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Três países, mais de 500 pilotos e 40 anos de história. O Rally Dakar 2018 começa no dia 5 de janeiro em Lima (Peru) e no dia 20 de janeiro os sobreviventes chegarão a Córdoba, na Argentina. Entre o Peru e a Argentina, a caravana passará pela Bolívia.

Esse ano os pilotos largam e já enfrentam as difíceis dunas peruanas para logo encontrar o desafio da competição em altitude extrema, à medida que o Dakar for caminhando rumo à Bolívia. Vencidas as dunas e a altitude, os competidores deverão enfrentar o obstáculo final, o calor infernal e o terreno difícil na Argentina.

Matthias Walkner, piloto da KTM, é um dos favoritos (Foto: Red Bull Content Pool)

Matthias Walkner, piloto da KTM, é um dos favoritos (Foto: Red Bull Content Pool)

Nesta 40ª edição do Rally Dakar, não teremos pilotos brasileiros nas motos nem nos caminhões. Os fãs brasileiros poderão curtir 7 compatriotas competindo em três das cinco categorias em disputa: carros, quadriciclos e UTVs. Nos carros, a dupla Jorge Wagenfuhr e Idali Bosse estarão com seu Mitsubishi Triton; Reinaldo Varela / Gustavo Gugelmin (Can-Am) e José Sawaya / Marcelo Haseyama (Polaris) estarão nos UTVs e Marcelo Medeiros (Yamaha) vai competir nos quadriciclos.

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O português Paulo Gonçalves e sua Honda é outro favorito que pode quebrar a hegemonia de 17 anos de vitória da KTM; mas o piloto ainda não sabe se terá totais condições de competir este ano, apesar de ter viajado com a equipe para a largada no Peru

O português Paulo Gonçalves e sua Honda é outro favorito que pode quebrar a hegemonia de 17 anos de vitória da KTM; mas o piloto ainda não sabe se terá totais condições de competir este ano, apesar de ter viajado com a equipe para a largada no Peru

142 motos na Dakar 2018

Dos 524 competidores que largarão em Lima no dia 6 de janeiro, 142 são pilotos de motos. Destes, 28 estão inscritos na categoria “sem assistência”, ou seja, nos 15 dias de prova estes pilotos vão se virar sozinhos. Entre estes, destaca-se a presença do francês Olivier Pain, ex-piloto da Yamaha, com dez participações na prova, com cinco finalizadas no “top ten”.

Considerados “os bravos” por todos os outros competidores, eles levam consigo uma mala onde cabe tudo, destes roupa a ferramentas e peças de substituição. Do inicio ao fim da prova, são eles que tem de fazer a manutenção da moto e estão proibidos de receber qualquer assistência além daquela que pode ser prestada por outros pilotos durante a competição.

Quem pode quebrar a hegemonia da KTM?

Na luta pela vitória na prova estão o britânico Sam Sunderland (KTM), vencedor da edição de 2017, seu companheiro de equipe, o australiano Toby Price, vencedor da prova em 2016, e o também piloto da KTM, o austríaco Matthias Walkner , que chega como o campeão do Rali de Marrocos e o francês Antoine Méo. Como se vê, a KTM segue favorita a alcançar sua 18ª vitória em 2018.

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A Yamaha vai com o francês Adrien Van Bereven para desafiar as KTM

A Yamaha vai com o francês Adrien Van Bereven para desafiar as KTM

Para tentar quebrar a hegemonia da KTM, vem a equipe Honda, com o espanhol Joan Barreda, que tem 19 vitórias em etapas do Raly Dakar e o português Paulo Gonçalves, segundo no Dakar 2015, e que chega em Lima sem saber ainda se terá totais condições de luta pela vitória por conta de ainda estar se recuperando de uma lesão no ombro e no joelho. Na Honda o argentino Kevin Benavides mostrou que sabe andar bem depressa no Dakar no ano passado e pode surpreender.

Na Yamaha o francês Adrien van Beveren, quarto no Dakar de 2017, vai puxar a fila da equipe, que não terá o português Hélder Rodrigues por causa de lesão. Para ajudá-lo, o francês Xavier de Soultrait e o argentino Franco Caimi, o melhor estreante do Dakar 2017 ao terminar na oitava posição. Na Husqvarna, o chileno Pablo Quintanilla chega como Campeão do Mundo de Cross Country, depois de ter sido o piloto mais regular das duas últimas edições do Rally Dakar.

Para completar a legião de desafiantes à KTM, o espanhol Joan Barreda e sua Honda podem vencer o Rally Dakar 2018

Para completar a legião de desafiantes à KTM, o espanhol Joan Barreda e sua Honda podem vencer o Rally Dakar 2018

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Quem quiser acompanhar a aventura dos pilotos brasileiros no rali de 9 mil km pela América do Sul pode ficar ligado no programa especial diário da Red Bull TV, que estreia em 5 de janeiro, narrando os detalhes, os melhores momentos e as curiosidades da prova off-road mais temida e famosa do mundo.

Roteiro para as motos no Rally Dakar 2018:

  1. 06/01/18 – 1ª etapa: Lima – Pisco, 272 km (Especial de 31 km)
  2. 07/01/18 – 2ª etapa: Pisco – Pisco, 278 km (Especial de 267 km)
  3. 08/01/18 – 3ª etapa: Pisco – San Juan de Marcona, 501 km (Especial de 295 km)
  4. 09/01/18 – 4ª etapa: San Juan de Marcona – San Juan de Marcona, 444 km (Especial de 330 km)
  5. 10/01/18 – 5ª etapa: San Juan de Marcona – Arequipa, 770 km (Especial de 264 km)
  6. 11/01/18 – 6ª etapa: Arequipa – La Paz, 758 km (Especial de 313 km)
  7. 12/01/18 – Dia de descanso em La Paz
  8. 13/01/18 – 7ª etapa: La Paz – Uyuni, 726 km (Especial de 425 km)
  9. 14/01/18 – 8ª etapa: Uyuni – Tupiza, 584 km (Especial de 498 km)
  10. 15/01/18 – 9ª etapa Tupiza – Salta, 754 km (Especial de 242 km)
  11. 16/01/18 – 10ª etapa: Salta – Belén, 795 km (Especial de 372 km)
  12. 17/01/18 – 11ª etapa: Belén – Chilecito, 484 km (Especial de 280 km)
  13. 18/01/18 – 12ª etapa: Chilecito – San Juan, 722 km (Especial de 375 km)
  14. 19/01/18 – 13ª etapa: San Juan – Córdoba 904 km (Especial de 423 km)
  15. 20/01/18 – 14ª etapa: Córdoba – Córdoba, 284 km (Especial de 119 km)

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Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.