A Itália é a casa de marcas de alto desempenho, como Ferrari, Lamborghini, Ducati e Aprilia. Mas agora o país quer ser reconhecido também como um apoiador na adoção de veículos elétricos. Com isso, uma proposta do governo oferece bônus equivalentes a R$ 20 mil na compra de motos elétricas.
Até R$ 20 mil para comprar motos elétricas
Em fevereiro o primeiro-ministro italiano Mario Draghi anunciou o programa Eco Bônus. Essa medida busca tornar os veículos elétricos mais acessíveis aos consumidores do país. Agora a novidade acaba de entrar em vigor.
O Eco Bônus vai destinar 650 milhões de Euros (cerca de R$ 3,3 bilhões em conversão direta) entre 2022 e 2024. Tudo isso, para ajudar o público a comprar carros elétricos e de baixas emissões. Além de promover que os motoristas descartem veículos com padrão de emissões desde do Euro 0 ao Euro 5.
Mas para as motos o orçamento será bem mais modesto, de apenas 15 milhões de Euros (R$ 77 milhões) no mesmo período. Os consumidores de motocicletas se beneficiarão do programa de incentivos na compra de modelos leves e scooters elétricos e híbridos. Todos que se enquadrem nas categorias L1e, L2e, L3e, L4e, L5e, L6e e L7e da Itália.
Na compra de um desses, o bônus do governo pode gerar uma economia ao consumidor de 30% do preço de compra. Mas o programa limita esse incentivo em 3 mil Euros (cerca de R$ 14.400). Aqueles que descartarem uma moto com padrão de emissões Euro 3 ou mais antigo – durante a compra – ganharão um desconto extra de 10% na compra de suas novas motos elétricas, elevando assim o teto para 4 mil Euros (aproximadamente R$ 20.500).
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Desconto nos carros é menor
Apesar do orçamento para a compra de motos ser menor, o valor destinado ao cliente final pode ser ainda maior. Isso porque, para clientes que compram carros, o programa oferecerá 3 mil Euros (R$ 15.400) para carros elétricos de valor de até € 35 mil (R$ 179,700). Já os clientes que negociarem uma troca envolvendo um modelo de motor de combustão interna – compatível com o atual Euro5 – podem ganhar 2 mil Euros (R$ 10.200) extras em sua compra.
Medidas semelhantes ainda não chegaram no Brasil. Por aqui, as mais recentes propostas vêm do setor privado. São financiamentos realizados por bancos ou ainda subsídios na compra de motos destinadas a entregadores.