O Jog 50 foi o primeiro scooter ‘da era moderna’ no Brasil, então nada mais justo que relembrar este e outros scooter Yamaha que já desfilaram por aqui. Alguns, aliás, foram sinônimo de sucesso de vendas ou símbolo de status, como veremos abaixo.

Antes vale lembrar que este é o nicho que mais cresce no mercado de motos no país. Enquanto as sport dão um pequeno passo para trás e as cub parecem já ter atingido seu auge, os scooter conquistam uma fatia cada vez maior do setor. Se em 2015 representavam menos de 3% do total de emplacamentos, cinco anos depois, em 2019, já eram 8,39%.
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1 – Scooter Yamaha: o primogênito Jog 50
A fabricante japonesa foi a primeira a apostar no nicho dos scooters no Brasil, no início dos anos 1990, trazendo o Jog 50. O modelo existia na Ásia desde 1983, nos Estados Unidos desde 1986 e em 1992 chegou ao nosso país.
Era muito leve, com pouco mais de 60 kg, e ágil. O câmbio, claro, era automático, CVT. Para empurrar o conjuto peso-pena havia um motor monocilíndrico, de 49 cm³, 2Tempos, arrefecido a ar, que entregava 6,3 cv a 7.000 rpm e 0,67 kg.m de torque a 6.500 rpm.
A potência era condizente com a proposta e levava o Jog 50 até o pico de sua velocidade máxima, limitada a pouco mais de 60 km/h. Além disso, mesmo alimentado por carburador, o scooter rodava perto de 50 km com um litro de gasolina.
Ficou nas lojas até 1999. Um ano antes, a Yamaha lançou o Jog Teen 50, que resistiu até 2005. As diferenças entre os dois eram pontuais, ficando a cargo dos grafismos e da nova limitação de velocidade máxima (50 km/h), basicamente. Atualmente, segundo a FIPE, tem preço abaixo de R$ 2 mil.
2 – Neo 115: mais do que uma Crypton com câmbio automático
Primeiramente, não podemos confundir as NEO. Essa é a 115, à venda entre 2005 e 2012, e não a 125, que chegou ao mercado em 2017 e está no lineup da marca até hoje (com preço sugerido de R$ 10.090).
Entre as principais características da NEO 115 está o diâmetro das rodas, com 16 polegadas tanto na frente quanto atrás. Assim, com aros grandes, ela tem ciclística muito próxima a das CUB (como Honda Biz e Yamaha Crypton) além de mais vigor para encarar pequenos buracos e desníveis no piso. Este é seu principal ponto positivo.
Já nos pontos negativos está o consumo, prejudicado pela adoção do carburador ao invés da injeção eletrônica – que a empresa já usava em alguns modelos. Assim, o modelo rodou aproximadamente 30 km/litro no nosso teste, abaixo da expectativa para um scooter.
Descontinuada em 2012, a NEO teve duas gerações. A primeira esteve no mercado de 2004 a 2007 e a segunda, com visual renovado, chegou em 2008. Os preços médios variam de R$ 3.120 a R$ 4.480, segundo a FIPE.
3 – O esportivo TMax
Lançado no exterior em 2001, o TMAX é um scooter Yamaha com apelo esportivo. Aliás, ficou famoso como ‘o scooter de Valentino Rossi’ após o italiano ser flagrado inúmeras vezes pilotando o modelo nos bastidores da MotoGP. Segundo a fabricante, já foram vendidas cerca de 300 mil unidades do scooter.
Ele chegou ao Brasil apenas em 2014 e teve vida curta, sendo vítima do próprio preço. Lançado por R$ 42.619 (mais de R$ 80 mil em valor corrigido para 2021), emplacou apenas 378 unidades nos quatro anos que esteve à venda no país.
Apesar disso, este scooter Yamaha marcou época pelo projeto moderno que trouxe ao país. Era movido por um motor horizontal de dois cilindros, 530 cm³, DOHC e arrefecimento a líquido, que entregava 46,5 cv e 5,3 kgf.m de pura diversão. Seu câmbio CVT tinha transmissão final por correia dentada. Relembre o teste com o TMax 530. Atualmente, seu preço é cotado na casa dos R$ 40 mil.
4 – Scooter Yamaha: o sucesso de vendas NMax
Fechamos nossa lista de scooter Yamaha que marcaram o Brasil com um sucesso de vendas. O NMax é um dos scooter com melhores números de emplacamentos do país, aparecendo na terceira posição no ranking de 2020 – atrás apenas dos Honda PCX e Elite 125.
Ele foi lançado em 2016, já como modelo 2017, e logo agradou pelo bom desempenho do motor (de 15 cv), consumo perto dos 40 km/litro e eletrônica, com direito a farol de LED e freios ABS. Aproveitando, relembre o teste com o NMax de primeira geração.
No ano passado, a Yamaha atualizou seu principal scooter. O design recebeu melhorias discretas e o pacote eletrônico recebeu SmartKey (sistema de partida sem chave), tomada 12v e lanterna em LED e sistema StartStop. Já o espaço sob o assento foi levemente ampliado, para 25 litros. Um NMax zero quilômetro custa em média R$ 16.655 nas concessionárias, enquanto um 2017 sai por aproximadamente R$ 11 mil no mercado de usados.