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Os automóveis, em circulação pelas ruas de São Paulo, equipados com falso catalisador ou com o equipamento com a vida útil comprometida serão flagrados por um monitoramento remoto que mede a emissão de gases pelo escapamento, em apenas um segundo.

Instalado em vias públicas, o aparelho conta com uma tecnologia que, por meio de raios infravermelho e ultravioleta, faz a medição de gases nos automóveis em movimento e detecta as concentrações desses poluentes emitidos pelos escapamentos. O equipamento fotografa o veículo analisado e os dados são enviados à Prefeitura de São Paulo. Com estas informações, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente encaminhará, a partir de julho deste ano, uma notificação para a residência do motorista, nos casos em que o veículo estiver emitindo poluentes em níveis acima do aceitável.

Dentro deste contexto, a Umicore, principal fabricante de catalisadores automotivo, alerta sobre a importância de verificar se o carro está equipado com o catalisador original e se o produto atende à legislação de emissão de poluentes. “Esse monitoramento remoto será feito por um aparelho capaz de identificar instantaneamente os níveis dos gases gerados pelo motor do veículo, como hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO) e óxido de nitrogênio (NOx)”, explica Carlos Eduardo Moreira, gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios da Umicore.

A Inspeção Veicular, que passa a ser obrigatória para automóveis e motocicletas a partir de janeiro de 2009, irá contribuir para a reversão da retirada do catalisador automotivo. “Um recente estudo realizado pela Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental), aponta que um em cada quatro carros do estado de São Paulo circula em situação irregular. Os automóveis estão equipados com falsos catalisadores ou com a peça adulterada, ou seja, com o núcleo cerâmico retirado. Dessa forma, é fundamental que os proprietários dos veículos verifiquem as condições do catalisador de seu carro para não serem flagrados e reprovados na inspeção”, enfatiza Moreira.

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No momento da troca, a Umicore orienta o consumidor a substituí-lo em uma oficina de sua confiança. Além disso, é preciso verificar a embalagem do produto e exigir o certificado de garantia e a nota fiscal. “Isso porque na hora da troca, por ser um produto de alta tecnologia, o consumidor pode ser levado a comprar um falso catalisador sem saber”, acrescenta Moreira.

Catalisador – A desregulagem do sistema de injeção eletrônica, alteração da contrapressão do sistema de escapamento, aumento do consumo de combustível e perda de rendimento do motor são apenas alguns dos problemas que o motorista pode observar ao rodar com falso catalisador ou com o equipamento com sua eficiência comprometida.

Projetado para ter a mesma durabilidade do automóvel, o catalisador pode ter a carcaça danificada por impactos, levando à sua destruição. Além disso, a vida útil do equipamento pode ser reduzida pela má conservação do carro ou pelo abastecimento do automóvel com combustível adulterado.

Prejuízos à saúde – Confira na tabela abaixo, os gases emitidos pelos automóveis sem catalisador ou equipados com falso catalisador, as conseqüências para a saúde e o resultado da catálise feita por um equipamento original.

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Gases Efeitos Após a catálise
HC (Hidrocarbonetos) Causa irritação nas vias respiratórias, anemia, leucemia e câncer pulmonar Transforma-se em vapor d’água e gases inofensivos
CO (Monóxido de Carbono) Causa asfixia sistêmica, pneumonia e danos cerebrais Transforma-se em gás carbônico (gás exalado ao respirarmos)
NOx (Óxidos de Nitrogênio) Causa ardência nos olhos, nariz e mucosas. Também provoca bronquite, enfisema, insuficiência respiratória e até mutações genéticas Transforma-se em N2 (Nitrogênio), que representa 75% do ar que respiramos da atmosfera
O3 (Oxidantes fotoquímicos, Ozônio e Aldeídos) Causa irritação nos olhos, garganta e infecções generalizadas A transformação dos gases HC, CO e NOx evita a formação do O3

Fonte: Umicore