O EICMA, o Salão de Milão, é o principal evento do segmento no mundo e está revelando máquinas que mexem com apaixonados por motos em todo o globo. Entretanto, muitas delas devem ficar apenas no imaginário dos brasileiros por enquanto, sem chegar ao nosso mercado.
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É no EICMA, o Salão de Milão, que as marcas apresentam seus principais lançamentos ao mundo. Infelizmente, muitos sem previsão de chegar ao Brasil – caso da nova Fireblade
Entre nakeds, esportivas, trails, scooters e mais separamos alguns modelos que gostaríamos muito de ver por aqui, mas que provavelmente não desembarcam no país tão cedo. A novíssima CBR 1000RR-R, por exemplo, é uma que não possui “previsão de comercialização” pela Honda em solo verde e amarelo. Aliás, ela sequer estará em exibição no Salão Duas Rodas, umas que “infelizmente, não estará entre as novidades que serão apresentadas no evento”, conforme informou a marca ao Motonline.
Apresentada no EICMA 2017 como T7 Concept, a Ténéré 700 está no Salão de Milão 2019, já chegou às lojas na Europa e segue sem qualquer previsão de vir ao Brasil
Se você é um daqueles que adora dizer ‘eu avisei’ e está torcendo para que amanhã ou depois alguma dessas motocicletas estejam nas concessionárias, saiba que nós também gostaríamos muito de sermos contrariados neste caso e vermos estes modelos andando por ruas e avenidas do nosso país. Quem sabe, né?
EICMA: motos do Salão de Milão que não devem vir ao Brasil
Honda CBR 1000RR-R Fireblde
A já citada nova geração da CBR 1000RR-R Fireblade produz 217 cv aos 14.500 rpm e 11,5 kgfm de torque, aos 12.500 rpm. Para atingir esses números, seu motor é baseado no mesmo que equipa a rara RC213V-S (praticamente a versão de rua da moto usada na MotoGP, a RC213V) e herda dele a relação de diâmetro e curso, com iguais 81 x 48.5 mm.
Com o aprimoramento da sua superesportiva, a Honda quer se colocar no subir de nível no Mundial de Superbike, o WSBK, atualmente dominado pelas Kawasaki ZX-10RR e a Ducati Panigale V4. A moto é completamente nova e possui escape Akrapovic, nova unidade de medição de inércia (IMU), painel de instrumentos TFT de 5 polegadas, suspensões da Showa totalmente ajustáveis e as inéditas pinças da Nissin, de quatro pistões, com discos de 330 mm – um crescimento de 10 mm em relação aos anteriores. A versão SP conta ainda com suspensões Öhlins, freios Brembo com pinças Stylema, controle de largada e quickshifter.
Honda CRF 1100L Africa Twin
Apresentada na Europa ainda em setembro, a nova Africa Twin 1100 é mais um dos modelos que abrilhante o stand da Honda no Salão de Milão 2019. Para lembrar, há dois meses a marca nos informou que “infelizmente, não há previsão deste modelo aparecer agora em nosso mercado. As mudanças estão focadas inicialmente para os mercados do exterior”.
Honda sobre a nova Africa Twin 1100: “não há previsão deste modelo aparecer agora em nosso mercado”
Seu motor bicilíndrico de 1.084 cm³, gera 102 cv (a 7.500 rpm) e torque de 10,7 kgf.m (a 6.250 rpm). O conjunto também está 5kg mais leve, marcando 226 kg na balança. Na eletrônica há Painel TFT de 6,5 polegadas, anti wheelie, ABS com atuação em curvas e fora de estrada, cinco modos de pilotagem, acelerador eletrônico, sete níveis de controle de tração e a possibilidade de desligar o freio ABS na traseira. Na Europa, o modelo será oferecido com câmbio manual e opção por DCT, automático.
Yamaha Tracer 700
Baseada na naked MT 07, a Yamaha Tracer 700 chegou ao Salão de Milão totalmente renovada. O destaque vem do para-brisa, que abriga alguns faróis de LED, mesma solução técnica usada para as setas. O piloto ganhou atenção, com uma maior proteção aerodinâmica e posição de pilotagem mais confortável, graças a um guidão maior e assento em uma única peça.
Baseada na naked MT 07, a Tracer 700 chega com várias novidades eletrônicas e estéticas, inspiradas na série de esportivas R
A Tracer 700 é movida pelo motor de dois cilindros de 689 cm³. Atualizado na injeção, ignição e escapamento, ele agora atende ao regulamento de emissões Euro 5. A Sport Touring conta com novo garfo de 41 mm, em conjunto com um único amortecedor. O modelo estará disponível em três cores diferentes.
Yamaha TMax 560
O maxi-scooter TMAX foi renovado combinando novo estilo com mecânica aprimorada. Agora com propulsor de 560 cm³ a potência aumentou 3,5%, enquanto o pico máximo de torque ficou 6% maior. O design manteve a forma familiar, mas foi atualizado em quase em todos os componentes, trazendo mudanças na área traseira.
TMax chega com para-brisa ajustável elétrico, controle de cruzeiro, protetores de mão aquecidos, conectividade e muito mais
O TMAX está disponível na versão padrão ou na Tech MAX. O primeira conta com controle de tração e o sistema Smart Key. Já a variante Tech atende às necessidades mais exigentes. Por isso ela vem com uma gama de recursos de nível superior, incluindo para-brisa ajustável elétrico, controle de cruzeiro, protetores de mão aquecidos e conectividade com o aplicativo MyTMAX.
Para lembrar, a TMAX foi vendida no Brasil entre 2014 e 2017, mas o alto preço minguou suas vendas e a Yamaha optou por descontinuar as vendas no país.
Com preço acima da realidade do mercado, o TMax teve vida curta por aqui. Segundo a FIPE, um modelo 2017 ainda vale mais de R$ 50 mil
MV Agusta Brutale 1000RR
Mais uma obra de arte italiana, a Brutale 1000RR chega com potência de 208 cv aos 13.000 giros e torque de 11,87 kgf.m aos 11.000 giros. A superbike premium apresenta a mesma base – motor e eletrônica – da exclusiva Serie Oro, mas difere em detalhes específicos. Foi prioridade nesse projeto construir uma naked poderosa, fácil de pilotar e acessível. Assim, os engenheiros da MV Agusta levaram em consideração design e componentes técnicos.
A MV Agusta Brutale 1000RR dispensa legendas, é mais uma obra de arte italiana
Soluções aerodinâmicas, como as “asas” posicionadas ao lado do radiador, melhoram o downforce e adicionam carga na dianteira em alta velocidade. A Brutale conta com faróis de LED, carenagens de fibra de carbono e tela TFT de 5 polegadas. O app MV Ride permite ainda compartilhar rotas e ler dados de navegação diretamente do painel.
KTM 1290 Super Duke R
A estupefenda KTM 1290 Super Duke R chega em sua terceira geração e foi reformulada mantendo semelhanças com o restante da linha. Com o chassi completamente renovado, o quadro permanece à vista e mantém o padrão de treliça dos tubos de aço.
No Brasil a KTM comercializa apenas modelos off road e as Duke 200 e 390. A 1290 Super Duke segue longe da nossa realidade
Com relação ao motor, o LC01 de 1.301 cm³ foi atualizado e agora produz potência de 180 cv aos 9.500 giros e 14.27 kgf.m aos 8.000 rpm. Segundo a KTM – além da eletrônica refinada – o conjunto perdeu seis quilos, totalizando agora 189 kg. O modelo é um dos principais atrativos do stand da austríaca no Salão de Milão.
Husqvarna Norden 901 Concept
Mais uma interessante novidade do salão. A Husqvarna apresentou a Norden 901 Concept pela primeira ao mundo no EICMA 2019. O conceito antecipa um modelo que entrará em produção no próximo ano. O design, fino e leve, busca manter o estilo off-road com um toque de Dakar – característico das bigtrails KTM. O clássico farol redondo se destaca como característica distinta na “Husq”.
Husqvarna apresentou a Norden 901 Concept – e sim, ela lembra uma KTM
A Norden 901 Concept compartilha o motor de dois cilindros de 890 cm³ com a KTM 890, que também faz sua estreia em Milão. Fruto da parceria, uma vez que a KTM adquiriu a marca sueca em 2014. A novidade é equipada com roda dianteira de 21 ”e traseira de 18”.
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