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Foto: James Toseland (Honda): campeÆo

Foto: James Toseland (Honda): campeÆo

A temporada da Superbike encerrou o ano de 2007 com mais um t¡tulo para James Toseland (Honda) com uma rid¡cula diferen‡a de apenas dois pontos para o vice, o japonˆs Noriyuki Haga da Yamaha (415 pontos contra 413), decep‡Æo pelas Ducati que nÆo acompanharam o ritmo das 4 cilindros japonesas. O inglˆs James agora vai para a MotoGP tentar a sorte. Mas foi por muito pouco, muito pouco mesmo.

O grande favorito da temporada, logo no in¡cio era o campeÆo de 2007 Troy Bayliss. Mas com a evolu‡Æo das motos 4 cilindros japonesas a V2 italiana da Ducati nÆo conseguiu acompanhar o ritmo, e pra complicar mais ainda, o australiano sofreu alguns acidentes no princ¡pio do ano que comprometeram seu campeonato. Em um desses acidentes, comenta-se que como houve uma fratura grave no dedo mindinho da mÆo direita, ele teria um prazo de recupera‡Æo mais longo, e para nÆo dan‡ar mais no campeonato, ele teria mandado amputar o dedinho. NÆo d  pra saber se isto ‚ verdade, mas se for, mostra o compromisso que esses caras tˆm com seu trabalho. Bom, aqui no Brasil tivemos um caso semelhante na pol¡tica que resultou na presidˆncia!

Foto: Haga (Yamaha): vice-campeÆo

Foto: Haga (Yamaha): vice-campeÆo

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Max Biaggi estreou com vit¢ria na categoria, mas logo em seguida apagou-se um pouco. Voltando a brigar pelo campeonato na segunda metade da temporada. A turma da Yamaha, o ex campeÆo Troy Corser e o japonˆs voador, vice campeÆo de 2007, Noriyuki Haga, come‡aram patinando um pouco, mas a partir da 6¦ etapa encontraram seu caminho, e Haga efetivamente come‡ou sua luta pelo t¡tulo com duas vit¢rias em Monza.

Durante o ano vimos algumas participa‡äes especiais, principalmente do espanhol boa pra‡a Ruben Xaus, pilotando uma Ducati 999 privada. Chegou at‚ a vencer uma etapa, mas no fim das contas, ficou apenas nisso mesmo. Quem mostrou uma grande evolu‡Æo foi o time Kawasaki, que promete muito para 2008 vindo com uma moto nova. Eles come‡aram mal o ano, mais ou menos do mesmo jeito que terminaram 2006, mas na £ltima prova do ano j  estavam brigando pelo p¢dio.

A grande not¡cia do ano foi a permissÆo do aumento de capacidade c£bica dos motores V2 (leia-se Ducati). Pra explicar melhor, a coisa ‚ assim: Desde quando foi criado o campeonato mundial de superbikes (motos de produ‡Æo) os motores podiam variar a capacidade c£bica dependendo do n£mero de cilindros. Para quem nÆo entendeu o que ‚ capacidade c£bica, ‚ o vulgarmente e erroneamente chamado de cilindrada. Ou seja, at‚ 2002 as motos 4 cilindros tinham motores 750cc e as 2 cilindros 1000cc. Em 2002 a FIM modificou as regras, dando um tempo para as marcas que utilizavam os motores 2 cilindros se adaptarem, permitindo para todas as motos a capacidade de 1000cc. Bom a¡ ‚ que come‡a a encrenca. Logo de cara viu-se que nÆo eram dois pesos e duas medidas. O n£mero de cilindros nÆo tem uma liga‡Æo direta com a potˆncia de um motor, mas tem um peso grande neste n£mero. E por mais que se queira, ‚ dif¡cil fazer um V2 processar a mesma quantidade de ar/combust¡vel que um 4 cilindros de mesma capacidade c£bica. Quando isto ficou claro, a FIM come‡ou a fazer concessäes … Ducati para que ela se mantivesse competitiva no campeonato.

As concessäes eram simplesmente permitir uma “tunagem” maior dos motores 2 cilindros que dos 4. Por exemplo, at‚ 2007 as motos 4 cilindros eram obrigadas a manter a parte de baixo do motor (bielas, mancais, bronzinas, virabrequim e c rter) conforme o original, j  as Ducati podiam mexer nisso tudo. Isto permitiu vermos as m quinas atingirem recordes de velocidade em diversos circuitos, mas ao mesmo tempo elevou assustadoramente os custos para as equipes que utilizavam este motor. Comenta-se tamb‚m que a 999 do Troy Bayliss utiliza a mesma eletr“nica da GP07 do Casey Stoner (campeÆo da MotoGP). O resultado disso tudo ‚ que a Ducati come‡ou a fazer pressÆo na FIM, e no fim das contas deu certo. Para 2008 teremos capacidades c£bicas variando de acordo com o n£mero de cilindros das motos, como era antigamente. Mas os limites de prepara‡Æo serÆo os mesmos. O que teoricamente nivelaria as coisas um pouco. Mas na pr tica tenho l  minhas d£vidas, pois o £nico meio que a Honda encontrou para vencer as Ducati na ‚poca das 750cc 4 cilindros foi fabricando uma moto V2 1000cc, a famosa RVT RC 51, ou VRT1000SP2 na Europa. Ou seja, ‚ bem prov vel que voltaremos … era dos V2. Particularmente eu gosto mais desses motores que dos 4 cilindros.

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J  em 2007, no campeonato europeu de SuperStock, que sÆo motos praticamente originais, com m¡nimas modifica‡äes, o Italiano Niccolo Canepa, pilotando uma Ducati 1098 foi o campeÆo. Isto d  uma bela no‡Æo de quanto a superioridade c£bica ‚ importante. E para o ano que vem, na superbike, a 1098 nÆo ser  1098, ser  1198. Veremos V2 com mais de 200cv.

A outra grande noticia para este ano ‚ a entrada do time oficial de f brica da MV Agusta, dirigido por nada menos que Carl Fogarty, campeÆo do mundo na d‚cada de 90, pilotando uma Ducati. Pela experiˆncia que o diretor da equipe tem e pela tradi‡Æo da MV, a briga deve ser boa.

Uma outra f brica entrando no campeonato ‚ a BMW. Mas nesse ponto as not¡cias ainda nÆo sÆo muito claras. Ela apresentou no salÆo de T¢quio a HP2 Sport, uma versÆo apimentada da R1200S, que foi desenvolvida no campeonato mundial de endurance. Mas endurance nÆo ‚ superbike, e no mundo WSBK a cavalaria tem muito mais importƒncia que a autonomia, consumo de pneus e confiabilidade. NÆo se sabe quanto de potˆncia ainda se pode extrair da HP2, mas duvido que com o motor refrigerado a ar, ela consiga se aproximar dos 200cv das suas concorrentes. Mas como o plano da marca b vara ‚ entrar no campeonato apenas em 2009, nÆo ‚ dif¡cil imaginar que teremos uma moto nova sendo lan‡ada em meados 2008, talvez mais no fim do ano, em uma especifica‡Æo mais Racing, para homologa‡Æo. Para 2009 tamb‚m teremos o aguardado retorno da Aprilia no campeonato, com sua nova moto, que ser  lan‡ada ano que vem, tendo um potente motor V4.

A £ltima noticia ‚ a entrada da Triumph no mundial de SuperSport, onde correm as 600cc 4 cilindros e as 750cc V2. A Triumph, na ocasiÆo do lan‡amento da Daytona 675 negou que planejasse entrar em competi‡äes oficialmente com a moto, mas o motor de 675cc fica exatamente no meio do caminho entre as 600cc das tetracilindricas japonesas e das 750cc das italianas V2. Ou seja, mesmo que … ‚poca nÆo fosse inten‡Æo deles, escolheram o motor com isto em mente. O que ‚ muito bom, ‚ que mais uma marca no campeonato acirra mais ainda a disputa, trazendo mais emo‡Æo …s corridas.

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Sobre a MotoGP, a grande discussÆo do momento ‚ a possibilidade de j  em 2008 termos apenas 1 fornecedor de pneus para todas as equipes. Esta medida foi adotada na WSBK em 2003 com muito sucesso. Ainda nÆo se sabe o que vai acontecer, visto que o dinheiro e o prest¡gio envolvido na categoria rainha ainda ‚ bem maior que da WSBK