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Uma frota circulante de mais de 20 milhões de motocicletas é um bom motivo para que fabricantes de motopeças demonstrem otimismo. Afinal, todas essas motocicletas precisam de reparos e de peças de reposição. Pois esse é o cenário que se vê no VIII Salão Nacional e Internacional das Motopeças, organizado pela ANFAMOTO (Associação Nacional dos Fabricantes e Atacadistas de Motopeças) que termina amanhã (16/8) no Expo Center Norte, em São Paulo.

Salão das Motopeças: mais qualidade para voltar a crescer

Salão das Motopeças: mais qualidade para voltar a crescer

Cerca de 100 expositores que representam mais de 250 marcas de peças, acessórios e equipamentos para motocicletas e motociclistas mostram a força do setor que, segundo seus dirigentes, luta contra a concorrência desleal de fabricantes asiáticos (leia-se chineses) e contra as dificuldades da economia brasileira que reflete em toda a cadeia produtiva da setor de motocicletas. Indagados sobre os preços das peças de motocicletas nacionais ainda altos e que acabam estimulando o roubo de motocicletas, o diretor da Anfamoto, Valério Valente, defendeu que as peças nacionais não são caras. “Há peças de boa qualidade e a preços muito competitivos em relação aos preços de peças originais”, disse Valente, e complementou: “Nossa carga tributária atrapalha o setor”.

Leone (esq) e Valente: selo de qualidade e redução de impostos para tornar as peças e equipamentos nacionais mais baratos

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O presidente da Anfamoto, Orlando Leone, informou que a entidade já trabalha fortemente para desonerar produtos importantes para o consumidor, como o capacete, pastilhas e lonas de freio e o conjunto de transmissão secundária – coroa, corrente e pinhão. “Essas são peças e equipamentos de grande giro e de primeira necessidade para o consumidor e por isso acreditamos que devam ter seus tributos incidentes reduzidos para baratear o custo”, explicou Leone. Outra medida já implementada e que a entidade atua para ampliar seu alcance é sobre o selo do Inmetro para peças. “Como há uma inundação de peças de qualidade duvidosa, atuamos para proteger o consumidor e queremos estender a medida a outros componentes”, justificou o presidente da Anfamoto.

Independente da questão dos preços ou da qualidade das peças brasileiras, a visita ao evento mostra que o setor está mais profissional e tenta cada vez mais se qualificar para atender a demanda da indústria nacional de motocicletas e o alto nível de exigência dos consumidores. E isso vale para fabricantes de peças e de acessórios e equipamentos para motociclistas. Há alguns bons exemplos, sobretudo na indústria de pneus, que apresenta algumas marcas nacionais novas, como a Vipal, por exemplo, que faz sua estreia no Salão das Motopeças com sua linha de pneus para vários segmentos. A empresa mostra como principal novidade o pneu sem câmara (tubeless) ST500, próprio para motos de média cilindrada e que se destaca pelo desenho da banda de rodagem apropriado para maior esportividade.

Outra que mostra sua linha de pneus para motos é a Levorin que apresenta duas novas medidas dos seus pneus. O Dual Sport 130/80-17 é o pneu traseiro para motos de 600 a 660cc com características ON/OFF (Yamaha Ténéré), cujo destaque é o composto que oferece melhor rendimento quilométrico. Já o Matrix 100/90-18 é o pneu traseiro para motos street até 150cc, cuja principal característica é o desenho da banda de rodagem que proporciona mais conforto e também oferece alto rendimento quilométrico segundo informa o fabricante. “Utilizamos os melhores materiais e investimos muito em inovação e tecnologia para produzir o que há de melhor no mercado”, afirma o CEO da Levorin, Henning von Koss.

Sensor Planar MTE-Thomson: você não vê, mas elas estão lá e devem ter boa qualidade

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Há também expositores que fornecem diretamente para as montadoras, como a MTE-THOMSON, que mostra na exposição sua linha de componentes que não se vê na moto, mas que são fundamentais para o bom e correto funcionamento da motocicleta. É o caso do sensor Lambda, responsável pela medição da concentração de oxigênio nos gases de escape, sensores de temperatura, Sensor Triplex, que além de medir a temperatura do ar, mede também a posição da borboleta de aceleração e a pressão do coletor de admissão, além de válvulas termostáticas para motos com refrigeração a água. A empresa exibe no seu estande duas motocicletas – uma Harley Davidson e uma Triumph – ambas fabricadas no Brasil e com peças originais fornecidas pela MTE-THOMSON.

A Sabó é outra empresa que fornece para a indústria nacional componentes importantes para o “after-market” (reposição) das motocicletas. São peças como retentores da bengala, de roda, do pinhão, haste de válvulas, garfo de suspensão, bomba de óleo, do magneto, da alavanca seletora, do eixo de acionamento da embreagem, do virabrequim, pedal de partida, enfim, aquelas peças fundamentais para o que uma moto não apresente vazamentos. A empresa informa que tem produtos para as principais montadoras do segmento e atende a reposição das marcas Honda (para motores de 100cc a 450cc), Yamaha (para motores de 125cc a 350cc), Suzuki, Sundown, Kasinski, Agrale, Piaggio (Vespa), Caloi e inclusive Lambretta.

Já no segmento de equipamentos e acessórios, a Pantaneiro Capas traz entre os lançamentos capas para banco, colete de grande visibilidade e sua linha completa de roupas para chuva, inclusive um macacão inteiro cujo destaque é a garantia de não entrar água. “Não tem costura e por isso não entra água”, destaca Rafaela Guma, gerente comercial da empresa. Outra que traz novidades é a Taurus Capacetes, que mostra o seu tradicional modelo “do botãozinho” – San Marino – renovado, além da sua mais nova linha de capacetes composta pelos modelos Vintage, Revenge, Raptor e Veloce (Jet).

 

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