O motociclista segue feliz sentindo-se totalmente seguro com seus equipamentos de seguran‡a; ser ?. Se este motociclista for submetido a um exame minucioso pode revelar um capacete com marca de queda, o casaco sem nenhuma prote‡Æo interna, luvas grossas demais e botas com solado de couro. A pretensa seguran‡a pode desaparecer em menos de um segundo, assim que ele precisar efetivamente dessas prote‡äes.
Novos materiais sÆo pesquisados a cada dia, mais leves, resistentes e imperme veis, e o gosto pessoal pode levar o motociclista e selecionar um equipamento apenas pela aparˆncia.
Quanto mais a pele do motociclista ficar protegida melhor. Para nossa sorte, a tecnologia j oferece casacos muito resistentes e que permitem a boa ventila‡Æo mesmo no calor. O primeiro cuidado ‚ verificar o tipo de tecido, lembrando que em um pa¡s do tamanho do Brasil, o clima ‚ tÆo vari vel que tem de proteger tanto no frio glacial da serra ga£cha quanto do calor saariano do Piau¡.
O tamanho e corte do casaco (e cal‡a) deve respeitar uma folga nÆo s¢ porque motociclistas tamb‚m engordam, mas tamb‚m porque no clima frio dever receber algumas camadas de roupa de lÆ por baixo.
Dˆ preferˆncia aos casacos e cal‡as com prote‡äes de pl stico (ou espuma injetada EVA) internamente. Hoje em dia essa prote‡Æo ‚ comum e nÆo deve ser desprezada. Por fim, verifique se a roupa permite uma boa movimenta‡Æo de bra‡os e pernas.
Tanto o couro quanto os materiais sint‚ticos precisam de cuidados de manuten‡Æo. No caso do couro ‚ muito simples. Por ser um material orgƒnico, basta usar um creme hidratante de gente mesmo que o casaco, macacÆo e cal‡a se mantˆm por d‚cadas. Nunca seque ao sol para nÆo ficar ressecado e esticado como um sapo atropelado. No caso de material sint‚tico, simplesmente lave com gua morna e sabÆo neutro e deixe secar … sombra. Se quiser, pulverize com um spray impermeabilizante conhecido comercialmente com o nome Scott Gard, mas sem exagero!
Se o capacete ‚ o equipamento mais importante, o cuidado com ele tamb‚m ‚ vital. Para come‡ar a escolha deve levar em conta nÆo apenas o tamanho, mas tamb‚m o conforto. Neste sentido deve-se analisar a facilidade de coloca‡Æo e para afivelar, abertura da viseira e baixo ru¡do externo, assim como a boa veda‡Æo da viseira. Um bom capacete nÆo produz ru¡do exagerado quando em alta velocidade. As viseiras anti-riscos sÆo amplamente vantajosas, sobretudo na chuva, quando ‚ preciso limpar a viseira com a luva.
Os cuidados com o capacete vÆo desde a limpeza externa com sabÆo neutro, seguido de polimento com cera automotiva, at‚ a limpeza e higieniza‡Æo interna. Ap¢s chuva, ou suor excessivo, a melhor forma de secar ‚ usando um secador de cabelo. Mas v com calma no calor porque o “recheio” de isopor ‚ sens¡vel …s altas temperaturas. Alguns capacetes tˆm forro remov¡vel muito £til na hora de fazer a limpeza.
Dada a caracter¡stica do isopor interno, ap¢s alguns anos ‚ normal o capacete ficar folgado. H muitas polˆmicas com rela‡Æo … data de validade, mas existem duas situa‡äes que determinam a aposentadoria do capacete: queda (que nÆo precisa ser necessariamente com a cabe‡a dentro) e folga excessiva. Como o capacete ‚ feito para deformar em caso de impacto, uma queda compromete sua estrutura mesmo que aparentemente esteja inteiro. J o capacete folgado ‚ um risco porque pode se deslocar com o vento em alta velocidade e cobrir a visÆo do motociclista.
Existe uma “lenda urbana” sobre a fivela. Muitos motociclistas profissionais dizem erroneamente que ‚ preciso deixar dois dedos de folga entre a cinta jugular e a pele. Al‚m de mentira, ‚ uma atitude irrespons vel, porque em caso de impacto esses dois dedos podem representar um choque extra nÆo previsto com a pele do motociclista e at‚ romper a cinta.
A viseira deve ser lavada exclusivamente com gua e sabÆo, nada de solventes e muito menos lcool. Uma boa dica ‚ passar uma cera l¡quida de m¢veis (lustra m¢veis) porque impede o ac£mulo de gua em caso de chuva. Mas note bem ‚ que lustra m¢veis, nÆo ‚ cera de piso!
Falar da importƒncia da luva ‚ at‚ redundante. As mÆos sÆo as primeiras a tocar o chÆo em caso de queda. O couro continua sendo o material insubstitu¡vel da capacidade de resistˆncia … abrasÆo. Para nossa sorte, as luvas modernas tˆm pequenas placas de fibra de carbono que refor‡am os pontos mais vulner veis. importante verificar bem as costuras para identificar se o produto ‚ bem acabado ou se h folgas exageradas nos pontos por onde podem entrar ciscos.
O tamanho deve respeitar alguma folga porque o couro tamb‚m encolhe ao longo do tempo, principalmente quando sujeito ao rigor do clima. indicado ter uma versÆo para verÆo outra para inverno, mas nÆo use luva muito grossa porque impede o f cil manuseio dos comandos da moto, principalmente buzina, farol etc.
E nÆo esque‡a de escolher luvas de cano longo, que cobrem o punho do casaco. Outra dica valiosa nos dias de chuva ‚ revestir sua luva com aquelas luvas cir£rgicas de borracha.
Est mais do que provado que as cal‡ados sÆo as primeiras coisas a sair voando em caso de choque. resultado de uma natural dissipa‡Æo de for‡as que sempre faz as ondas de choque terminarem nas extremidades. No uso urbano uma botinha (tipo boot) bem amarrada pode garantir a sobrevivˆncia dos p‚s. Em estradas, por uma questÆo de conforto, as botas de cano m‚dio e alto sÆo insubstitu¡veis. Novamente o couro ‚ o material mais adequado e preferencialmente aquelas com prote‡äes laterais (raspadores). O solado de couro deve ser evitado porque escorrega, principalmente no molhado. As solas de borracha sÆo mais confort veis e anti-derrapantes. Tamb‚m nÆo escolha um n£mero muito justo, ‚ bom prever certa folga que permita o uso de meias de lÆ daquelas bem grossas.
Cada vez mais usado, o protetor de coluna j ‚ obrigat¢rio em competi‡äes de motovelocidade. Para o uso urbano ou nas outras motos, existem op‡äes menores que podem ser usadas com roupas convencionais. Um exemplo bem dimensionado ‚ o da cinta abdominal usada pelos pilotos de fora-de-estrada. Al‚m de ajudar a manter a coluna ereta, protege contra pancadas no c¢ccix, aquele ossinho de nada que d¢i pra caramba quando bate no chÆo. A outra vantagem ‚ garantir que sua coluna nÆo dobrar no sentido contr rio.
At‚ algum tempo atr s o couro era o £nico material usado para prote‡Æo de motociclistas. Para infelicidade dos bovinos, a pele deles tˆm a capacidade de resistir muito bem … abrasÆo e ainda, como toda pele, tem poros que permitem a ventila‡Æo. Recentemente, as fibras sint‚ticas como Cordura, come‡aram a apresentar uma boa rela‡Æo entre prote‡Æo e conforto. Mais leve que o couro bovino, tem ainda a vantagem de ser mais resistente … gua. No entanto, ‚ menos resistente ao atrito com o solo. A grande novidade ‚ o couro de canguru! O saltitante e simp tico bichinho tem a pele tÆo resistente quanto os bois, por‚m mais leve e el stica. A desvantagem ‚ o pre‡o, ainda salgado em compara‡Æo com o couro bovino. NÆo d para determinar qual ‚ melhor ou pior, porque cada um tem suas caracter¡sticas pr¢prias.