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Pesquisa Ibope Inteligência e Win revela a percepção da população mundial sobre a crise econômica

O estudo inédito realizado em 17 países mostra que 49% da população mundial está pessimista em relação à crise; já no Brasil, apenas 19% da população acredita que a situação financeira do país irá piorar

O IBOPE Inteligência, em parceria com a rede global de pesquisas WIN – Worldwide Independent Network of Market Research, divulga pesquisa global sobre a percepção da população mundial em relação à crise econômica enfrentada no momento. Intitulado “A Crise no Mundo”, o estudo ouviu 16 mil pessoas, em 17 países, sobre o futuro de seu país, de sua renda e da confiança no governo, nos bancos e nas ações de mercado. Alemanha, Áustria, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Inglaterra, Itália, Islândia, Japão, Rússia e Suíça participaram do estudo.

A pesquisa inédita aponta um cenário negativo na percepção da população mundial, com maior pessimismo em relação à situação do país do que à situação do próprio entrevistado. Do total, 49% dos entrevistados esperam a piora financeira de seu país nos próximos três meses e apenas 12% estão otimistas em relação ao futuro. Porém, ao transferir essa situação para suas próprias vidas em um período mais amplo, de 12 meses, a expectativa muda: 45% imaginam ter sua renda ampliada, enquanto apenas 16% projetam queda de renda para os próximos meses.

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Já os indicadores de confiança no governo são críticos. Em nota de 1 a 10, os entrevistados atribuem média de 5,2 para confiança na habilidade do governo de seu país em lidar com a crise; 5,3 na confiança na solidez dos bancos e 4,0 de confiança no mercado de valores.

Islândia e Japão são os países com as populações mais pessimistas em relação aos efeitos da crise atual, seguidos por França, Alemanha e Reino Unido. Em um terceiro nível, mas ainda assim com predomínio de negativismo, surgem Itália, Espanha e Rússia.

Entre os países mais otimistas estão Índia, Brasil e China. Em praticamente todos os indicadores, esses países dividem a liderança em menções positivas, reflexo do momento vivenciado recentemente, de desenvolvimento econômico, crescimento acentuado de PIB, industrialização e controle da inflação.

Ainda com grande otimismo em relação ao futuro de seu país, mas em patamar ligeiramente inferior ao dos países acima, desponta os Estados Unidos, considerado um dos países-alvo da atual crise. A crença no futuro promissor pode ser atribuída à vitória de Barack Obama nas recentes eleições ou à herança do título de maior potência econômica mundial.

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Outro destaque é a Holanda, único país europeu com traços de otimismo, ainda que não presentes em todos os aspectos avaliados. O levantamento registrou elevada confiança no governo, nas instituições financeiras e no mercado de valores, em comparação com a média dos demais países.

O estudo aponta que os entrevistados mais otimistas fazem parte dos países em crescimento, que formam o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), com exceção da Rússia, que apresentou uma percepção mais pessimista; e os depoimentos mais críticos e pessimistas provêm da população das regiões mais desenvolvidas, responsáveis pela formação do G8 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Inglaterra e Estados Unidos). “Para entender a percepção dos entrevistados é, preciso levar em consideração, além dos impactos da crise sentidos em cada país, que maior instrução e maior poder aquisitivo tendem a estimular uma visão mais crítica e cética. O otimismo dos países do BRIC se deve, principalmente, ao impulso recente em suas economias”, destaca Eduardo Krenke, diretor de Atendimento e Planejamento do IBOPE Inteligência.

Os resultados da pesquisa referentes ao Brasil apontam que a população está otimista: apenas 19% acreditam que a situação financeira do país irá piorar nos próximos meses e 34% apostam em melhorias. O índice de confiança do brasileiro supera a grande maioria dos países: 6,7 acreditam na capacidade do governo de lidar com a crise; 6,1, nos bancos e 5,7, no mercado de ações.

Do total, 79% dos entrevistados esperam aumentar a renda própria no próximo ano. Os resultados registram tendência mais otimista entre pessoas de menor renda, que residem nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

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“Os programas e ações desenvolvidas pelo governo para as classes mais baixas provavelmente contribuíram para os índices de aprovação do atual governo e se refletem também nessa avaliação de confiança no governo e na situação financeira dos brasileiros”, explica Krenke.

A pesquisa “A Crise no Mundo” foi realizada durante a segunda quinzena de novembro e a primeira quinzena de dezembro de 2008. A maioria das entrevistas foi feita via internet e por telefone, com exceção de Brasil, Índia e Rússia, onde os depoimentos foram coletados pessoalmente. No Brasil, foram realizadas duas mil entrevistas em todo o território nacional e, nos demais países, entre 500 e duas mil entrevistas, representativas da população.

O IBOPE Inteligência é a primeira empresa associada à rede global WIN na América Latina. Criada em 2007, a WIN reúne 18 conceituadas empresas de pesquisa independentes, cujos membros têm por meta compartilhar técnicas e metodologias, fomentando negócios internacionais, além de disseminar as melhores práticas e cases de sucesso.

Sobre a WIN
Criada em 2007, a WIN é uma rede global de pesquisa de mercado e informações composta atualmente por 18 empresas com atuação local, presentes em todos os continentes. São elas: Leyhausen (Alemanha), Gallup (Áustria e Coreia), IBOPE Inteligência (Brasil, Argentina e México), Leger Marketing (Canadá), CRC Research (China), Instituto DYM (Espanha), The Research Intelligence Group (Estados Unidos), BVA (França), Marketing Response International (Holanda), ICM Research (Inglaterra), Capacent (Islândia), Doxas S.P.A (Itália), Nippon Research Center (Japão), Romir (Rússia) e ISOPUBLIC (Suíça). A associação já ocupa a 7ª posição no ranking mundial do setor.

Sobre o IBOPE
Multinacional brasileira de capital privado, o IBOPE é uma das maiores empresas de pesquisa de mercado da América Latina, fornecendo há mais de 65 anos um amplo conjunto de informações e estudos sobre os mais variados temas, como mídia, opinião pública, intenção de voto, consumo, marca, comportamento e mercado. O Grupo, que ocupa atualmente a 18ª posição entre as 25 maiores empresas de pesquisa do mundo (segundo o hanking Honomichl Top 25 Global Research Organization), é composto por duas grandes empresas, IBOPE Media e IBOPE Inteligência, além de possuir participação acionária importante na Millward Brown do Brasil. Em 2000, o IBOPE criou o Instituto Paulo Montenegro, organização sem fins lucrativos que atua de maneira focada e com prioridade definida no campo da educação. O Instituto desenvolve e dissemina projetos que têm como base o know-how em pesquisa das empresas do Grupo e a credibilidade conquistada ao longo do tempo.

Sobre o IBOPE Inteligência
Com unidades de atendimento e planejamento em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Buenos Aires e Cidade do México, o IBOPE Inteligência é a empresa do Grupo IBOPE focada no mercado de pesquisa e de informação nas áreas de consumo, marca e opinião pública. É responsável pela análise de mercados, acompanhamentos de tendências e recomendações estratégicas de apoio à decisão para organizações dos segmentos de tecnologia, mídia, sociedade, consumo e finanças no Brasil e na América Latina.