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Ap¢s 35 anos de carreira em seguradoras, Adauto Ferreira Brites decidiu trabalhar com desmanche de ve¡culos, por‚m, com uma diferen‡a: cada pe‡a recuperada sairia de seu desmanche com atestado de origem.

Na nota fiscal constaria o sinistro daquela pe‡a, especificando a seguradora … qual a moto ou carro pertencia, em que acidente o ve¡culo se envolveu, e em que ‚poca. Isso aconteceu h  cinco anos, na cidade paranaense de Cascavel, com a cria‡Æo da Desvebras Desmontadora de Ve¡culos. Hoje, Brites trabalha com cerca de 300 carros e motos salvados por mˆs, em seus desmanches, em Cascavel, Belo Horizonte e outro na Penha, em S. Paulo, preparando-se para abrir outro desmanche em Salvador. Agora o empres rio se prepara para vender pe‡as pela internet.

Ve¡culos salvados sÆo motos e carros envolvidos em acidentes ou roubados, que ficaram em poder da seguradora ap¢s pagamento da indeniza‡Æo ao propriet rio. O mercado de ve¡culos sinistrados ‚ imenso no Brasil, cerca de dois milhäes por ano. Os salvados provenientes de seguradoras, sÆo apenas 10% do total.

O destino desses ve¡culos, sÆo desmanches ou leiläes, dependendo do tipo de dano. A grande maioria dos desmanches trabalha, com pe‡as sem comprova‡Æo de origem. Mas o mercado deve mudar, explica Brites. “As autoridades estÆo come‡ando a exigir a origem das pe‡as, e essa atitude dar  origem a um mercado novo.”

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 o que tamb‚m espera a Federa‡Æo Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitaliza‡Æo- Fenaseg. NÆo ‚ de hoje que a entidade busca encontrar junto a governos estaduais e municipais, alternativas para solucionar os problemas dos desmanches clandestinos e evitar fraudes com ve¡culos acidentados. “NÆo h  como acabar com a atividade de desmanches”, afirma Ricardo Xavier, diretor de autom¢veis e assuntos institucionais da Fenaseg. “A melhor alternativa ‚ a cria‡Æo desses desmanches legais”, afirma.

Esse novo modelo de desmanche, ‚ uma op‡Æo para melhorar o processo de recupera‡Æo de ve¡culos. Al‚m disso, ‚ vantajoso para clientes, donos de motos, carros, oficinas e seguradoras, j  que essas pe‡as, al‚m de terem nota fiscal, procedˆncia e custam, em m‚dia, 40% do valor de uma pe‡a nova.

Isso acontece, por exemplo, nos EUA. L , algumas seguradoras conseguem operar com custos baixos, porque possuem contratos com desmanches legais, para que eles forne‡am as pe‡as. Com essa economia, explica Xavier, essas operadoras conseguem oferecer pre‡os mais competitivos para os segurados.

Por‚m, ainda h  grandes desafios para que esses desmanches deixem de ser exce‡Æo e virem regra. Primeiro, explica a Fenaseg, essa atividade precisaria ser fiscalizada pelos governos locais. Segundo a institui‡Æo, os governos ainda nÆo possuem estrutura para isso. Mas o maior desafio est  na mat‚ria-prima dos desmanches. Apenas 25% da frota brasileira ‚ segurada. O grande problema seria controlar a comercializa‡Æo dos salvados que nÆo possuem seguro.

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