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Veja a parte 2 desta matéria.

Trata-se da Yamaha FZ6 N cujo proprietário é motociclista de longa data e optou por uma máquina que pudesse usar no dia-a-dia e viajar.

Na concessionária onde comprou a FZ6, foi bem atendido da pré-compra até a entrega da moto, que veio, perfeitamente, limpa e com 4 litros de combustível no tanque, segundo o vendedor que lhe entregou o produto.

Mas poderemos notar que nem tudo é lindo e perfeito na aquisição de uma motocicleta 0Km.

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Aos 300 km, uma surpresa: voltou na mesma concessionária, para reaperto de parafuso, pois o suporte da traseira onde fica placa e conjunto de piscas estava completamente solto. O chefe de oficina argumentou que a motocicleta já vem montada de fábrica e que a concessionária só efetua a montagem da frente da moto.

Perguntado sobre a revisão de entrega, o chefe de oficina afirmou que o reaperto geral só ocorre na revisão dos 1.000 km.

Chegado a revisão dos 1.000 km em menos de 20 dias, o proprietário não conseguiu agendamento de um dia para o outro na mesma concessionária que efetuou a compra.

O interessante é que, na tentativa de agendamento por telefone, a concessionária, onde foi adquirida a moto, negou atendimento só quando o consumidor alegou que se tratava da revisão dos 1.000Km, indicando outra oficina autorizada.

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O proprietário ficou com a sensação, de que se a revisão fosse paga em espécie e não pelo cupom de fábrica, destacável do manual do proprietário, teria conseguido o agendamento do serviço.

Levou a motocicleta na concessionária indicada e só deixou lá, por se tratar de uma indicação da concessionária que tem confiança, porque estava longe do padrão (lay-out físico e funcionários uniformizados) de concessionárias da Yamaha, começando pela proibição de adentrar na oficina.

Após a revisão efetuada, veio o arrependimento, já que na sua avaliação é “zero”, dado a sujeira e marcas de óleo na motocicleta.

O proprietário não acredita que houve revisão, já que não sentiu qualquer mudança no comportamento da motocicleta e percebeu que não houve qualquer reaperto como determina o manual, já que as pedaleiras voltaram com folga nos suportes de fixação, seguradas por coxins de borracha, já reapertadas em outra concessionária.

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Além da dúvida na revisão a motocicleta veio com sujeira de óleo no motor (marca de óleo escorrido na tampa do motor) e enviado um e-mail para a concessionária sobre o serviço realizado, inclusive, colocando em dúvida a realização da revisão, a concessionária jamais respondeu seu e-mail.

No ponto de vista do leitor, se a concessionária não teve competência para entregar a moto limpa, algo tão básico, surge à desconfiança do restante do serviço.

Não houve qualquer cortesia no atendimento quando deixou e quando pegou a motocicleta, sem qualquer preocupação com a satisfação do cliente.

Na revisão dos 1.000Km lhe foi cobrado o valor total de R$ 135,00, sendo R$ 45,00 pelo óleo e R$ 90,00 pelo filtro de óleo.

O manual do proprietário determina para a revisão dos 1.000Km:

– Verificação do funcionamento e ajuste, se necessário da embreagem; – Verificação do funcionamento e ajuste a folga do manete de freio; – Verificação do funcionamento e ajuste a folga do pedal do freio; – Verificar a folga da corrente, alinhamento e condição, com ajuste e lubrificação com óleo de motor; – Verificar a folga do rolamento e a aspereza da direção; – Interruptor do cavalete central, verificar o funcionamento; – Injeção de combustível: ajustar velocidade e sincronização da marcha lenta do motor; – Óleo do motor: troca e verificar nível e se existem vazamentos; – cartucho do filtro de óleo do motor: substituir; – Interruptores dos freios dianteiro e traseiro: verificar o funcionamento; – Silenciador e tubo de escape: verificação e ajuste do parafuso da abraçadeira; – Luzes, piscas e interruptores: verificar funcionamento e ajuste do facho do farol.

Chama-nos atenção, um ponto no manual que merece atenção dos proprietários da FZ6 e que está relacionado à segurança. Trata-se da pressão dos pneus, onde o fabricante informa duas calibragens para uso de acordo com o peso: até 90Kg – 33 psi no dianteiro e 36 psi no traseiro; acima de 90Kg até 196Kg (na versão N) – 36 psi no dianteiro e 42 psi no traseiro. Mas há uma advertência: condução em alta velocidade utilizar pressão 33 psi no dianteiro e 36 psi no traseiro.

O proprietário aos 2.000 km trocou o óleo novamente, agora na concessionária onde efetuou a compra e sentiu “certo ar” de arrependimento pelo técnico que lhe negou a revisão, já que lhe presenteou com uma bela lavagem gratuita, quando contou o ocorrido na concessionária por ele indicado.

Foi agendado nova revisão para que a concessionária de sua confiança refaça todo procedimento da revisão dos 1.000Km, já que sente a necessidade de acerto na suspensão dianteira (mergulho acentuado).

Nosso consultor Bitenca, menciona: “Verificamos o resultado da revisão feita na moto referente aos 1000 Km iniciais. Como essa é a primeira revisão, nota-se uma certa despreocupação da oficina em verificar as condições de acerto da moto. Na revisão de entrega, se tivesse sido feito um acompanhamento por parte do consultor de vendas no quesito da adequação dos comandos ao condutor, seria verificado que os comandos do punho esquerdo estavam forçando o punho para cima, colocando-o numa posição desconfortável. Diferente do punho direito, que embora um pouco alto também, estava numa posição melhor (um bem diferente do outro). Acreditamos que no ato da entrega, o consultor de vendas deve orientar o usuário a acertar os comandos para seu biótipo, da forma mais adequada. Está claro que isso não foi feito. Outros detalhes que passaram despercebidos na revisão foi em primeiro lugar, a tensão da mola de retorno da embreagem. Ela não coloca o mecanismo de acionamento numa posição definida, distante do encosto do rolamento do platô, por estar muito fraca. Caberia um ajuste da sua tensão. Além disso, a sensibilidade do condutor fica prejudicada, pois vai encontrar o manete de embreagem cada hora numa posição, no curso da folga determinada. Em segundo lugar a calibração da suspensão dianteira está provocando um desequilíbrio da moto em curvas, a frente fica incerta, deixando o condutor numa situação de insegurança nas entradas de curva que não tenha o piso bem liso. Esse ajuste deve ser feito acertando o volume e viscosidade do óleo nas bengalas. Embora essa condição seja muito comum em motos novas, não queremos imaginar que essa seja uma medida de economia na fábrica, colocando pouco óleo nas bengalas, desfazendo o acerto correto das suspensões.”

A troca de óleo tem sido realizada a cada 1.000 km por conta e risco do proprietário, já que sempre o fez com suas outras motocicletas 0Km, passando a trocar no intervalo (a cada 5.000Km) determinado pelo manual, quando completar os 5.000Km.

Realmente, os pontos negativos ficam por conta das revisões de entrega, que segundo funcionário da própria concessionária não acontece ou se acontece é muito superficial e a 1ª revisão que, realmente, ficou muito a desejar.

Comentários do proprietário: “É uma motocicleta de alto desempenho, cujo habitat é a estrada. Na cidade quando necessita transitar no caótico e lento transito paulistano passa fácil pelos corredores, mas, mostra muita preguiça em baixas rotações, o que provoca muita troca de marcha, às vezes se trafega em 2ª marcha por longas distâncias, o que aumenta o consumo de gasolina, mas não nas médias rodoviárias, e temperatura na casa dos 100ºC dentro da cidade. Na estrada a temperatura do motor fica entre 75ºC e 85ºC. As médias tem se alternado em 16 (rodovia) ou 19Km/l (cidade), dependendo da condução.”

Veja a parte 2 desta matéria.