Já imaginou se a Yamaha lançasse uma MT 09 com menos de 50 cv no Brasil? Ou se a Honda fizesse o mesmo com uma CBR 650R?
Na Europa, é comum que as marcas de motos reduzam propositalmente a potência de suas motos. Mas por quê? Simples: para vender ‘motos maiores’ a motociclistas ‘menos habilitados’. Entenda.
Diferente do Brasil, na Europa a ‘carta de moto’ é organizada em quatro categorias: AM, A1, A2 e A.
Elas organizam os motociclistas por idade e também em níveis de potência dos veículos a serem conduzidos: AM (limite 50cc), A1 (limite 125cc), A2 (47 cavalos de potência) e A, que é irrestrita!
Assim, a A2 se tornou a categoria mais popular! Afinal, recebe uma série de jovens motociclistas ávidos por mais desempenho. Paralelamente, possui muitos pilotos que estão satisfeitos com o porte de suas motos.
Por isso, é tão comum ver motos de diferentes cilindradas e marcas produzirem a mesma potência (cerca de 45 cv). Afinal, quando as marcas projetam os modelos, já consideram as limitações da categoria A2 europeia.
Além disso, também é comum que as marcas limitem artificialmente a potência de suas motos maiores. Assim, oferecem uma versão padrão com a potência original, e uma Versão A2, limitada a 47 cv.
Nem máquinas com mais de 100 cv escapam! É o caso da MT 09, que tem uma versão de 47 cv por lá. O mesmo ocorre com a Tenere 700, a CBR 650R e inúmeras outras motos.