Publicidade

Quer saber qual é a melhor moto para fazer entregas? Bem, você não é o único. Com o fechamento de milhares de postos formais de trabalho, a busca por formas alternativas de renda tem crescido exponencialmente. Dessa forma, atuar com delivery vem se mostrado a saída encontrada por muitos  para garantir o sustento da casa – ainda mais em tempos de pandemia, quando muitos grupos de pessoas acaba limitando suas visitas aos setores de comércio e serviços.

Assim, criamos essa pequena lista com motos para fazer entregas. É claro que existe o vasto mercado de novas e seminovas (veja uma lista com motos de até R$ 10 mil), que irá depender da demanda local e do mercado de cada região e de outros fatores. Por isso, optamos por adotar apenas modelos zero quilômetro.

Adorada por entregadores, a CG 125 foi descontinuada em 2019. Assim, não está na nossa lista de motos para fazer entregas

Adorada por entregadores, a CG 125 foi descontinuada em 2019. Assim, não está na nossa lista de motos para fazer entregas

Top5 motos para fazer entregas

Como de praxe, nossa lista está organizada por ordem crescente de preços (exceto por seu primeiro modelo). Já os valores foram abstraídos da tabela Fipe e, portanto, refletem um valor médio cobrado pelas concessionárias no Brasil. Para descobrir como a Fipe funciona, veja a reportagem.

Publicidade

1 – Honda CG 160 Cargo: R$ 11.511

Ué, mas por que não fazemos essa lista com ordem crescente de preços? Porque tomamos a liberdade de colocar a Honda CG 160 Cargo no topo da lista de melhores motos para fazer entregas pois ela é a única do mercado projetada especialmente para o trabalho delivery. Projetada, não, ajustada.

 

A CG 160 Cargo é a única pensada especificamente para a atividade profissional

Assim, conta com um bagageiro robusto, capaz de transportar até 20 kg, e com vários ganchos para fixar baús ou cargas avulsas. Além disso, sai de fábrica com cavalete central, bastante útil para manusear peso sobre a moto sem desequilibrá-la. Por fim, segundo a Honda, a suspensão dianteira é reforçada, justamente para trabalhar com o peso extra.

Publicidade

Grande bagageiro em alumínio suporta até 20 kg

No restante, mantém as mesmas configurações das demais CG 160. Seu motor flex de 162,7 cm³, gera 15,1 cv (etanol) e 14,9 cv gasolina) a 8.000 rpm. O torque máximo é de 1,54 kgf.m (etanol) e 1,40 kgf.m (gasolina) a 6.000 rpm. Como você lembra, no ano passado a Honda aposentou a CG 125, continuando apenas com os modelos de 160 cm³.

Ainda, conta com o maior tanque de combustível da nossa lista. São 16,1 litros, rendendo autonomia acima de 600 quilômetros, suficiente para trabalhar um dia inteiro sem precisar reabastecer.

2 – HaoJue Chopper Road 150: R$ 8.643

Há quem faça questão de trabalhar com estilo e, talvez por isso, é tão comum vermos as antigas Intruder 125 nas ruas. Por isso, incluímos a substituta do modelo na nossa lista de motos para fazer entregas, a HaoJue Chopper 150.

Publicidade

A Chopper Road 150 tem a base mecânica da conhecida (e robusta) Intruder 125 e, assim, pode ser uma opção para quem quer trabalhar com estilo

Seu principal apelo está na construção em estilo custom, sendo uma das poucas representantes do nicho abaixo das 800 cilindradas. Além disso, pode ser uma boa opção para o trabalho por contar com bagageiro em alumínio além de várias peças (como os para-lamas) em aço, mais resistente que o plástico.

Produzida de 2002 a 2016, a Intruder 125 deixou uma legião de fãs

Em comparação com a antiga Intruder, seus principais diferenciais estão nos freios e motorização. Assim, agora ela conta dom discos nas duas rodas e sistema combinado (CBS). Já o motor está um pouco mais vigoroso, especialmente em baixas rotações. Desse modo, o principal ganho está no torque, que cresceu de 0,98 kgf.m a 7.000 rpm para 1,17 a 6.000 rpm. A potência máxima subiu de 11 cv a 9.000 rpm para 11,3 a 8.000 rpm.

3 – Honda Biz 110i: R$ 9.418

A Biz 110i surgiu em 2016 como uma opção mais barata (e simples) que a Biz 125, priorizando um valor importantíssimo para quem trabalha com entregas: economia. Aliás, no nosso teste sua média de consumo ficou em excepcionais 47,1 km/litro, relembre aqui.

No nosso teste, a Biz 110i rodou em média 47,1 quilômetros com cada litro de gasolina

Além do compartimento sob o banco e câmbio semi automáticos, marcas registradas da Biz desde 1998, a atual geração da 110i ainda conta com alguns ‘mimos’. Assim, há tomada 12v, útil para carregar o smartphone na correria do dia a dia. Rodas de liga e painel digital, por exemplo, estão disponíveis apenas na Biz 125 (avaliada em R$ 11.396).

Gancho, compartimento sob o banco e tomada 12v são os principais atrativos da Biz 110i quando o assunto é praticidade

4 – Yamaha Factor 125i: R$ 10.109

Modelo de entrada na gama de motocicletas ‘street’ da Yamaha, a Factor 125 está no mercado desde 2016 (relembre seu lançamento). Assim, vem equipada com rodas de liga, freio a disco e painel de instrumentos digital completo, que conta com indicador de marchas, relógio, odômetro parcial e total e função fuel trip, que inicia uma contagem progressiva a partir do momento que o combustível do tanque da motocicleta entra na reserva.

Factor 125i chegou em 2016 e aposta no bom nível de acabamento, rodas de liga e painel digital

Além disso, seu motor de um cilindro e 124,9 cm³, tem comando único no cabeçote (SOHC), injeção eletrônica e arrefecimento a ar. Com essa configuração, rende 1,16kgf.m de torque a 6.000 rpm e 11,1 cv a 7.500 rpm com etanol (à gasolina são 1,15 kgf.m e 11 cv, nas mesmas rotações).

5 – Yamaha XTZ 150 Crosser S: R$ 13.804

Fechamos nossa lista de motos para trabalhar com entregas com uma trail. Claro, não poderíamos deixar o segmento de fora das nossas sugestões, afinal sua maleabilidade e disposição para encarar a buraqueira do asfalto – ou até da falta dele – urbano (com rodas grandes e pneus de uso misto) as distanciam das demais categorias.

A Crosser tomou o lugar da Bros na nossa lista por ser um pouco mais acessível, além de contar com ABS na roda dianteira

E… Crosser 150 ou Bros 160? São duas ótimas opções e escolhemos a Yamaha pelo preço, afinal a Bros custa algumas entregas a mais, avaliada em R$ 14 mil pela Fipe.

Então, sigamos. A XTZ 150 Crosser S oferece freio ABS na roda dianteira, além de ser equipada com disco tanto na frente como atrás. Além disso, possui painel digital completo, incluindo indicador de marcha engatada, relógio, velocímetro, fuel trip, hodômetro parcial e total. Além da função ECO, que auxilia na pilotagem focada na economia de combustível.

Painel digital, além de completo, tem bom nível de acabamento

Ainda, a Yamaha dispõe de link na suspensão traseira, um diferencial na categoria. Com o sistema, copia melhor as irregularidades do terreno e garante mais conforto na pilotagem. Neste quesito também entra em cena o banco, largo, em dois níveis e com espuma de boa densidade. Veja nosso teste, onde ela rodou 38,9 km/litro.

Afinal, qual as melhores motos para fazer entregas?

Depende. Do seu estilo, da sua altura, do seu bolso, da condição das ruas na cidade onde você irá trabalhar. E é justamente por ter tantas variáveis que montamos essa lista, com motos street, cub, trail e até uma custom.

Pelas grandes carenagens e rodas pequenas, podem não ser as mais indicadas para o trabalho pesado, com carga e na buraqueira das cidades. Entretanto, os scooter estão ganhando espaço na labuta diária

Pelas grandes carenagens e rodas pequenas, podem não ser as mais indicadas para o trabalho pesado, com carga e na buraqueira das cidades. Entretanto, os scooter estão ganhando espaço na labuta diária

Deixamos de lado os scooter, que sofrem um pouco com a buraqueira das cidades graças as rodas menores e, geralmente, preços mais elevados. Porém, o segmento também tem opções acessíveis para a maioria, como o Honda Elite, que parte de R$ 9.981.

Escolha a sua moto e bom trabalho.

Tem um desses modelos? Opine sobre ele no Guia de Motos!

Honda CG 160
Yamaha Factor 125
HaoJue Chopper Road 15
Yamaha XTZ 150 Crosser
Honda Biz 110i

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza