A decisão do Parlamento Europeu, aprovando a proibição da venda de veículos com motor de combustão interna a partir de 2035, se alinha com a posição já assumida pelo governo do Reino Unido e na Califórnia.
Os planos da União Europeia para emissões zero de carbono atualmente não incluem motocicletas. Embora governos, como o do Reino Unido, esperem incluí-las em sua proibição de 2035.
No entanto, existe a disposição de que países permitam fabricantes de automóveis de pequena escala (até 10.000 veículos por ano) estipular metas mais flexíveis rumo ao futuro, claro, com o foco na eletrificação total.
Embora abominada nas propostas de futuro, a gasolina ainda oferece valores várias vezes superior ao das melhores baterias em uso da atualidade. Desta forma, a moto com o tradicional motor de combustão interna ainda é mais competitiva.
Um exemplo vem do Campeonato Mundial de Motovelocidade. As elétricas da MotoE, têm tempos de volta comparáveis apenas aos das pequenas máquinas de 250 cc da Moto3, muito distantes da Moto2 ou MotoGP.
Um protótipo da Moto3 pesa cerca de 85 kg, enquanto a elétrica tem peso de 240 kg. Segundo um executivo da KTM, para que uma moto elétrica tivesse hoje o desempenho equivalente ao de um modelo de classe principal, seria necessário um modelo com cerca de meia tonelada!
Os e-fuels, combustíveis gasosos ou líquidos, de origem sintética, podem ser um destino, sendo produzidos por meio de sistemas alimentados por eletricidade renovável.
Ou seja, trata-se de transformar energia elétrica em química, na forma de combustíveis que possam ser explorados como portadores de energia. Além disso, os motores térmicos podem ser adaptados de forma muito simples ao uso de e-fuels.
O combustível “eletrônico” mais simples de produzir é o hidrogênio, obtido com um processo de eletrólise da água e alimentado por eletricidade renovável. No entanto, produzir hidrogênio ainda não é barato e nem tão ecológico.