O Motonliner Ik@ro teve uma Honda XRE 300 com a qual rodou 35 mil km. Agora, ele comprou uma Yamaha Ténéré 250 zero km. Veja a opinião dele sobre as duas motos e se quiser acompanhar a discussão ou opinar sobre o assunto, acompanhe no Fórum Motonline este comparativo no link Comparativo Ténéré 250 x XRE 300.
Saudações amigos motociclistas! Comprei minha Ténéré 250 2016! E como muitos colegas do fórum sabem que já fui proprietário de XRE 300, aí vão minhas primeiras considerações sobre os dois modelos.
PRÓS
Economia – Sempre usei gasolina aditivada e na XRE o máximo de média de consumo que consegui foi 31 km/l. Ainda não fiz a média oficial pois estou ainda no primeiro tanque de combustível da Ténéré, mas pelo que já percebi vai chegar fácil aos 35 km/l. E vale ressaltar que a Ténéré está na fase de amaciamento, o que faz ela consumir mais combustível.
Faróis – Aqui o item que mais me surpreendeu positivamente…. o farol da Ténéré coloca o farol da XRE no chinelo…… iluminação perfeita!
Bolha – Item que vem de série na Ténéré e que auxilia muito quem pega estrada. Diminui bem a pressão do vento frontal e até protege o piloto de pedras ou insetos. Mesmo que exista no mercado bolha para a XRE, esteticamente não me agradou, pois como a moto não foi projetada para receber este acessório, fica muito na cara que trata-se de algo adaptado.
Para-lamas – Protege muito o piloto de receber sujeira da roda dianteira da moto. Na XRE isso acontecia com frequência, mesmo depois da Honda alterar o modelo do para-lamas.
Design – Bom, isso é questão de gosto…… antes da Yamaha fazer essa reformulação na traseira da Ténéré, eu detestava o visual da moto……. achava muito desproporcional o conjunto. Tanto que na época que comprei a XRE eu sequer cogitei a Ténéré como candidata. Já a Ténéré 2016 recebeu uma traseira digna, pra mim era o que a Yamaha deveria ter feito desde o lançamento.
Detalhes – Pequenos detalhes como bocal do tanque estilo aviação, lampejador de farol, lanterna em LED fazem muito a diferença no visual e por sua utilidade também…..
Posição de pilotagem – Achei melhor comparado com a XRE; o piloto fica mais relaxado ao pilotar a moto.
Freios – Li e ouvi muitos relatos dos freios borrachudos. Até o momento não tive problemas, talvez porque no modelo 2016 o freio dianteiro agora usa pastilhas maiores que os modelos anteriores e isso pode ter contribuído para melhorar a eficiência.
Sistema Flex – Tem gente que não gosta, mas vejo como ponto positivo, considerando que nossa gasolina hoje já conta com quase 30% de etanol em sua mistura e isso faz com que o sistema aceite melhor nosso combustível…..
Modo ECO – Para quem usa a moto no dia-a-dia, como eu, isso é de extrema utilidade. Nesse período de alta constante do preço dos combustíveis, foi uma tacada de mestre da Yamaha.
Mecânica – Absolutamente confiável. Muitos criticam a Yamaha por não desenvolver um motor com mais cavalaria ou por simplesmente atualizar este motor por já estar há muito tempo no mercado.
CONTRA
Banco – Realmente o banco da Ténéré possui uma espuma mais densa comparando com a XRE, o que deixa o banco mais duro, mas nada que desabone a moto.
Aros – A Yamaha poderia ter aproveitado e alterado os aros da Ténéré 2016 também. Já passou da hora de colocar aros de alumínio nela. Isso ajuda a deixar a moto mais leve e evita o transtorno da corrosão.
Buzina – Funciona, mas não gostei do barulho dela.
Pedaleiras – São de metal e cheias de travas. Concordo que ajuda a manter os pés do piloto mais firmes, mas vejo que a longo prazo essas travas da pedaleira vão acabar com meus calçados. A Yamaha até disponibiliza um acabamento de borracha original para as pedaleiras da Ténéré, mas bem que isso poderia ser um item de série.
Pisca alerta – Sei que isso não é um problema só da Ténéré, mas isso deveria ser item de série em todas as motos. Não sei o que passa na cabeça das montadoras que acham que só nas motos de 500 ou 600 cilindradas pra cima é que este item terá utilidade.
Sem opção de ABS – Passou da hora da Yamaha oferecer opção de freios ABS na sua linha de 250 cc.
Além disso tudo, o principal é que me sinto mais tranquilo pilotando a Teneré. Vendi minha XRE com 35 mil km rodados sem nenhum dos problemas exaustivamente tratados neste e em diversos fóruns na internet, mas vou confessar que sempre ficava aquela preocupação de que o cabeçote da moto ia trincar a qualquer momento e eu ia tomar um prejuízo lascado. Pilotando a Ténéré hoje eu sinto a diferença do que é realmente pilotar “em paz”. Com uma situação econômica crítica que nosso País vive hoje, o que a gente menos deseja é ter um desfalque financeiro e se eu ficasse com na Honda XRE, certamente não teria a paz que hoje eu sinto com a nova Ténéré.
Ainda tenho muitos km pra rodar, mas por este breve relato afirmo seguramente que os pontos positivos superam muito os pontos negativos. Afinal, a maioria deles é de fácil resolução e nem é algo tão oneroso para se colocar em prática. Aos poucos vou compartilhando com vocês minhas experiências.
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