A TVS Apache, que já foi da Dafra no Brasil, ultrapassa 6 milhões de unidades vendidas mundialmente e celebra 20 anos de mercado. Será que volta para o Brasil?

A TVS Apache comemora um marco expressivo em abril de 2025: 20 anos de existência e mais de 6 milhões de unidades vendidas globalmente. O modelo, que teve passagem pelo mercado brasileiro por meio da parceria entre a Dafra e a indiana TVS Motors, permanece em evolução. O desempenho comercial e os avanços tecnológicos colocam a Apache como uma referência entre as motocicletas de uso urbano no cenário internacional.

TVS Apache 150 - Divulgação
TVS Apache 150 – 2010 no Brasil – Divulgação

Lançada originalmente em 2005 com motor 150 cc, a TVS Apache estreou como um projeto voltado ao público que buscava uma motocicleta versátil e de bom desempenho. Sua trajetória foi marcada por constantes atualizações e novas versões que mantiveram o modelo competitivo ao longo das duas últimas décadas. No Brasil, a moto chegou em 2010 sob o nome Apache RTR 150, por meio da colaboração com a Dafra, empresa que buscava consolidar sua presença no mercado nacional.

O modelo brasileiro, equipado com motor monocilíndrico de 150 cm³, 14 cv de potência e 1,27 kgfm de torque, foi um dos principais produtos da Dafra por um período significativo. Produzida até 2015, a Apache 150 deu lugar a versões mais modernas, mantendo o nome, mas evoluindo em proposta, desempenho e recursos técnicos.

Apache RTR 200: visual agressivo - Divulgação
TVS Apache RTR 200: visual agressivo – Divulgação

 

A evolução da TVS Apache: da 150 à RTR 310

Após a saída da versão 150 de linha em 2015, a Dafra apresentou em 2019 a Apache RTR 200, um modelo com foco mais esportivo e agressivo. Com motor de 197,75 cc, entregando 21 cv e torque de 1,78 kgfm, a nova versão introduziu inovações como banco bipartido, embreagem deslizante e melhorias no design. Essa geração teve boa aceitação e passou por atualizações até 2023.

Paralelamente, no mercado indiano, a linha seguiu avançando. Em 2023 foi lançada a Apache RTR 310, uma motocicleta de proposta mais sofisticada, com base compartilhada com a BMW G 310 R — fruto da colaboração entre a TVS e a marca alemã. A RTR 310 traz motor de 312,2 cc, com potência de 35,6 cv e torque de 2,9 kgfm, além de recursos como quickshifter bidirecional, painel TFT, modos de pilotagem e suspensões ajustáveis.

Apache RTR 200 2023 - a última versão da Apache no Brasil - Divulgação
Apache RTR 200 2023 – a última versão da Apache no Brasil – Divulgação

Embora tenha gerado expectativa, a Apache RTR 310 não chegou ao mercado brasileiro. Pouco tempo depois, em março de 2024, a Dafra anunciou oficialmente o fim de sua parceria com a TVS Motors. Foram 14 anos de colaboração, que resultaram em mais de 40 mil unidades da TVS Apache vendidas no Brasil.

Apache RTR 310 - Divulgação
TVS Apache RTR 310 – Divulgação

A TVS Motors no Brasil

A TVS Motors não confirmou oficialmente a sua vinda ao mercado nacional. Mas já existe até um endereço de site da marca reservado para Brasil. Isso já faz pelo menos 1 ano.

Indiretamente, a TVS já atua em nosso mercado. A Sport 110i já vem sendo bastante comercializada em todo o Brasil como o principal modelo de entrega da Mottu. Aliás, fazendo com que a Mottu fique à frente de marcas como Royal Enfield, Bajaj, BMW, Kawasaki e Suzuki, em número de emplacamentos, somente com um único modelo.

Apache RTR 200 2023 - a última versão da Apache no Brasil - Divulgação
TVS Apache RTR 200 2023 – a última versão da Apache no Brasil – Divulgação

A pergunta que fica é: veremos novamente a TVS Apache nas ruas brasileiras? A resposta oficial ainda não existe. Entretanto, o histórico de vendas, o espaço conquistado no segmento e a expansão global da TVS Motors deixam aberta a possibilidade de um retorno. Caso ocorra, a presença da linha Apache, em suas versões mais atuais, pode ser estratégica para reposicionar a marca entre as motocicletas urbanas de média cilindrada.

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Jornalista, web designer, desenvolvedor web e editor ao mesmo. Já fui radialista, publicitário e até metalúrgico metaleiro. Acabei entrando e abraçando o mundo 2 rodas por influencia do meu irmão mais velho.
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