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Lançamento, confissão e redenção. A Suzuki chamou a Imprensa e sua rede de concessionárias no dia 22 de março na sua sede em Jundiai (SP) para mostrar seis novas motos e aproveitou a ocasião para confessar sua culpa pela demora para trazer novidades ao mercado brasileiro. Contudo, para compensar, acenou com a redenção para os concessionários que, finalmente, terão novidades para vender.

De 2008 a 2012: perda de participação avassaladora

De 2008 a 2012: perda de participação avassaladora

“Os tempos difíceis acabaram”, clamou o sorridente João Toledo enquanto fazia seu “mea culpa” junto com o representante da fábrica japonesa. “Celebramos um novo acordo com a J.Toledo, onde reconhecemos a importância do mercado brasileiro e tomamos decisões importantes no Japão, como a separação das operações de automóveis e de motos, o que nos dá a agilidade necessária para acelerarmos os processos de desenvolvimento de novas motos e atualizações de outras motos já existentes para o mercado brasileiro”, resumiu Tak Hayasaki, líder do grupo de marketing para a América Latina da Suzuki Motor Company.

Toledo e Hayasaki: alegria pelo novo momento e desculpas pela demora; será que agora a Suzuki vai?

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Normalmente os discursos de executivos nestas ocasiões são cheios de promessas e de frases feitas, com pouca correspondência com a realidade. Mas no caso da Suzuki desta vez o discurso casou com a ação. São seis lançamentos, mas apenas um pode ser mostrado agora, a street GS 120, uma moto completamente despojada cujo maior atrativo é o preço: R$3.990,00.

Os outros lançamentos da Suzuki poderão ser mostrados ao longo das próximas semanas. A empresa pediu à Imprensa e aos seus concessionários que divulgassem as novas motos cada uma em uma data diferente – é o que se chama de “embargo”, uma prática que as indústrias adotam para que as novidades apareçam na Imprensa ao mesmo tempo que aparecem nas lojas.

Com a GS 120 a Suzuki direciona suas baterias para a base do mercado brasileiro

Com a GS 120 a Suzuki direciona suas baterias para a base do mercado brasileiro

Uma das mais esperadas, Suzuki Inazuma 250, não está entre os lançamentos, ao menos por enquanto. “Ainda não foi desta vez, mas está no forno”, deixou escapar um entusiasmado funcionário da J.Toledo que pediu para não ser identificado. “Nossa rede não tem mais motivo para reclamações”, emendou.

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Se os concessionários Suzuki vão parar de reclamar não se sabe. Mas o pacote de lançamentos é animador e com certeza vai ajudar a marca a recuperar parte do volume de venda e da participação de mercado. Em 2008 a Suzuki vendeu quase 142 mil motos e tinha uma participação superior a 7%. Em 2012 a empresa viu o fundo poço, com uma venda de 34.617 motos e uma participação de pouco mais de 2%. Claras e plenamente justificadas as reclamações.

Surpresa: GS 120

Além do volume de lançamentos, a Suzuki surpreendeu com o lançamento da GS 120, produto feito exclusivamente para o mercado brasileiro. “A rede reclamava que precisávamos de um produto de combate e que desse volume, com preço baixo e que possa ser vendido em todo o Brasil. Aí está ele”, disse João Toledo.

A GS 120 é uma moto básica e completamente despojada. Motor 4 tempos refrigerado a ar, com 113 cc de cilindrada, OHC, alimentado por carburador, freios a tambor, partida a pedal, câmbio de quatro velocidades e peso em ordem de marcha de 107 kg. De fato não é uma evolução em relação às outras motos pequenas que a Suzuki já tem na sua linha, mas o preço de R$3.990,00 agrada e empurra a moto para ser um sucesso de vendas, desde que haja capacidade de produção. A empresa reforça ainda com o anúncio da venda através do Consórcio.

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Alavanca de câmbio de acionamento com a ponta do pé ou com o calcanhar; Painel com indicador de marcha e motor simples para ser robusto e econômico

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Indagada sobre essa capacidade de produção, a J. Toledo da Amazônia declara que pode produzir até 50 mil motos de até 450cc por mês. Contudo, esse número não encontra respaldo no discurso do responsável pelo marketing da Suzuki, Joãozinho Toledo. Na apresentação das novas motos ele justificou as diferentes datas para chegada das motos nas lojas com a dificuldade de produção simultânea de várias motos na fábrica, o que indica claramente uma limitação na capacidade de produção.

GS 120 Branca

GS 120 Branca

Com a GS 120 a Suzuki da um passo certo na tentativa de aumentar sua participação, pois coloca um produto num sub-segmento onde não atua e que é disputado pela Shineray, Traxx, Dafra e Flash (Kasinski), além da Honda com a Pop 100. Uma moto Suzuki certamente atrairá um gama expressiva de novos consumidores que nunca tiveram moto e para isso a Suzuki já colocou à venda cotas do Consórcio Nacional Suzuki dessa moto. Além de um bom preço para sua primeira moto, o consumidor deseja ter um bom atendimento pós-venda, ponto fraco de algumas das marcas que atuam nesse segmento da base do mercado. Se conseguir isso, seguramente a Suzuki vai crescer.

GS 120 Preta

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GS 120 cinza

GS 120 cinza

GS 120 azul

GS 120 azul

GS 120 vermelha

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