O mundo das competições traz lições de vida. E uma delas, mostrando que a empatia pode/deve estar acima de qualquer troféu, veio de uma recente edição do Dakar.
O Dakar é conhecido por seus perigos e ao longo de suas edições perdeu muitos pilotos em seus estágios. Até na edição 2024 tivemos um acidente fatal, infelizmente. Ele aconteceu com o espanhol Carles Falcón.
Em 2020 a competição vivia um cenário diferente, pois desde 2015 não havia registro de fatalidades. Após 6 etapas de atividades do Dakar 2020, o rali foi marcado por um acidente e a consequente morte do piloto Paulo Gonçalves.
A sétima etapa contou com 546 quilômetros, entre Riade e Wadi Al Dawasir, na Arábia Saudita. Durante o km 276 o português teve uma queda, foi resgatado de helicóptero ao Hospital Layla, mas não resistiu aos ferimentos.
E foi Toby Price, campeão vigente do Dakar, o primeiro a chegar ao local do acidente. O australiano também foi o primeiro a socorrer o adversário, ainda que isso lhe custasse a briga pelo campeonato.
Assim que viu o acidente, cuidar de Paulo foi a prioridade. Price chamou o resgate e permaneceu até sua chegada, ajudando a descarregar equipamentos e a equipe de trabalho.
Price também contou com a ajuda de outros pilotos, como o Ctefan Svitko. "Desistiria de todas as minhas vitórias para que qualquer um dos meus companheiros de corrida voltasse…”, disse Toby em entrevista.
Com o episódio, o favorito Toby Price ficou 'apenas' com a 3ª posição no Dakar. Campeão em 2016 e 2019, ele segue competindo. Em 2024, obteve o quinto lugar.
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