A Royal Enfield Super Meteor 650 chegou aclamada no Brasil, principalmente entre os fãs de motos custom, afinal desde o fim das clássicas motos estradeiras como a Yamaha Drag Star 650, ela surge como uma opção acessível, com visual retrô e mecânica simples (mesmo com os problemas de entrega).

Já falamos dos pontos positivos a respeito dessa moto, que realmente cumpre o que promete: tem conforto, estilo e confiabilidade mecânica são alguns desses pontos. Mas antes de decidir pela compra, é sempre bom olhar com carinho alguns pontos que podem não agradar a todos — não como críticas, mas como aspectos que podem não te agradar.
Motos linear (até demais)
A Super Meteor 650 é equipada com um motor bicilíndrico de 648 cc, capaz de gerar 47 cv de potência e 5,3 kgf.m de torque. Para passeios tranquilos ou viagens em ritmo contemplativo, ela cumpre o papel com louvor. Porém, se você busca um pouco mais de emoção ao girar o acelerador, talvez sinta falta de uma resposta mais viva.
É impossível não compará-la com a sua principal concorrente, a Kawasaki Vulcan S 650, que tem motor de 649 cc e entrega 61 cv — quase 30% a mais de potência. A diferença na prática é nítida, especialmente em retomadas e ultrapassagens. Mas como tudo na vida, isso tem um preço: a Vulcan custa em média (Fipe) R$ 53.399, enquanto a Super Meteor fica por R$ 33.747.
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Peso elevado
Com seus 241 kg em ordem de marcha, a Super Meteor 650 está longe de ser considerada uma moto leve. Isso pode assustar quem está vindo de modelos menores ou não tem tanta familiaridade com o mundo das custom. Manobras em baixa velocidade, balizas e estacionamentos inclinados não são tão fáceis de fazer, mas nada impossível. Mas aqui vale a ponderação: motos custom são tradicionalmente pesadas, a Vulcan 650 pesa 229 kg por exemplo.
Para quem busca esse estilo e já está acostumado com o porte dessas motos, o peso não é exatamente um problema. Mas para iniciantes, é algo a considerar e experimentar antes de comprar.
Tecnologia modesta (a própria marca já faz melhor)
A proposta da Royal Enfield é baseada no conceito de motopurismo e a Super Meteor é bem coerente com ele. Porém, num mercado onde até modelos de entrada trazem cada vez mais recursos tecnológicos, a ausência de alguns itens pode incomodar. Ela vem com iluminação em LED, ABS e o simpático Tripper Navigation (o pequeno mostrador de navegação turn-by-turn), mas o painel é misto simples e sem conta giros.
Curiosamente, dentro da própria Royal Enfield, a nova Himalayan 450 já traz um painel TFT totalmente colorido e moderno, com conectividade, parceria com o Google Maps, gráficos mais ricos e interface intuitiva. Ou seja, dá pra oferecer mais — e a marca já sabe disso.