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Harley-Davidson Road King Classic, Rei ou rainha

A Harley-Davidson Road King Classic é a rainha da estrada ou será rei? É que com esse nome não poderia ser diferente. É uma das clássicas da marca e vem com tudo que mais se deseja para curtir uma estrada: largo para-brisa, banco confortável, boa posição para as pernas, autonomia para mais de 300 km, controle de velocidade de cruzeiro (cruise control / piloto automático), faróis auxiliares e foco duplo em LED no farol principal.

Equipada para conforto

As bolsas laterais se combinam com a frente de três faróis e os pneus de faixa branca, tudo que define o estilo clássico das estradeiras americanas. Nos alforjes, o acabamento em couro além de definir uma época, dão proteção contra riscos provocados pelos pés e conta com uma estrutura sólida para melhor acomodar objetos. Tudo num acabamento de primeira e uma pintura de dois tons. A moto é linda.

O rei da estrada tem porte e imposição de imagem como tal - Andar nessa moto é uma experiência à parte

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Novo motor 103

Para 2016 o motor recebeu um aumento de cilindrada. Agora tem 103 polegadas cúbicas que resulta em mais rendimento e torque em baixas rotações. Esse volume equivale a nada mais do que 1.690 cm³. Esse motor foi definido no projeto Rushmore mas teve que receber ajustes para cumprir normas brasileiras e só este ano chega ao Brasil para equipar este e outros modelos da marca. Uma evolução de 110 anos, que passou por motores lendários como o Flathead, Knucklehead, Panhead, Shovelhead®, Evolution, Twin Cam 88®e Twin Cam 96 o motor 103 incorpora o resto das inovações do projeto Rushmore de 2013 mas que chega por aqui em 2016, com as devidas adaptações.

Qualquer marcha é boa para ela e a quinta vai tão bem que há um segundo indicador em LED que é muito bem-vindo. Você pode esquecer de colocar a sexta marcha na estrada, então esse indicador acende para mostrar que a sexta está em uso, você chegou à última marcha. Nessa condição o motor fica mais confortável para lhe ganhar grandes distâncias em uma boa velocidade e em uma rotação mais confortável. O som do V2 se torna parte da paisagem.

Geometria de moto Touring - Estável como uma nave, a suspensão agora colabora mais com o chassi

Geometria de moto Touring – Moto longa, muito estável como uma nave e a suspensão agora colabora mais com o chassi

Nova suspensão

A suspensão dianteira recebeu novo garfo telescópico, agora com 49mm de diâmetro para maior firmeza no guidão. Na traseira um controle de ajuste da pré-carga das molas com a suspensão ajustável a ar pode ser feito, alterando a pressão dos amortecedores.
No geral a suspensão está com respostas bem mais competentes no sentido de promover um rodar mais macio nas ruas brasileiras e também nas estradas. É bem sensível a melhora, com essas alterações a tocada está mais precisa e prazerosa.

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Controles à mão

Display de cristal mostra posicionamento das marchas

Display de cristal mostra posicionamento das marchas

Os comandos nos punhos são típicos e únicos das Harleys. O acesso é rápido e fácil, desde que você se acostuma com eles: pisca à direita com o polegar direito e pisca à esquerda com o polegar esquerdo e o cancelamento é automático. Lampejador do farol, botão “mode” no punho esquerdo ajuda bastante para alterar as funções do pequeno display de cristal líquido no grande instrumento sobre o tanque.
Nos comandos dos pés, apoiados nas confortáveis plataformas, com isolação à vibração você encontra duplo acesso à alavanca de câmbio que pode ser comandado pelo calcanhar para subir de marcha da mesma forma que com a ponta do pé esquerdo e os engates são mais suaves do que nos anos anteriores.
Na direita, o freio traseiro exige grande movimentação para acionar e o grande pedal se mostra um pouco desajeitado a primeira vista. Mas com o uso, percebe-se que o sistema é inteligente e combina os freios nas duas rodas, mantendo o equilíbrio perfeito na pressão entre as duas rodas, então o uso do traseiro pode até ser dispensado na maior parte das vezes. A proporção é ajustada de forma automática, mesmo que um dos freios seja aplicado de forma desequilibrada, as duas rodas recebem pressão proporcional e ajustada automaticamente. Isso é mais do que a simples combinação do traseiro com o dianteiro da forma que é feita pela Honda, por exemplo. Aqui, ao se usar somente o dianteiro a pressão é distribuída ao traseiro e da mesma forma, ao se usar somente o dianteiro a pressão é compartilhada ao traseiro também.

Andando com ela

O conforto do banco é muito bom, menos para o garupa. É que pelo formato do banco, a posição ereta exige um encosto ou segurar no piloto constantemente, mas para o apoio dos pés, já está lá uma boa plataforma. Numa longa viagem, o garupa sofre um pouco sem o encosto, mas os pés vão mais bem acomodados, situação que de certa forma força a instalação do encosto como acessório.

Andar na cidade, principalmente no verão, faz ligar um sistema de interrupção do cilindro traseiro na marcha lenta. O barulho não fica tão bonito como normalmente é, mas o calor nas pernas é menor e assim que você impõe um regime normal de trabalho, o motor volta a operar com os dois cilindros normalmente. Solução inteligente que além de gerar menos calor economiza combustível quando não é necessário, porque o consumo nessas condições é puro desperdício.

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Como uma moto Touring essa Road King tem um visual clássico que se adiciona ao prazer de pilotar. Em uma grande viagem esse conjunto se mostra muito bem aproveitável. O visual não restringe em nada o prazer de rodar com ela, muito pelo contrário.

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