A Himalayan 450 eleva o potencial aventureiro da Royal Enfield e promete um custo benefício imbatível no mercado brasileiro. Por isso, é natural que neste momento centenas (ou milhares) de pessoas estão pensando em levar uma para casa. Mas será que vale a pena comprar este lançamento? Então saiba que estamos aqui para lhe ajudar a encontrar esta resposta.
Himalayan 450 vale a pena?
Além de acompanhar todos os passos no desenvolvimento do produto e sua chegada ao Brasil, tivemos a oportunidade de fazer um test ride na novidade. A convite da marca, fomos até Cambará do Sul (RS), onde encaramos um roteiro que realmente colocou a Himalayan 450 à prova, com mais de 300 km de terra, pedras, asfalto, perrengues e muito, mas muito cascalho. E é com base nestas experiências que criamos esta lista de fatos que você deve ter em mente antes de comprar esta moto trail em 2025.
1. Preços, versões e garantia
Vamos começar pelo básico para você, potencial comprador de uma Hima 450. Antes de tudo, é preciso saber que ela está disponível em três versões, diferenciadas apenas pelas cores, grafismos e rodas. Além dos preços, claro.
A de entrada está disponível nas cores Slate Poppy Blue (cinza com azul) e Slate Poppy Salt (cinza com salmão) e custa R$ 29.990. A intermediária é encontrada no tom Hanle Black (preto com dourado), por R$ 30.990. Já a topo de linha, está à venda neste tom e também no exclusivo Kamet White (branco), ambos por R$ 31.990. Além disso, diferente das demais, ela conta com rodas raiadas de pneus sem câmara – nos mesmos aros 21″ e 17″.
Importante lembrar que todos os preços já incluem despesas com frete e seguro. Assim, devem refletir os valores que serão encontrados pelos consumidores nas lojas. Para fechar, a moto possui 3 anos de garantia e faz parte do programa de revisão com preço fixo da marca, mas os valores dos serviços ainda não foram divulgados.
2. É mais barata que as rivais
Certamente, o custo benefício é um dos principais atrativos da nova Himalayan 450. Afinal, ela oferece um nível de itens de série superior ao que encontrávamos até então no segmento… e cobra menos por isso. E esta realidade do mercado é outro ponto importante a saber antes de comprar a sua Royal Enfield.
Como já vimos, a Hima tem preços variando de R$ 29.990 a R$ 31.990. Um valor muito próximo ao de concorrentes mais modestas em termos de potência e equipamentos, como a Lander Connected. Segundo a tabela fipe, a Yamaha é negociada a aproximadamente R$ 30.118.
A partir daí, todas as concorrentes custam mais que a Himalayan. A Triumph Scrambler X costuma ser encontrada por R$ 33.995 nas lojas, enquanto a veterana Kawasaki Versys X-300 é oferecida por R$ 35.927. Já a BMW R 310 GS chega a custar 10 mil reais a mais que a indiana, R$ 40.495. E a Honda Sahara 300, líder do segmento, não fica de fora da lista. Costuma ser negociada, na versão intermediária Rally, por R$ 35.856.
O preço da Himalayan 450 fica ainda mais convidativo no segmento se considerarmos sua lista de equipamentos. Afinal, ela oferece motor de 40 cv e 4 kgf.m de torque, embreagem assistida e deslizante, câmbio de 6 velocidades, suspensão Showa e banco com altura ajustável. Além disso, é a única a oferecer painel TFT com sistema de navegação e gerenciamento de mídias, como ligações e músicas do smartphone.
3. Passo a passo de compra
Se você está interessado em levar este lançamento da Royal para casa, precisa saber como fazê-lo. Então lembre-se que a marca está com um novo sistema de pré-vendas. Ele funciona em lotes e, assim, garante que o cliente apenas pague por uma moto que já está produzida, faturada e a caminho da sua casa, com a certeza que irá recebê-la em poucos dias.
As reservas acontecem num site ofical. Nele, o cliente escolhe sua concessionária, confere as motos disponíveis e, se quiser, seleciona a sua. Então, faz o pagamento de um sinal, no valor fixo de R$ 2 mil, e combina os detalhes de entrega e pagamento do restante com a loja. Caso não haja motos disponíveis, é preciso aguardar a oferta de um novo lote. Neste momento, a marca está trabalhando com grupos de 750 motos.
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4. A Himalayan 450 é boa de andar?
Afinal, como é andar com a nova Royal Enfield Himalayan 450? Esta é uma dúvida básica para quem está cogitando o modelo – e que eu vou tentar responder agora. Um spoiler: a moto me surpreendeu positivamente pela sua eficiência à proposta e versatilidade.
Como conheço bem a região onde rolou o teste ride, pude fazer um comparativo entre a Royal e outros modelos que já acelerei por lá. E ficou claro como a Himalayan 450 tem um conjunto acertado para aventuras, com muita agilidade e um excelente trabalho das suspensões, que copiam bem o solo e minimizam os impactos na coluna do piloto – mesmo ao rodar sobre pedras.
Outro ponto positivo é o motor. Boa parte de seus 4 kgf.m de torque estão disponíveis já aos 4.000 rpm, o que resulta em força para encarar obstáculos e ultrapassagens sem a necessidade de baixar marchas. Já os 40 cv (a 8.000 rpm) empurram a moto de forma linear, chegando rapidamente aos 140 km/h, mas com fôlego para passar dos 165 km/h no painel. Há um pouco de vibração, mas nada excessivo para uma monocilíndrica de 452 cc.
Além da agilidade, suspensões e desempenho do motor, merece destaque a posição de pilotagem. Como o assento tem altura ajustável e o guidão pode facilmente ser reposicionado, é uma moto amigável a diferentes medidas e preferências de pilotos. Assim, sua ergonomia é relaxada e precisa, garantindo muito controle e segurança mesmo em situações (bastante) adversas.
Uma experiência, claro, beneficiada pela tecnologia. O sistema de navegação Tripper Dash funciona bem, espelhando o mapa e fornecendo informações importantes do computador de bordo. Como o consumo, que apontou médias na casa dos 28 km por litro durante minha pilotagem. Com duas opções de cores e brilho adaptativo, garante boa visibilidade em qualquer situação.
5. Lembre-se: é um lançamento (e da Royal Enfield)
Fechamos esta lista de coisas para saber antes de comprar uma Himalayan 450 com uma observação. Esta moto é um lançamento e, também, um produto da Royal Enfield. Isto não é nenhum tipo de crítica, muito menos ponto negativo. Apenas um pequeno lembrete.
Por isso, tenha em mente o óbvio: o modelo está chegando agora ao mercado brasileiro e possui uma plataforma inédita, não compartilhada com outros modelos. Portanto, como qualquer lançamento (de qualquer marca), ainda precisa (e provavelmente irá) comprovar a sua durabilidade com o passar dos quilômetros e do tempo. É diferente de comprar uma moto que está há anos nas lojas e da qual o mercado já conhece profundamente cada traço e característica.
Além disso, é uma Royal Enfield. Ou seja, produto de uma marca que está se consolidando no Brasil, mas que ainda não possui a mesma envergadura de suporte técnico encontrada em marcas que estão no Brasil desde os anos 1970. Uma diferença que você irá sentir especialmente ao procurar peças de preço (e qualidade) inferior no mercado paralelo. Já nas concessionárias, talvez tenha de esperar por alguns dias por certos componentes, como acontece com todas as fabricantes do país.
Veredito: a Himalayan 450 é a melhor compra para 2025?
Uma moto construída para encarar o Himalaia, a mais desafiadora e extensa cordilheira do planeta. Este é o background da Himalayan 450, o que pode até parecer exagero. Entretanto, ela realmente parece estar pronta para encarar pedreiras no fora de estrada, viagens no asfalto e o rali urbano com conforto, economia e tecnologia.
Além disso, claro, pesa a seu favor o custo benefício atrativo, de uma moto que custa menos e oferece mais que praticamente todas as rivais diretas. E agora que já falamos dos detalhes de lançamento, experiências ao guidão, prós e contras, é hora de considerar todos os fatores e voltar à questão do início deste texto: para você, vale a pena comprar uma Himalayan 450?
