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Nesta semana, rumores deram conta de que o time oficial da Suzuki iria deixar a MotoGP. Conforme veiculado no meio especializado, a equipe poderia bater em retirada ao final temporada de 2022. No entanto, os organizadores do campeonato mundial negaram qualquer saída. Vamos então entender melhor o que está acontecendo.

Suzuki vai sair da MotoGP?

A Suzuki foi uma das fabricantes precursoras do mundial de motos. Ainda durante a época das máquinas movidas a 2 tempos de 500cc, conquistou títulos mundiais com pilotos como Barry Sheene, Marco Lucchinelli, Franco Uncini, Kevin Schwantz e Kenny Roberts Jr.

Os japoneses continuaram presentes quando a categoria virou a MotoGP e mudou para os motores de quatro tempos. No entanto, fez sua primeira saída no final da temporada de 2011, alegando dificuldades financeiras.

suzuki motogp - equipe foi campea em 1993

Schwantz foi campeão mundial em 1993 com a Suzuki

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Pouco tempo mais tarde, a marca reconstruiu o projeto e fez seu retorno integral à classe em 2015. Mas foi somente no ano atípico de início da pandemia, em 2020, que a Suzuki ganhou seu primeiro título mundial em 20 anos, conquistado por Joan Mir.

Agora, apenas sete anos depois do retorno, rumores dão conta de que o time oficial pode sair novamente. Segundo especulado, chefes da equipe reuniram os membros do grupo na MotoGP para comunicar a decisão, ainda na segunda-feira (2).

suzuki motogp, campeã em 2000

Kenny Roberts Jr, campeão em 2000

No entanto, um anuncio oficial da Suzuki ainda não surgiu. Especula-se que questões financeiras tenham motivado tal decisão ventilada. Nos últimos anos, a referida pandemia mexeu não somente com o calendário do campeonato, mas também com a receita financeira dos times participantes.

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Decisão pode ter sido ‘freada’ 

Tão logo os rumores ganharam volume na mídia, a Dorna Sports, detentora dos direitos comerciais da MotoGP, divulgou um comunicado. Segundo os organizadores, a fabricante tem contrato ainda vigente e que não permite que essa decisão seja tomada “unilateralmente”, apenas por opção da Suzuki.

Os japoneses, assim como todas as outras marcas participantes da MotoGP, têm um contrato com a Dorna até o fim de 2026. Em acordo de cinco anos, assinado ainda no ano passado e que passou a valer em 2022.

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suzuki motogp - equipe pode deixar o mundial

Equipe corre hoje apenas com seu time oficial de fábrica na categoria, com duas motos

Com esse anúncio oficial, pode ser que um comunicado da Suzuki tenha sido suspenso por hora. No entanto, a Dorna afirma que decidirá o tamanho do grid para 2023, caso a Suzuki de fato saia da categoria.

O que acontece agora?

Atualmente, o grid da MotoGP está limitado a 24 motos. No momento, a Ducati possui oito protótipos correndo, um time oficial e dois satélites. Enquanto a Yamaha, a Honda e a KTM têm quatro máquinas, equipe de fábrica e cliente.

motogp-suzuki-launch-2022-joan-2

Somente o tempo dirá qual deve ser o destino dos pilotos Mir e Rins

A Suzuki e os italianos da Aprilia contam somente com seus times de oficiais, com apenas duas motos cada. Mas segundo a Dorna, o cenário desejado seria de seis montadoras no grid com quatro pilotos cada. Os rumores porém, agora colocam o futuro do atual grid em dúvida.

Parece cedo ainda para imaginar como será em 2023. Quanto aos pilotos da Suzuki, o campeão mundial de 2020 Mir e Alex Rins, já existe um cenário hipotético. Mir poderia mudar para a Honda e alinhar ao lado de Marc Márquez em 2022. Já o futuro de Rins permanece incerto, assim como seu time atual.

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]