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Na apresentação da Yamaha YS 150 FazerFazer 150 para os íntimos – que aconteceu no final de agosto deste ano, no rápido test-ride que a fábrica proporcionou já dava pra perceber que esta nova moto traria ao sub-segmento das motos de 150 cm³ grande valor e poderia estabelecer novo padrão de desempenho. Agora, no teste completo confirma-se aquela percepção inicial e até supera a expectativa em alguns aspectos do seu desempenho.

Fazer 150: nova em todos os detalhes

Fazer 150: nova em todos os detalhes

É verdade que a Fazer 150 demorou um pouco mais para chegar, pois lá se vão quase 10 anos quando os fabricantes perceberam que os consumidores das motos de 125 cm³ precisavam de um pouco mais de força para trafegar em rodovias e estradas, mas não estavam dispostos a pagar o preço de motos muito maiores e mais caras. Quem anda de moto pequena (100 a 125) onde os carros e caminhões andam mais rápido sabe das dificuldades. Os 25 cm³ e poucos cavalos a mais no motor fizeram grande sucesso, elevaram o topo da categoria de entrada e já permitem que mesmo uma moto pequena ande com mais desenvoltura pelas estradas e com mais folga no trânsito urbano.

Economia e autonomia com qualquer proporção de mistura de combustível

Economia e autonomia com qualquer proporção de mistura de combustível

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Foi então que surgiu esta sub-categoria dentro do segmento de entrada, as motos de 150 cm³. Logo a Honda lançou sua 150 e várias marcas e modelos de motos entraram também nesse sub-segmento, como as Dafra Speed, Apache e Riva, além da Kasinski Comet e Suzuki GSR. Mas nenhuma delas chegou a ameaçar a hegemonia da Honda nesta categoria. Agora, com a chegada da Yamaha com a Fazer 150, atrasada, mas bem aprimorada, a Honda encontra uma rival que pode incomodar bastante dentro do segmento que mais vende motos no Brasil

Desenho segue a irmã maior - Fazer 250 - e oferece um ar de esportividade ao modelo

Desenho segue a irmã maior – Fazer 250 – e oferece um ar de esportividade ao modelo

Aliás, a Yamaha sempre apresenta ao mercado motocicletas muito competitivas em cada segmento onde entra e essa “regra” não é diferente com a Fazer 150. Apesar da demora, a engenharia da Yamaha teve a preocupação (e o mérito) de ajustar todos os detalhes desta nova moto às características do mercado, tomando por base a líder do segmento – CG 150Titan. Mas ao contrário do que se pode pensar, ela não é uma YBR 125 com um motor maior e uma versão de acabamento mais requintado. A Fazer 150 foi construída passo a passo e isso é perceptível no desempenho do conjunto e em cada detalhe.

 

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Consumo mostra que compensa usar álcool com a Fazer 150 Blueflex

Motor vigoroso – Uma das muitas boas surpresas que a Yamaha Fazer 150 confirmou nesta avaliação foi o desempenho do motor. Praticamente irrepreensível, deixou claro que os 12,2 cv de potência máxima estão sempre disponíveis. Mesmo em uso mais intenso, nenhuma vibração é percebida, isso em função do bom sistema de balanceamento que reduz as vibrações. O motorzinho cresce o giro com facilidade e rapidamente se está entrando na faixa vermelha, além dos 9.000 rpm.

Mesmo em baixas rotações rodando no meio do trânsito urbano aquém dos 3.000 rpm, percebe-se o vigoroso torque do motor ao giro do manete do acelerador. O sistema de injeção eletrônica permite qualquer proporção de álcool ou gasolina e não se percebe diferença de desempenho no uso de um ou outro combustível. Claro, as diferenças ficam por conta do consumo, mas que compensa o uso do álcool na Fazer 150 e o preço de cada quilômetro rodado com álcool fica quase 25% mais barato, o que numa moto desta classe pode representar uma grande economia no final do mês. O resultado deste motor bem resolvido é uma relação peso-potência de 9,7 kg/cv, com boa economia e grande autonomia com seu tanque de 15,2 litros.

 

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Gráfico de potência na roda traseira, em azul mostra a curva da Yamaha Fazer 150

O câmbio tem trocas intuitivas e bem escalonadas. Em nenhuma condição se sente alguma imprecisão nos engates e a o acionamento da embreagem é leve e atua com precisão. A cada marcha engatada o motor sobe de giro rapidamente e sem “buracos” na curva de potência, até o fim da faixa útil lá próximo dos 9.000 rpm. A força do motor combinada com este câmbio empurram a moto com facilidade até o máximo que ela pode dar, pouco antes de cortar o giro aos 9.500 rpm e marcando no velocímetro 136 km/h. Porém, o erro de marcação no velocímetro aferido com GPS é de 12%. Ou seja, na velocidade máxima alcançada no velocímetro é na realidade 119 km/h, uma boa marca e com total controle e estabilidade da moto.

 

O chassi da Fazer 150 tem papel decisivo para o bom desempenho da moto quando a necessidade é agilidade nas mudança de direção. O motor empurra e a moto obedece ao menor movimento do piloto com rapidez e precisão. Na verdade, as medidas de rake e trail quando comparadas com a curta distância entre-eixos promovem essa facilidade e o desempenho ciclístico da moto é exemplar em todas as condições de uso, mesmo quando as suspensões chegam no limite de sua atuação. Essa boa característica é facilmente percebida em curvas onde a moto inclina de forma dócil e sem movimentos ou oscilações.

A suspensão traseira da Fazer 150 passa a impressão de ser um pouco dura quando comparada com a dianteira. Alguns pilotos podem achar que é a suspensão dianteira que está muito mole. Em alguma situações a moto chega até a dar pequenos mergulhos de frente por causa disso. Contudo, como a moto avaliada estava com baixa quilometragem e naturalmente as molas traseiras irão ceder um pouco, seguramente ocorrerá o ajuste automaticamente desse equilíbrio. Mas se ao comprar, você sair da loja com o ajuste na posição 1 (a moto avaliada estava no 2) deve dar certo. Depois de um pouco de uso será natural um reajuste na pré-carga da mola traseira.

Farol oferece iluminação eficiente; painel traz marcador de marcha engatada; lanterna traseira é bipartida

Farol oferece iluminação eficiente; painel traz marcador de marcha engatada; lanterna traseira é bipartida

Aliados deste bom conjunto de suspensões, os freios seguem o padrão e são igualmente muito bons, com boa modulação tanto no tambor traseiro quanto no disco dianteiro, sem qualquer tendência ao travamento. A Yamaha acerta ao apresentar ao mercado suas duas versões da Fazer 150 (ED e SED) equipadas com freios à disco na dianteira. Aliás, são muitos outros acertos da Yamaha neste novo projeto, a continuar pelo design, que imita sua irmã maior de grande sucesso, a Fazer 250. Não foram poucos os motociclistas que acharam que era a Fazer 250 em novas cores.

Outro acerto está no renovado painel e na ergonomia da Fazer 150. A posição do guidão e das pedaleiras estão bem ajustadas e o resultado é uma posição de dirigir natural, segura e confortável mesmo por longos períodos. É verdade que o assento poderia ser um pouco mais macio, mas o piloto fica bem encaixado na moto, com as pernas “abraçando o tanque e o eventual garupa tem a boa alça traseira em peça única, o que facilita amarração de eventuais bagagens.

Azul, branco e laranja são as cores disponíveis para a Yamaha Fazer 150 SED

Azul, branco e laranja são as cores disponíveis para a Yamaha Fazer 150 SED

Ao longo da avaliação, o farol trapezoidal revelou-se com o facho um pouco difuso, mas com boa e segura iluminação, apesar de estar com a regulagem um pouco baixa. A lanterna traseira bipartida destaca a moto para quem a vê por trás, assim como o pneu de medida maior que o padrão (100/80). Por fim, outro destaque positivo da Yamaha Fazer 150 é o painel que traz em uma única peça um mostrador digital que mostra a velocidade e o indicador de marcha com o conta-giros analógico redondo, além de todas as tradicionais luzes-espia indicadoras de pisca, farol alto, neutro e sistema de injeção.

Ao preço (FIPE) apurado em novembro de R$8.016,00 para o modelo SED (versão avaliada), a Yamaha tem todas as condições com esta moto de aumentar sua participação no segmento que mais vende moto no Brasil – e o mais concorrido também.

Yamaha Fazer 150 ED/SED: ficha técnica

Yamaha Fazer 150 ED/SED: ficha técnica

 

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