade de medição de inércia, controle de tração em três níveis – que também pode ser desligado – e três modos de pilotagem.
Ainda, há controle de velocidade de cruzeiro, iluminação full LED, tomada USB, painel em LCD completo, sistema LowRPM (que auxilia na condução em trechos travados, como o trânsito urbano), Suzuki Easy Start (que liga a moto com um suave toque no botão) e embreagem assistida e deslizante, a Suzuki Assist Clutch System.
Preço no Brasil
Nos Estados Unidos o preço da 1050 XT, versão mais cara, é de aproximadamente 14.800 dólares (cerca de R$ 81 mil). Já na Europa o valor é de meados de 15 mil Euros, cerca de 90 mil (desvalorizados) reais, enquanto o modelo de entrada sai por 10 mil Euros. Falando de conversão direta, claro.
Atualmente, a ‘nossa’ V-Strom 1000 tem preço sugerido de R$ 51.875 na versão A e de R$ 53.875 nos modelos 2019. Já as 2021, disponível apenas na configuração XT, têm preços partindo dos R$ 57.890. E, reforçando: a Suzuki ainda não se pronunciou sobre este possível lançamento no nosso mercado. Estamos aguardando – e torcendo.