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Foto: Kawasaki

Foto: Kawasaki

De forma discreta o site da Kawasaki do Brasil incluiu o modelo Ninja 250 em sua linhas, mas nÆo h  o produto para venda, por enquanto. Segundo uma pesquisa feira em alguns revendedores, o pre‡o calculado seria de R$ 14.000 (dependendo da flutua‡Æo do d¢lar) e a data prevista para a venda seria mar‡o. Veja a seguir o teste que fiz com a Ninja 250 em novembro de 1993. Parece que a moto ‚ a mesma.

Uma estrada vazia. O acelerador ‚ girado at‚ o limite. O ponteiro do
contagiros come‡a a subir, apontando 8.000 rpm. Sem esfor‡o, logo chega a 10.100 rpm, 11.000, 12.000, 13.000, parece que nÆo tem fim, at‚ que encosta em 14.500 rpm e o motor d  um solu‡o avisando que o limitador de giros entrou em a‡Æo. A moto capaz de atingir a rota‡Æo m xima de 14.000 rpm nÆo ‚ uma dois tempos, muito menos uma superbike com mais de 100 cavalos. Trata-se da pequena Kawasaki Ninja 250R, conhecida como Ninjinha.

 absolutamente impressionante o desempenho desta bicil¡ndrica, quatro tempos, com quatro v lvulas por cilindro e refrigera‡Æo l¡quida. Logo ao acionar o botÆo de partida, o motor libera um ronco que esbanja sa£de. Parece que cortaram um motor esportivo de 500cc ao meio. A potˆncia ‚ de 34 cv a 12.500.

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Em termos de acelera‡Æo nada fica a dever …s dois tempos. A velocidade m xima ‚ de 172 km/h (real), ou seja, mais veloz do que a Honda CB 450DX (161 km/h), por exemplo e quase tÆo r pida quanto a Honda CBR 450SR (175 km/h). Nada mau para um motor de 248cc. O £nico detalhe que ficou comprometido foi a retomada de velocidade, j  que a unidade fornecida pela importadora, a Disnauto, estava falhando em baixa rota‡Æo. Simples questÆo de regulagem.

O estilo da Ninja 250R (ou ZZR 250, como ‚ vendida no mercado Europeu) ‚ intencionalmente copiado da Ninja 600R, inclusive nas cores e grafismos, com formas mais retas, ao contr rio das linhas arredondadas da s‚rie ZX. Lembra as antigas Kawasaki GPZ, com a carenagem pontuda.

O primeiro contato com a moto provoca uma falsa impressÆo de moto pesada, gra‡as … carenagem integral. Mas na verdade ‚ bem leve (138 kg) e f cil de pilotar. A altura do banco ao solo ‚ de 744 mm, mais baixa do que a nova Honda CBX 200 Strada (781 mm), e permite que pilotos de baixa estatura se sintam a vontade.

No painel o veloc¡metro indica at‚ 130 milhas por hora – ou 200 km/h ªcom as luzes de advertˆncia de praxe, term“metro do l¡quido de refrigera‡Æo e o contagiros indicando at‚16.000 rpm! com in¡cio da faixa vermelha aos 14.000 rpm. Um ponto desfavor vel dessa Ninjinha sÆo os comandos el‚tricos pouco pr ticos e dif¡ceis de manipular. Para compensar, a embreagem ‚ tÆo macia que at‚ parece hidr ulica, apesar de ser mecƒnica.

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O conforto fica comprometido pelo excesso de vibra‡Æo do motor. Pilotando na estrada, acima de 9.000 rpm, come‡a a surgir uma vibra‡Æo nos punhos e pedaleiras, que vai aumentando conforme aumenta a rota‡Æo. Para esses casos s¢ mesmo um investimento da f brica para reduzir parte das vibra‡äes com uso de coxins.

O quadro tubular ‚ de a‡o e fica totalmente coberto pela carenagem e laterais. As rodas de pequeno diƒmetro (16 polegadas) facilitam muito a pilotagem em curvas, onde o piloto pode praticamente ignorar os limites, deixando a moto inclinar at‚ as pedaleiras come‡arem a raspar no asfalto. Por outro lado, nas ruas esburacadas as rodas de 16 polegadas sÆo mais sens¡veis, transmitindo boa parte do impacto da roda para toda moto.

Na cidade existe ainda um outro inconveniente: os espelhos retrovisores parece que foram feitos sob medida para bater nos espelhos dos carros. Para enfrentar trƒnsito congestionado a melhor solu‡Æo ‚ dobrar os espelhos.

A Ninjinha foi feita basicamente para os merca americano e japonˆs. No JapÆo as dificuldades para habilita‡Æo e os altos impostos para as motos grandes provoca uma verdadeira corrida …s 125 e 250 esportivas. Al‚m disso, as dimensäes reduzidas dessa moto permite ser pilotada por jovens. Na Ninjinha existem at‚ algumas garras embutidas nas laterais para facilitar transporte de pequenas cargas ou material escolar.

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Para uma moto vendida a 7.500 d¢lares (no Brasil, em 1993), faltam mais cuidados no acabamento. Com mais alguns d¢lares ‚ poss¡vel comprar uma Honda Honda CBR 450SR, (cerca de 7.700 d¢lares) de melhor acabamento e performance. No Exterior essa moto ‚ comercializada a 5.200 d¢lares, a¡ sim, pode-se deixar de lado o acabamento modesto. Aqui no Brasil, a Ninjinha ser  uma op‡Æo meramente social, conferindo mais status ao motociclista dono de uma rara importada.

Nos mercados americano e japonˆs, a Kawasaki Ninja 250R representa uma forma de atrair os jovens para essa marca fort¡ssima e convencˆ-los a continuar comprando Ninja pelo resto da vida motocicl¡stica.  mais ou menos como a hist¢ria do sutiÆ: a primeira Ninja a gente nunca esquece!

Motor – quatro tempos, dois cilindros, quatro v lvulas por cilindro, refrigera‡Æo l¡quida. Cilindrada – 248 cc. Potˆncia M xima – 34 cv a 12.500 rpm. Alimenta‡Æo – dois carburadores 30mm. Cƒmbio – seis marchas. Quadro – tubular, de a‡o, tipo Diamond. Pneu Dianteiro – 100/80×16. Pneu traseiro – 130/80×16. Freio dianteiro – disco simples com pistäes duplos assim‚tricos. Freio traseiro – disco, com pistäes simples. Capacidade do tanque 18 litros. Altura do banco – 744 mm. Peso 138,3 kg.