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Sundown pronta para a guerra

Com a produ‡Æo di ria de 500 motos, a Sundown aposta na sua experiˆncia de cinco anos no mercado de motocicletas para encarar a invasÆo chinesa.

Produ‡Æo deve crescer 25% neste ano
Ocupando a quarta coloca‡Æo entre as montadoras de motocicletas no Brasil, a Sundown, divisÆo de motocicletas da Brasil & Movimento, assiste a uma invasÆo de marcas vindas da China nos £ltimos anos. Pa¡s de origem de seus parceiros, a empresa nÆo se assusta com os novos “players” no mercado de motos. Para Claudio Rosa J£nior, diretor industrial da Brasil & Movimento na  rea de motos e bicicletas, poucos irÆo sobreviver. “Deve acontecer um processo semelhante ao setor de bicicletas: muitos vˆm, mas poucos resistem”, aposta Claudio com a propriedade de quem lidera o mercado brasileiro de bicicletas h  alguns anos.

A f brica da empresa ocupa uma  rea de 54 mil mý no distrito industrial de Manaus (AM). Com cerca de 1.2000 funcion rios e uma produ‡Æo di ria de 500 motocicletas e 3.000 bicicletas (n£mero que pode dobrar no segundo semestre em fun‡Æo de datas comemorativas como o “Dia das Crian‡as” e o Natal), a Sundown concentra grande parte dos processos produtivos de suas motocicletas no Brasil. Na China, a Brasil & Movimento tem um centro de desenvolvimento de produtos, onde uma equipe de engenheiros, designers e mecƒnicos brasileiros trabalha em conjunto com dois grandes parceiros: a Qingqi e a Zongshen.

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Montagem completa – Essa parceria com os chineses sempre causa d£vidas no consumidor: as motos com tecnologia chinesa sÆo fabricadas aqui? SÆo importadas e chegam aqui montadas? Em visita … unidade fabril pode-se notar que as motos da Sundown sÆo, de fato, fabricadas no Brasil.

Apesar de grande parte dos componentes virem da China, os motores sÆo montados um a um em Manaus. Do virabrequim e engrenagens at‚ o cabe‡ote tudo ‚ montado com mÆo-de-obra brasileira. Depois os propulsores passam por testes de funcionamento e de emissäes de poluentes.

NÆo h  processos de estamparia na planta brasileira e a usinagem fica restrita a tubos de a‡o para a confec‡Æo de alguns quadros, outros vem prontos da China. Entretanto, processos como a pintura e acabamento sÆo feitos em Manaus, aproveitando-se das t‚cnicas que a empresa j  domina na fabrica‡Æo de bicicletas.
SÆo trˆs linhas de montagem distintas, de onde saem oito modelos. Duas delas sÆo destinadas …s motocicletas mais vendidas da marca, Max, Hunter, Web e o scooter Future 125. Outra se reveza para produzir os modelos de maior cilindrada e menor volume, como a STX 200, STX Motard e V-Blade 250.

Atualmente, sÆo produzidas 10.000 motos por mˆs, o que resultar  numa produ‡Æo de 120.000 unidades em 2008. Ou seja, a empresa acredita em um crescimento na produ‡Æo de mais de 25% em rela‡Æo ao ano passado, quando a Sundown produziu 87.859 motocicletas.
Mesmo com a parceria chinesa consolidada e compensadora financeiramente, Claudio Rosa ressalta que a empresa nÆo se acomodou. “Temos trabalhado para desenvolver fornecedores aqui no Brasil. Seria mais barato importar tudo, por‚m a longo prazo isso seria ruim. As regras podem mudar e perder¡amos tempo para desenvolver fornecedores. Fazemos um trabalho de nacionaliza‡Æo cada vez maior de nossos produtos” explica o diretor-industrial.
Quanto …s novas marcas com tecnologia chinesa, Claudio acredita que a Sundown est  um passo … frente. “Temos feito um trabalho constante de melhoria de nossos fornecedores chineses. Tivemos que ensinar e mudar muitas coisas desde o in¡cio de nossas atividades. Por um lado isto ‚ ruim, mas por outro ‚ ¢timo. Tudo que aprendemos os outros terÆo que aprender. Com isso temos certa vantagem”, acredita ele.

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Lan‡amentos – Apesar da visita monitorada dos jornalistas … f brica, a Sundown nÆo tinha nenhum lan‡amento. NÆo por enquanto. Como em 2009, entra em vigor a terceira fase do Promot (Programa de Controle da Polui‡Æo do Ar por Motociclos e Ve¡culos Similares), todas as marcas terÆo de se adequar, inclusive a Sundown.

Enquanto muitos apostam na inje‡Æo eletr“nica de combust¡vel para que as motos poluam menos, o diretor da empresa d  pistas de que existem outros caminhos. “A inje‡Æo eletr“nica nÆo ‚ a £nica maneira de se adequar …s novas regras de emissÆo de poluentes. Estamos estudando a os pr¢s e contras e, at‚ o final do ano termos muitas novidades” adianta.