Apesar da prova já estar no seu segundo dia de competição, vale a pena para nós brasileiros sabermos que na Argentina, piloto de rali é prestigiado como ídolo do futebol no Brasil. Famílias inteiras enfrentam o sol forte para aplaudir os competidores do Dakar. E foi assim mesmo, com a emoção a mil por hora como num jogo de River e Boca, que aconteceu a largada promocional no dia 3 (sábado) para o maior rali do planeta em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino.
Todos os competidores na apresentação oficial: números expressivos e muito prestígio por onde passa (Foto de Gustavo Epifânio – Vipcomm)
Ontem, domingo, os competidores – 161 motos, 137 carros, 63 caminhões e 45 quadriciclos, 406 no total – partiram para o primeiro dia de disputas até a cidade de Villa Carlos Paz, percorrendo um total de 838 km. Entre os competidores, cinco são brasileiros: Jean Azevedo, da equipe Honda South America Rally Team, nas motos; André Suguita, nos quadriciclos, de Can-Am; a dupla Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, da equipe Mitsubishi Petrobras, nos carros; e Du Sachs, como navegador no carro do português Ricardo Leal.
O espanhol tetra campeão, Marc Coma, na largada promocional em Buenos Aires: favoritismo (Foto de Eric Vargiolu/DPPI)
Aliás, no Dakar não faltam números interessantes. Durante 14 dias serão percorridos mais de 9.000 quilômetros entre Argentina, Bolívia e Chile. Todos os detalhes serão mostrados pela TV em mais de 190 países, durante 1.200 horas, alcançando um audiência estimada em um bilhão de telespectadores ao redor do planeta. Só as equipes de TV têm 250 pessoas envolvidas. No Brasil, a transmissão será feita pelos canais Fox Sports.
O surpreendente vencedor da primeira etapa, Sam Sunderland, da KTM
Roteiro dos 14 dias de prova: mais de um bilhão de pessoas assistem pela TV
Nas ruas, estradas, vilarejos ou no meio das dunas no deserto, quase 4 milhões de pessoas assistiram à passagem dos competidores na edição de janeiro de 2014. Enfim, isto é Dakar, um “monstro” do mundo dos esportes e da aventura. E na Bolívia, o presidente Evo Morales decretou feriado no país para que as pessoas possam assistir a passagem da competição e “estimular o turismo”. Todos os participantes do evento devem deixar mais de 250 milhões de dólares para os vizinhos na América do Sul. 
