Que tal realizar aquele sonho de fazer uma longa viagem de moto? E se for ao melhor estilo Easy Rider, indo até Deserto do Atacama, no Chile. Parece desafiador? Não para um grupo de mulheres entre 37 e 69 anos que se conheceu pela internet. Saiba quem são as Rosas do Deserto.
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Tudo começou quando Telma Crummenauer adquiriu uma moto. A dona de casa curitibana rodou na garupa do marido por mais de duas décadas até se permitir assumir o guidão, logo após ganhar uma motocicleta. Aos 46 anos o presente a levou para longe da depressão, proporcionou encontros e novas amizades, culminando com a criação do motoclube de mulheres Filhas do Vento e da Liberdade. Interagindo pelo Facebook, elas já são mais de seis mil.
Aí surgiu a ideia de rodarem juntas. Para celebrar seus 50 anos, Telma encontrou outras participantes do grupo e deram início à Expedição Rosas do Deserto. Dez mulheres com profissões, estilos de vida e motos diferentes e que nunca se viram pessoalmente estão de malas prontas para conhecer o mais famoso deserto do continente. Elas se encontram no dia 3 de outubro, em Foz do Iguaçu, para iniciar a viagem.
Dez mulheres viajam de moto ao Atacama
Pensando na viajem, Telma encontrou Gean Neide, militar de 51 anos, que fez sua carteira de habilitação apenas aos 46. O plano inicial de Gean era economizar no dia a dia, mas logo veio o sonho de viajar e ela acabou rodando por 65 países sozinha. A primeira rota foi do Natal (RN) até o Atacama. Gean será a guia responsável pela aventura e pretende quebrar paradigmas, mostrar que mulheres são capazes de grandes colaborações mútuas como uma longa viagem.
Se para a militar o destino já é conhecido, às outras motociclistas será tudo novidade. Assim como Telma, a maioria nunca percorreu longas distâncias – e tera pela frente sete mil quilômetros, em 26 dias, com temperaturas que podem variar de 8 a 40 graus. Outra presença confirmada para a aventura é a professora Graça Santos. Ela está pronta para rodar até o Chile com sua CB 500, no auge de seus 69 anos.
Conheça as Rosas do Deserto
Os objetivos descritos são andar em grupo, sem deixar ninguém para trás, é importante respeitar o tempo de cada uma. As motociclistas vão acampar pelo caminho, dormir em barracas, se aventurar. Uma oportunidade única de aprendizado, segundo a curitibana Telma.
- Kátia de Lima Silva – 53 anos, servidora pública aposentada, de Brasília (DF). Irá pilotar uma Tiger 1200 Explorer
- Sulamita Morini – 58 anos, dona de casa, de Florianópolis (SC). Irá pilotar uma Kawasaki Vulcan 650
- Sonia Anfuso – 56 anos, comerciante, de Tucumán – Argentina. Irá pilotar uma BMW GS1200
- Telma Crummenauer – 50 anos, dona de casa, de Curitiba (PR). Irá pilotar uma Shadow 750cc
- Simone Freire – 56 anos, engenheira, de Natal (RN). Irá pilotar uma Honda NC750
- Polyana Iark – 39 anos, médica veterinária, de Curitiba (PR). Irá pilotar uma Honda NC 700
- Gean Neide – 51 anos, militar, de Natal (RN). Irá pilotar uma Honda NC 700X
- Silvana da Costa Santiago – 53 anos, advogada, de São Paulo. Irá pilotar uma Kawasaki Vulcan 650S
- Luciana Nicoforenko – 37 anos, servidora pública, de Foz do Iguaçu (PR). Irá pilotar uma Kawasaki Versys 650
- Graça Santos – 69 anos, professora, de Natal (RN). Irá pilotar uma CB 500
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