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Foto: Motor, Embreagem e Cambio separados ou em caixa única. - Bitenca

Foto: Motor, Embreagem e Cambio separados ou em caixa única. - Bitenca

Li que a transmissão primária da motos Harley Davidson é feita por corrente. Comente sobre o uso da corrente ao invés da engrenagem, e sobre a transmissão primária em outras motos V-2.
Klinger, 44, Maringá, PR

R: Olá Klinger,
Mais uma vez, obrigado pela boa pergunta.
Desde os primórdios das motocicletas, quando se aplicaram os motores com eixos tranversais, os engenheiros foram obrigados a colocar a caixa de câmbio atrás do motor, para diminuir a largura do conjunto. Daí surgiu a opção mais natural, que foi a aplicação de uma correia em transmissão primária para o câmbio que depois de selecionar a relação de marcha aplicável, transmitia a força para a roda numa transmissão secundária, inicialmente por correia também mas que evoluiu para corrente, tanto na primária como na secundária. A partir dessa época, (anos 30) até o fim dos anos 50 havia três “caixas” com sistemas de lubrificação distintas. O motor própriamente dito, a caixa da transmissão primária, por corrente, em banho de óleo junto com a embreagem (usado nas Harley Davidsons até hoje) e o câmbio, tudo em caixas separadas.
Para definir uma boa solução de pedal de partida, várias aplicações foram experimentadas. Inicialmente no eixo secundário do câmbio havia uma engrenagem que ao baixar o pedal de partida ela se encaixava nesse eixo para tracionar o motor e dar a partida, muitas vezes pelo lado esquerdo da moto, obrigando o usuário a usar a perna esquerda ou a fazer malabarismos com a direita para executar a manobra.
Como o conjunto de embreagem ficava anexo à ponta do eixo primário do câmbio, a partida se soltava do motor se a embreagem era acionada, deixando o pedal solto. isso obrigava ao piloto encontrar o neutro para acionar o pedal de partida, provocando demora e trabalho adicional.
Nos anos 60 o desenho industrial mais usual, principalmente japonês, passou a utilizar um par de engrenagens helicoidais, mais silenciosa como transmissão primária. Havia menos perda de energia, maior durabilidade e compactou todo conjunto motor por colocar tudo sob o mesmo óleo lubrificante: Motor, embreagem e câmbio. Como vantagem adicional conseguiram acoplar o pedal de partida no eixo primário do motor, eliminando o problema de procurar o neutro para dar a partida. A transmissão primária passou para o lado direito do motor, muitas vezes junto com a embreagem, pois percebeu-se que a melhor localização do pedal de partida ficava do lado direito da moto, para ser acionado com mais conforto e a engrenagem da partida poderia assim ser engatada pelo mesmo lado da campana da embreagem.
Assim, a transmissão secundária passou para o lado esquerdo, como consequência e também o mecanismo do freio traseiro pode passar completamente para o lado direito da moto.
Essa evolução durou mais ou menos 10 anos e hoje a maioria das marcas utilizam esse desenho básico, até por permitir uma boa padronização dos comandos, como pedal de câmbio no pé esquerdo e freio no direito.
Abraços


ola, tubo bom?
Eu comprei um dt 200 e vou começar a fazer trilha, so que minha dt tem um probleminha, ela ta andando normal so que quando eu pulo um quebra mola(ou alguma coisa do tipo,rampa …) ela engasga apos eu pula, meu mecanico falou que foi inventado uma especie de cupula que é colocada no carburador, porem ela é bem dificil de ser encontrada, alguem pode me ajudar? Rodrigo, 18, MG.

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Foto: Peça para reter combustível no giclê e no difusor - Bitenca

Foto: Peça para reter combustível no giclê e no difusor - Bitenca

R: Rodrigo, essa peça é original dos carburadores de quase todas as trail, para evitar esse problema.
Quando a moto pula, a gasolina sobe para longe da entrada do giclê e o motor morre por uns instantes.
A solução é você conseguir a peça original numa revenda Yamaha ou com algum colega do forum do Motonline.
É possível que alguém tenha a peçinha de um carburador antigo para lhe arranjar. Boa sorte