Misturando motorização e câmbio de motoneta com rodas maiores e pneus off-road, a Amazonas Mix 110 é uma opção barata no segmento, mas seu visual está longe de ser unanimidade.

uma grande mistura 1Amazona Mix 110

Motor de 110 cm³ e câmbio rotativo com embreagem centrífuga semi-automática. Na dianteira, roda aro 18 e, na traseira, aro 17, calçadas com pneus off-road. O que é isso? A mistura de diversos segmentos que resultou na AME Mix 110, uma acessível motoneta de origem chinesa, montada pela Amazonas Motocicletas Especiais (AME).

Esse mix de tendências acaba dividindo opiniões: “Bonita essa motinha, hein?”, “Você que fez?”, “Roda grande, do tamanho da CG!”, “Que coisa horrível?”. Comentários e gostos à parte, a Mix 110 vem pra brigar no segmento de motonetas e CUBs com um visual diferenciado – até demais – e um preço competitivo, assim como a maioria das motos de origem chinesa. uma grande mistura 2uma grande mistura 3uma grande mistura 4uma grande mistura 5uma grande mistura 6uma grande mistura 7Espécie de Honda Pop 100 com visual off-road, a MIX 110 custa R$ 3.990 – o mesmo preço sugerido pela Honda para a sua popular de 100 cc. Porém a motoneta da Amazonas traz alguns diferenciais em relação a sua concorrente direta, como freio a disco, painel mais completo, etc.

Ciclística Na parte ciclística, a Mix 110 traz como principal diferencial as rodas maiores – 18 polegadas na dianteira e 17, na traseira. Isso faz com que ela fique mais estável ao passar por ondulações e buracos no asfalto.

Nessa tarefa contribuem também as suspensões de longo curso – garfo telescópico na dianteira e sistema bichoque (com ajuste na pré-carga da mola) na traseira. O conjunto absorve bem as imperfeições e proporciona conforto ao piloto.

Porém, o estreito banco da Mix 110 causa certo desconforto após muito tempo sobre a moto. A posição de pilotagem, apesar de ereta, cansa o motociclista. A principal “culpada” por isso são as pedaleiras, que parecem um pouco fora de lugar e pequenas para os pés. Às vezes dificultam o acionamento do freio ou do câmbio rotativo.

A Mix 110 ainda vem equipada com freio a disco na dianteira – item existente somente nas motonetas “top” de linha, como a Honda Biz + e a Sundown Web Evo. Na traseira, o tradicional tambor dá conta do recado. Outra crítica vai para os pneus. Com desenho “off-road”, lembram muito os da Yamaha TT 125 da década de 70. Só que para piorar são de uma marca chinesa impronunciável.

Desempenho O motor de um cilindro posicionado horizontalmente segue a receita das motonetas. Com 110 cm³ de capacidade, tem comando simples no cabeçote (OHC) e refrigeração a ar. Produz 7,09 cv a 7.500 rpm e tem desempenho satisfatório. Não atinge velocidade superior a 90 km/h, mas transita bem mesmo nas avenidas de trânsito mais intenso. A AME declara torque de 0,71 kgf.m a 5000 rpm. Na prática é suficiente para empurrar a Mix 110 nas saídas de semáforo, mas pouco em subidas mais íngremes.

O câmbio rotativo e a embreagem semi-automática, assim como o visual da Mix 110, dividem opiniões. Há quem considere o sistema uma praticidade. Já alguns preferem o câmbio com embreagem manual ou o câmbio automático dos scooters. No caso da Mix, tem quatro marchas, mas se mostrou um pouco impreciso na hora de retornar ao neutro. Pelo menos há um sistema que impede o motociclista, em movimento, sair da quarta marcha e engatar a primeira, como acontece em alguns modelos chineses.

Prevenida Além do freio e das rodas maiores, a Mix 110 tem outros itens que a deixam mais completa que a Honda Pop 100. O painel, por exemplo, traz um útil marcador de combustível e um indicador de marcha. Entretanto, é impossível durante o dia enxergar a marcha engatada.

Os comandos nos punhos também são completos. Além de poder ligar ou desligar o farol e acionar a luz alta, há um lampejador no punho esquerdo. No direito, o tão desejado botão da partida elétrica.

Mas durante o teste, sem nenhum motivo aparente, a partida elétrica da Mix 110 parou de funcionar. Não só ela, como também a buzina. Indício de baixa carga da bateria. Para minha sorte, a Amazonas foi prevenida e equipou a motoneta com um pedal de partida, assim podia ligar a Mix 110 sem problemas. Já a buzina ficou “rouca” de vez.

FICHA TÉCNICA Amazonas Mix 110

AME Mix 110 Motor: OHC, monocilíndrico, quatro tempos, refrigerado a ar Potência máxima: 7,09 cv a 7.000 rpm Torque máximo: 0,71 kgf.m a 5.000 rpm Capacidade cúbica: 110 cm³ Diâmetro x curso: 52,4 x 49,5 mm Sistema de alimentação: Carburador Sistema de partida: Elétrica e pedal Câmbio: Quatro velocidades rotativo Embreagem: Centrífuga automática Transmissão final: Corrente Chassi: underbone Suspensão dianteira: Garfo telescópico Suspensão traseira: Balança traseira com sistema bichoque Freio dianteiro: A disco Freio traseiro: A tambor Dimensões (C X L X A): 1.880 x 655 x 945 mm Distância entre-eixos: não informada Altura do assento: 790 mm Distância mínima do solo: não informada Tanque de combustível: 3,5 litros Peso seco: 95 Kg Cores: Amarela, Vermelha e Preto Preço: R$ 3.990,00 uma grande mistura 8uma grande mistura 9

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