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Enquanto o mercado de automóveis continua “anabolizado” pelo IPI menor e cresce 17,7% em outubro na comparação com setembro, o segmento de motocicletas acompanhou esse crescimento e cresceu 16,89% em outubro sem qualquer anabolizante. Mas não fique feliz, pois isso não significa qualquer alteração importante no quadro desastroso que está desenhado neste 2012 de vacas magérrimas para fabricantes e distribuidores de motos. A queda acumulada em 2012 deve ficar próxima de 10% em relação ao ano passado.

Crédito mais barato com inadimplência alta: mercado de motos encolhe

Crédito mais barato com inadimplência alta: mercado de motos encolhe

De acordo com a Fenabrave, os programas “Melhor Moto Nova”, da Caixa Econômica Federal – em parceria com o  banco Panamericano e a linha de crédito voltada ao setor de motos, anunciada pelo Banco do Brasil ajudaram, mas estão longe de ser a solução. “Sou pessimista em relação à rápida recuperação do setor de motos”, sentenciou o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, prognosticando ainda tempos difíceis aos concessionários.

Meneghetti: pessimismo em relação à rápida recuperação do setor de motos

Meneghetti: pessimismo em relação à rápida recuperação do setor de motos

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Segundo a Fenabrave com base nas análises conjunturais feitas por especialistas do mercado, o problema maior continua sendo a alta taxa de inadimplência que já bate quase em 8%. Isso, claro, gera desconfiança de quem empresta dinheiro. O resultado é que, mesmo com juros menores, está ainda muito difícil aprovar crédito para comprar moto. Em setembro, de cada 100 pedidos para aprovação de crédito, 16 eram aprovados. Em outubro esse número subiu para 22.

Curiosamente, para comprar carros, a aprovação de crédito é mais fácil. Em média aprova-se 55 pedidos de crédito de cada 100 apresentados. Por isso que se vende mais que o dobro de carros em relação à motos. São 14.610 carros vendidos por dia contra 6.690 motos por dia. Em números absolutos, a venda de motos ficou assim. Foram emplacadas 134.736 unidades em outubro, contra 115.271 no mês anterior, aumento de 16,89%. Em relação a outubro de 2011 a retração é de 7,79% e, no acumulado, a queda chegou a 12,82%.

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