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Foto: Suzuki GS 500 - Foto Divulgação

Foto: Suzuki GS 500 - Foto Divulgação

Bittenca! Bom dia! Queria, antes de mais nada, agradecer as outras oportunidades que você me deu nas respostas sobre a minha GS 500 e a todo o conteúdo do site que todos os dias ajuda muita gente do mundo motociclistico. Eu tenho mais um problema, e antes de chegar até aqui para lhe perguntar já pesquisei muito pela internet e já entrei em muito debate no fórum da GS500 e mesmo assim, fica algumas dúvidas sobre algums problemas detectados na GS – isso que é uma motocicleta nova (2007 – 2008) com apenas 10k rodados. O primeiro que apareceu foi a fumaça, na verdade, fumaça cinza.. A branca, sei que é água, mas a cinza, pelo menos nos carros, indica queima de óleo. Acontece somente de manhã e apenas algumas vezes, seria um problema nos retentor de válvulas? no fórum comenta-se que é uma fumaça proveniente de um revestimento que existe no escape da moto, é correto afirmar isso? O segundo é o freio dianteiro. O cilindro mestre (foi assim que o mecânico descreveu) do reservatório de fluído dianteiro parece emperrado, ou seja, quando pressiono o freio ele vai, com dificuldade e volta com dificuldade, voltando apenas até certo ponto deixando uma pequena folga entre o cilindro mestre e o manete, que consequentemente, deixa uma folga no interruptor de acionamento de luz de freio. Fui verificar o valor deste reparo e custa 120 Reais. Teria algum reparo paralelo para este modelo de freio, é um AJP, acredito que não deve ser só a GS que usa este freio. O terceiro problema que eu detectei é um vazamento na região do pinhão. Pelo que eu reparei no fórum é um problema dos retentores que ficam no pinhão e na alavanca de câmbio. Este problema é o mais fácil de resolver, uma vez que os retentores não são tão caros, mas é apenas para ressaltar a falta de qualidade que a moto está apresentando. Bom, eu estaria me programando para adiquirir uma Bandit no ano que vem, mas realmente fico com o pé atrás pois a GS uso diariamente apenas para ir e vir do trabalho, não abuso da moto, não acelero até o limite, todo dia de manhã me preocupo em aquecer a moto antes de sair, e mesmo assim, está acontecendo estas coisas que, com uma Twister que tive por 3 anos nunca me aconteceu nada. Obrigado! Vida Longa! Att Inácio, 27, São Paulo, SP.

Foto: Curvas dos escapes da Benelli - Bitenca

Foto: Curvas dos escapes da Benelli - Bitenca

Inacio, primeiramente quanto à fumaça pode ser sim retentor de válvulas, e às vezes quando se para a moto em determinada posição inclinada isso pode favorecer a infiltração de óleo por algum lugar, seria bom observar isso também. Você pode tentar mudar a marca do óleo, pode resolver. Qual revestimento haveria no escapamento para provocar fumaça…pintura?? não me ocorre nada que seja possível, acho bobagem.
No freio, o cilindro mestre emperra por excesso de sujeira. Mande limpar e troque todo o fluido do freio (de 2 em 2 anos pelo menos). Mantenha lubrificado o mecanismo do manete e troque a pequena chupeta que serve de guarda-pó no pino de acionamento, se tiver rasgada. Evite trocar todo reparo, pois em poucos casos isso se torna realmente necessário e sei que o preço não é nem um pouco razoável, se correr para o paralelo vai ficar pior. Mande limpar também a pinça, na área externa dos pistões que acionam as pastilhas. Sujeira lá pode prejudicar o funcionamento do retorno normal da mesma forma.
O vazamento no motor parece ser do eixo do pedal do câmbio pois quando é no pinhão ele flui para a corrente e não é tão comum, fácil a troca.
Inácio, essa moto foi fabricada no sistema CKD, onde o fabricante às vezes compra a moto montada, desmonta no exterior e importa as peças para em seguida montar em Manaus se aproveitando dos incentivos fiscais. As peças, ou a moto como um todo possivelmente já estariam no estoque do fornecedor estrangeiro há bastante tempo e como as borrachas têm tempo de vida útil mais reduzido já pode estar ocorrendo o vencimento da resina que constitui esses componentes, mesmo sendo a moto de venda recente. Você sabe que esse modelo é bastante antigo no exterior e a montadora pode vender uma moto com o ano de fabricação no exterior diferente do ano que ela declara montar para o mercado interno… Resultados são esses problemas que você está observando, vazamentos em várias regiões sem que o uso corresponda ao desgaste aparente. Apesar disso acho que é um modelo de bom custo-benefício se bem mantido. A Bandit pode ou não ter os mesmos problemas, não o modelo injetado que teve sua produção mais recente no exterior. Boa sorte. Bitenca

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Fala Bitenca! Tenho um escape esportivo na Tornado, com o diâmetro da curva bem maior do que o da curva original e saída “direta” pra ponteira (a original primeiro faz uma curva pra baixo né). Voltei pro original a uns dias, to pintando o esportivo. Mas agora estou com uma dúvida antes de voltar pra ele: já ouvi dizer que colocar uma ponteira esportiva na curva original não há problema, mas colocar uma curva esportiva (a “direta”) danifica o motor. Isso é verdade? Rudá, 20, Florianópolis, SC.

R: Há um pouco de verdade nisso sim Rudá, mas depende: As curvas e diâmetro dos dutos, tanto de admissão quanto de escape teoricamente geram restrição. Você repara que nas motos modernas esportivas os dutos de admissão são na vertical, por isso o tanque chega a ser removido para locais mais apropriados como sob o banco nas BMW. Mas na exaustão as curvas são quase inevitáveis para direcionar os gases pelo sistema de processamento das emissões tanto acústicas quanto químicas, nas ponteiras. São elas que cumprem esse papel e invariavelmente se encontram em direção contrária à saída do coletor do escapamento. Na vida real entretanto, essa perda pode se tornar irrelevante e imperceptível. As diferenças na curvatura do coletor não vão causar efeito que se perceba em uso normal. Apenas no caso em que não for utilizada a ponteira, por ser encurtado e aberto o sistema como um todo, o ar frio que entra no contra-fluxo das explosões pode provocar dano (trincas) nas válvulas. Por isso nunca se deve usar um motor sem o duto completo do escapamento, dentro dos parâmetros calculados para dar a descarga e o controle das emissões na forma prevista.