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Você lembra que há exatamente um ano a MV Agusta lançou – a insana – RVS 1, uma variação ainda mais agressiva da Brutale Dragster 800 RR e praticamente construída à mão? Pois agora a italiana aproveita o romantismo de junho para causar paixões com um novo modelo: a Turismo Veloce 800 Lusso SCS.

O inconfundível design da MV Agusta em uma touring: eis a Turismo Veloce 800 Lusso SCS

O inconfundível design da MV Agusta em uma touring: eis a Turismo Veloce 800 Lusso SCS

A moto chega para compor a família de 800 cilindradas da marca, ao lado da esportiva F3, das nakeds Brutale e Rivale 800. Em síntese é uma refinada touring que pode ser explicada através de seu (longo) nome. ‘Turismo’ porque é uma sport-touring; ‘Veloce’ pois promete acelerar de 0 a 100 km/h em 3,15 segundos; ‘800’ afinal é equipada com propulsor de 798 cm³ (tricilíndrico que gera 111,5 cv); e ‘SCS’ é acrônimo para Smart Clutch System (sistema de embreagem inteligente), um dos diferenciais do modelo. Em tempo, ‘Lusso’ significa ‘luxo’ em italiano, deixando claro que esta é uma moto que deve encantar muitos mas se encaixar no bolso de poucos. Na Europa, ela tem preço sugerido a partir da casa dos 21.400 € – algo próximo dos R$ 93.410,00 em conversão direta.

Como funciona o sistema SCS

SCS: não basta ser funcional, é preciso ser um diferencial estético

SCS: não basta ser funcional, é preciso ser um diferencial estético

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Segundo a marca, o SCS exigiu dois anos de desenvolvimento até ser equipado num modelo comercial. Este tempo foi necessário para encontrar a receita que melhor equilibrasse ‘o desempenho e esportividade que os motociclistas esperam de uma MV Agusta’. De acordo com a italiana, primeiro a equipe pensou em equipar a Turismo Veloce com um sistema CVT, mas julgou que ele cai bem em scooters e não em esportivas. Depois, veio a ideia de empregar um recurso de dupla embreagem, mas eles, mesmo eficazes, são ‘complexos, muito pesados ​​e excessivamente volumosos’, indo na contra-mão de um motor de 800 cilindradas projetado para ser o mais leve possível.

Propositalmente em vermelho, sistema de embreagem automática é o coração de máquina. Sistema trabalha em conjunto com motor de três cilindros, 111,5 cv a 10.500 rpm e 8,1 kgf.m a 7.100 rpm

Propositalmente em vermelho, sistema de embreagem automática é o coração de máquina. Sistema trabalha em conjunto com motor de três cilindros, 111,5 cv a 10.500 rpm e 8,1 kgf.m a 7.100 rpm

Assim, aos poucos, nascia o Smart Clutch System. Na prática o recurso dispensa o uso do manete de embreagem, tornando as trocas mais simples e menos cansativas, com foco na proposta touring do modelo. Ao mesmo tempo, se o motociclista preferir pode acionar a alavanca manualmente quando bem entender, sem necessidade de seleção prévia, caso desejar uma tocada mais esportiva. Assim, para a MV Agusta, o SCS “não tira nada e garante a máxima liberdade de escolha”, através de uma “perfeita integração dos componentes mecânicos, hidráulicos e eletrônicos”. O resultado é um ‘controle perfeito do motor’. De quebra, a italiana encontrou uma forma de fazer da embreagem mais um elemento visual que reforça o autêntico design do modelo.

Embreagem automática foi a receita que melhor equilibrou ‘o desempenho e esportividade que os motociclistas esperam de uma MV Agusta'. Recurso garante mais conforto em viagens e não traz ônus ao uso esportivo

Embreagem automática foi a receita que melhor equilibrou ‘o desempenho e esportividade que os motociclistas esperam de uma MV Agusta’. Recurso garante mais conforto em viagens e não traz ônus ao uso esportivo

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MV Agusta Turismo Veloce 800 Lusso SCS

É fácil batizar uma moto de ‘Veloce’ quando ela está equipada com o motor de três cilindros da marca. Mesmo tendo de se adequar à Euro 4 (que exigiu 50% menos de gases do escape e 48% menos ruído em relação à Euro 3) ele manteve altos números de potência. Claro que para uma proposta touring o motor poderia ser mais manso que a versão adaptada para a F3 por exemplo (que produz 148 cv), mesmo assim, desenvolve 111,5 cv a 10.500 rpm e 8,1 kgf.m a 7.100 rpm. O propulsor conta com virabrequim contra-rotativo, tecnologia derivada da MotoGP (para lembrar, a MV Agusta voltará ao Mundial de Motovelocidade em 2019, depois de 42 anos).

Essas linhas você conhece bem. MV Agusta afirma que a nova Turismo Veloce 800 atinge 230 km/h de velocidade máxima e acelere de 0 a 100 km/h em apenas 3,1 segundos

Essas linhas você conhece bem. MV Agusta afirma que a nova Turismo Veloce 800 atinge 230 km/h de velocidade máxima e acelere de 0 a 100 km/h em apenas 3,1 segundos

Iluminação em LED

Iluminação em LED

Para conter o motor capaz de acelerar de 0 a 100 km/h (em 3,1 segundos) e atingir velocidade máxima de 230 km/h, há adoção de freios ABS Brembo com dois discos de 320 mm na dianteira (com quatro pistões) e disco simples de dois pistões e 220 mm atrás. O sistema é controlado por uma unidade Bosch 9 Plus e sistema anti-wheeling. A eletrônica também é representada pelo acelerador eletrônico Ride-by-Wire, pelos quatro modos de pilotagem (sendo um personalizável) e pelos controles de tração. Além disso, a suspensão dianteira upside down é semiativa com controle de estabilidade. Há, ainda, GPS, bluetooth, piloto automático e bagageiros exclusivos. O peso total a seco é de 192 kg.

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Nova MV Agusta no Brasil

Equipe de design fez horas extras na Itália. Cada acessório, especialmente desenvolvido para a Veloce 800 (como os grandes bagageiros), foram concebidos para fazer o modelo ainda mais bonito e imponente. Que pintura!

Equipe de design fez horas extras na Itália. Cada acessório, especialmente desenvolvido para a Veloce 800 (como os grandes bagageiros), foram concebidos para fazer o modelo ainda mais bonito e imponente. Que pintura!

Infelizmente, como é de se imaginar, não há previsão do modelo ser comercializado no Brasil. Por aqui, a italiana é representada por poucas concessionárias, presentes apenas nas cidades de São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Para se ter uma dimensão das operações da MV no País basta olhar o total de emplacamentos de 2016 e 2017, que somados, totalizaram apenas 57 motos (26 unidades da F4 e 31 da Brutale), segundo a Fenabrave. Ao que tudo indica, infelizmente, será uma moto apenas com a qual sonhar…

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Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza