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Mais uma prova contra o j  desgastado ditado popular que diz que mulheres dirigem pior que homens.

Dados da DivisÆo de Educa‡Æo de Trƒnsito do Detran, de SÆo Paulo, mostram que apenas 15% dos motoristas com carteira suspensa sÆo mulheres, contra 85% de homens. As informa‡äes levam em conta apenas os que fizeram o curso de reciclagem oferecido pelo ¢rgÆo de 1999 a 2002, mas permitem tra‡ar um perfil dos infratores bem pr¢ximo do real. Dif¡cil tamb‚m acreditar na hist¢ria de que a puni‡Æo foi injusta.

A maioria (82%) acumulou 20 pontos, ou seja, cometeu uma s‚rie de erros. S¢ 18% perderam o direito de dirigir por uma £nica infra‡Æo grav¡ssima, de sete pontos. Pela lei, basta, por exemplo, ser flagrado numa velocidade 20% maior que a permitida para perder a carta.

A id‚ia de que as pessoas podem se tornar agressivas ao volante parece se confirmar. Os infratores dividem-se igualmente entre todos os n¡veis de estudo. A maioria (31%) terminou a faculdade ou concluiu o ensino m‚dio (28%), contra 22% que terminaram o ensino fundamental. Quem costuma implicar com idosos no volante tamb‚m deveria pensar duas vezes. Apenas 15% dos motoristas com carteira suspensa tˆm entre 50 e 60 anos e s¢ 8%, 60 anos ou mais.

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SÆo os mais jovens que ficam com o t¡tulo de mais imprudentes: a faixa dos 20 aos 35 anos corresponde a 43% dos infratores e a dos 25 a 50, a 34%. Mas existe salva‡Æo. Os ¡ndices de aprova‡Æo no “cursinho” sÆo altos: 81,67% conseguem passar, 12,02% desistem e 6,31% sÆo reprovados. Nem todos que tˆm a carteira suspensa, contudo, preocupam-se em recuper -la.

Acabam fora das estat¡sticas do Detran, junto aos que fazem as aulas em auto-escolas credenciadas. Flagrado em 2001 ao andar de moto sem capacete – infra‡Æo grav¡ssima – o mecƒnico Robson de Sousa, de 23 anos, perdeu o direito de dirigir. At‚ hoje nÆo fez o curso. “Marquei as aulas no Detran em dezembro, mas nÆo pude ir.” Sua habilita‡Æo continua retida.