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Um abrangente estudo realizado pelo Núcleo de Pesquisa da FECAP – Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – sobre roubo e furto de motos no estado de São Paulo mostra que foram registrados 35.720 ocorrências (18.553 roubos e 17.167 furtos) de motocicletas em 2018 no estado de São Paulo, uma média de 2.976 motos roubadas ou furtadas por mês, 98 por dia ou 4 por hora. A base das informações para as análises são os boletins de ocorrências policiais divulgados pelo Portal Transparência – SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Esta cena de roubo de moto ainda é muito comum no estado de São Paulo, principalmente na capital

Esta cena de roubo de moto ainda é muito comum no estado de São Paulo, principalmente na capital

Em relação ao mesmo estudo feito com os dados de 2017, houve uma queda de 5% nos furtos de motos e um aumento de 6% nos roubos. Importante destacar que roubo é quando a ação envolve a presença da vítima e o furto ocorre sem a presença da vítima. Outras conclusões importantes do estudo são que a capital e a região do Grande ABC lideram as estatísticas, o horário preferido pelos criminosos é durante a noite, há uma prevalência das terças-feiras e quartas-feiras para os furtos e nos finais de semana para os roubos.

Roubo: Capital na liderança

O ranking de roubos e furtos é liderado por São Paulo (37.19%) e todas as cidades próximas da capital estão entre as “top 10”, seja para furtos ou roubos. Mas Ribeirão Preto, Campinas, Santos e Limeira aparecem com destaque no estudo da FECAP. A análise aprofundou os dados relativos à capital paulista e a região Sul da cidade concentra a maior parcela de roubos e furtos. Em ordem decrescente, os bairros com as mais altas incidências de furtos é Santo Amaro (5,68%), seguido por Pinheiros (5.09%), Bela Vista (4.55%), Jardim Paulista (4.11%), Barra Funda (3.35%), Itaim Bibi (3.22%), Vila Mariana (2.93%), Lapa (2.81%) e República (2.70%).

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Já com relação aos roubos, o ranking se move um pouco para a região Leste da cidade e a lista é encabeçada por Itaquera (3.60%), seguida de Iguatemi (3.54%), Sapopemba (3.18%), Cidade Ademar (2.78%), Jardim Ângela (2.78%), Capão Redondo (2.69%), Pedreira (2.39%), São Mateus (2.32%), Jabaquara (2.18%) e Pirituba (2.14%). O coordenador do Núcleo de Pesquisa da FECAP, professor Erivaldo Costa Vieira, explica que os furtos são mais comuns no centro expandido e nos chamados “bairros nobres” da cidade, enquanto que os roubos ocorrem, em sua maioria, nos bairros da periferia. Mas ele alerta que isso não é uma tese conclusiva.

“A teoria é que os furtos acontecem em locais de trabalho, faculdade, lazer e outros, pois é quando essas motos ficam na rua por longo período de tempo e, geralmente, em locais afastados, o que gera a oportunidade do furto”, comenta o professor. O estudo listou também as ruas e avenidas onde há maior incidência de ocorrências na cidade de São Paulo: Rua Amador Bueno, Rua Sumidouro, Avenida Octalles Marcondes Ferreira, Rua Itapeva, Alameda Itu, Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, Avenida Padre Jose Maria, Avenida Engenheiro Eusébio Stevaux, Rua Treze de Maio, Rua Haddock Lobo, Avenida Jacu Pêssego nova Trabalhadores, Avenida Aricanduva, Avenida Sapopemba, Estrada Do M´Boi Mirim, Estrada do Alvarenga, Estrade de Itapecerica, Avenida Cupecê, Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo e Avenida Ragueb Chohfi.

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Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.