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Nos próximos dias 26 a 29, as equipes FEI BAJA , do Centro Universitário da FEI, de São Bernardo do Campo (SP), Poli Ciser, da Escola Politécnica da USP, e MangueBaja, da Universidade Federal de Pernambuco (UFP), representam todos os universitários brasileiros na competição Baja SAE Kansas, em Pittsburg, Kansas, organizada anualmente pela SAE International, e que este ano contará com mais de 100 equipes dos Estados Unidos, Canadá e México. A competição será realizada na Pittsburg State University.

Projeto da equipe Poli Ciser é uma das apostas do Brasil

Projeto da equipe Poli Ciser é uma das apostas do Brasil

Os alunos da FEI, Poli USP e UFP ganharam o direito de representar o Brasil nos Estados Unidos após vencerem a 17ª Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, realizada em março deste ano, em Piracicaba (SP). Eufóricos, os universitários querem buscar o pentacampeonato. O Brasil já conquistou quatro vezes o título mundial: em 1998, com equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 2004, 2007 e 2008, com alunos da FEI. “Nossas expectativas são muito boas, e vamos buscar mais um título”, afirmou o capitão da FEI BAJA, Márcio Henrique Maia.

Para tanto, os alunos da FEI trabalharam intensamente durante o ano na preparação do baja batizado de Dipton, que irá participar das provas. De acordo com a equipe, o carro é mais leve e econômico graças a novo sistema de fixação do motor, que permitiu a redução do peso em 3 kg e melhorou a rigidez do chassi. Como consequência, o carro ganhou desempenho em aceleração, velocidade final e frenagem.

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Outra veterana na competição norte-americana é a equipe da Escola Politécnica da USP, que participa pela quarta vez da Baja SAE Kansas, com expectativas de ficar entre os cinco primeiros colocados. “Temos evoluído bastante: no primeiro ano ficamos em 33º, no segundo, em 26º, e no ano passado, em nono lugar”, diz o capitão da equipe, Luiz Guilherme Fonseca.

CARRO ÁGIL – O estudante da Poli USP revela que a equipe trabalhou em melhorias no trambulador do carro para tornar as trocas de marchas mais macias. O Baja SAE tem duas marchas, uma de alta velocidade e outra de baixa, com reduzida. “Agora ficou mais confiável e podemos brigar por uma posição melhor”, diz o capitão da equipe, que tem como vantagem a boa classificação do carro no ano anterior, quando conquistou as provas de velocidade final e manobrabilidade. “Nosso carro é o mais rápido do mundo e o mais ágil”, comemora.

A estreante equipe de Pernambuco está otimista. “Sempre andamos muito próximo da equipe da FEI, que é campeã mundial e tem muita experiência na prova internacional”, afirma o professor do Departamento de Engenharia e coordenador do Projeto Baja, Laurênio Accioly, que divide a tarefa com os professores Carlson Verçosa e Dario Ferraz.

Accioly conta que o carro montado pelos alunos está bem confiável e por isso espera terminar a competição entre os 10 primeiros colocados. “Mas não tão próximo do 10º”, comenta. A favor, o professor lembra que na prova em Piracicaba, em março, o Baja SAE da equipe de Recife foi o primeiro colocado na prova de velocidade máxima. “Estamos com um projeto bastante robusto e rápido”, afirma.

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Para a Baja SAE Kansas, a equipe trabalhou na manutenção preventiva do veículo, com troca dos componentes de desgaste natural e algumas pequenas correções de chassis. “Foram intervenções pequenas, algumas nem eram necessárias, mas fizemos para prevenir qualquer surpresa”, diz.

UNIÃO – Apesar de concorrentes na prova realizada em Piracicaba, as equipes da FEI, USP e Federal de Pernambuco participam da Baja SAE Kansas em clima de união. “Lá somos o Brasil”, afirma o capitão da equipe FEI BAJA, Márcio Henrique Maia. “Se uma equipe brasileira tem problemas, trabalhamos juntos para resolvê-los”, diz.

Baja SAE – Os veículos, denominados Baja SAE são protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora-de-estrada, com quatro ou mais rodas e devem ser capazes de transportar pessoas com até 1,90m de altura, pesando até 113,4 kg e motor padrão de 10 HP. Os sistemas de suspensão, transmissão, freios e o próprio chassi são desenvolvidos pelas equipes, que têm, ainda, a tarefa de buscar patrocínio para viabilizar o projeto.

“Dar aos jovens a oportunidade de trabalhar em um projeto de alta performance, lidando com as dificuldades reais que cercam um trabalho dessa monta, é importante; assistir o seu desempenho e vê-los motivados, supera a satisfação; e ajudar no enriquecimento da formação profissional na engenharia é a nossa missão. O Projeto Baja SAE nos proporciona tudo isso”, define Vagner Galeote, presidente da SAE BRASIL 
Obs.: Para facilitar a discussão sobre esse assunto, criamos um tópico no fórum para os motonliners. Clique aqui para acessar o tópico.

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