Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, foi consagrado no Brasil como rei do futebol e emplacou de vez a Honda no país quando foi garoto propaganda da marca. A moto que Pelé adotou faz 45 anos em 2021 e vamos apresentá-la agora.
A primeira duas rodas do rei do futebol foi uma CG 125 de 1976. A oportunidade surgiu porque Pelé foi chamado para fazer a campanha publicitária da primeira geração da CG 125 e a moto foi a primeira na linha de produção da fábrica da Honda em Manaus (AM).
Pelé, o rei das pistas?
O fundador e presidente da Honda, Soichiro Honda, convidou Pelé para o desafio de ser a cara da marca no Brasil através da divulgação da primeira CG. Foi então que Pelé ajudou a Honda a emplacar no país e ganhou a ‘carteirinha’ da nação CGzeira.
Na época os clubes ainda não falavam em restrições de jogadores de futebol para pilotar motocicletas. Assim, o rei do futebol se tornou a marca registrada da CG 125 no Brasil e os motociclistas passaram a procurar ‘a moto do Pelé’ para comprar.
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A CG 125 do Pelé
A laranjinha do Edson Arantes logo ganhou fama de robusta e econômica. Dessa forma, o modelo de 1976 era movido por um motor de 124 cm³ que oferecia 11 cv a 9.000 rpm e 0.94 kgf.m a 7.500 giros.
Assim, a CG da década de 70 foi a primeira moto produzida em solo nacional com motor 4Tempos. A primeira geração recebeu um sistema elétrico de 6 Volts e o câmbio era de quatro marchas.
Contudo, Pelé só poderia ter pressa no gramado, tendo em vista que a velocidade final da sua CGzinha era de pouco mais de 100 km/h.
Estilo da moto do rei
A CG 125 cresceu rapidamente devido às poucas opções no mercado que entregassem fácil manutenção, preço acessível e economia.
Mais silenciosa que as concorrentes, a CG do Pelé tinha um design característico da Honda na época: linhas suaves e arredondadas. Dessa forma, modelo explorou bem os itens cromados e componentes circulares como farol, painel de instrumentos e piscas.
Logo a primeira geração do modelo ficaria conhecida como ‘CG bolinha’, sendo o ponta pé inicial de uma história de sucesso que perdura até hoje. As versões de 125 cilindradas viveram de 1976 a 2019, quando a Honda já produzia as CG 160. Por fim, a laranjinha do Pelé deu lugar à irmã mais velha, a 160, líder isolada entre as motos mais vendidas do Brasil.