E se uma moto elétrica pudesse gerar um som personalizando, alternando desde o agudo motor 2 tempos até os graves descompassados dos bicilíndricos em V com mais de 1.200 cm³? Essa é a proposta do projeto McFly, da empresa italiana 2electron.
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De acordo com a startup, o objetivo é sanar a reclamação comum de que as motos elétricas não emocionam como as movidas às combustão graças ao seu som – de ‘enceradeira’, como costumamos ouvir.
Moto elétrica com som de 2 tempos? Você escolhe
Na prática, trata-se de um software que trabalha junto ao hardware da moto elétrica, produzindo sons, ruídos e vibrações semelhantes as das motos ‘tradicionais’. Além disso, o conjunto simula a presença de uma caixa de engrenagens mecânica e, assim, altera a rotação do propulsor elétrico e implica em trocas de marchas.
Para uma emulação mais real, há um sistema de alto-falantes que reproduz o som do escape ao tempo em que também há som sobre o motor, emulando sons do cabeçote, como ruídos de válvulas. Ainda, há dispositivos responsáveis por gerar vibrações na motocicleta, simulando o que acontece nos modelos movidos à combustão interna.
Como funciona
Dessa forma, com o objetivo de apresentar o funcionamento do sistema, os responsáveis criaram uma moto conceito chamada de Emula. Nela, usam a tela de TFT de 8 polegadas para selecionar o modo desejado, reproduzindo o som de sua preferência.
Assim, “o Emula permite que você alterne de um 125 2 tempos dos anos 80 para um moderno 750 4 cilindros com alto desempenho, com uma seleção simples no visor enquanto estiver parado no semáforo”, destaca a marca. Veja a demonstração no vídeo acima.
Disponibilidade ao mercado
A origem do projeto McFly, que pode gerar até o som de motores 2 tempos em uma moto elétrica, está na Zener. Trata-se de uma empresa especializada em serviços de engenharia e componentes para automóveis que originou a 2electron.
Desse modo, a companhia não demonstra interesse em fabricar motos elétricas que reproduzam sons mais próximos aos que estamos acostumados. Assim, seu objetivo é vender a tecnologia para outra fabricante e, inclusive, já têm relações com a Bosch. Quem sabe num futuro breve uma V-Twin pare ao seu lado no semáforo e de lá saia uma esportiva de quatro cilindros…