Os anos de espera acabaram, a Yamaha lançou oficialmente a Tenere 700… Na Colômbia. A principal aventureira da japonesa é cobiçada pelos brasileiros desde seu lançamento global, em 2019, mas ainda não veio ao país. Porém, aos poucos expande sua participação no mercado latinoa-americano e agora chega ao segundo maior mercado do continente.
Yamaha lança Tenere 700 na Colômbia
A marca realizou o lançamento da trail no dia 21 de abril. E assim como poderia acontecer no Brasil, por lá foi um ‘acontecimento’. Primeiro pela paciência que os vizinhos colombianos tiveram em aguardar a chegada do modelo, é claro.
Segundo pelo preço com que entrou no mercado vizinho, 64.000.000 pesos (cerca de R$ 78 mil em conversão direta), longe do poder de compra de muitos fãs da aventureira. Vale lembrar que na Europa, precisamente em Portugal, ela custa 10.595 euros (cerca de R$ 56 mil).
Por fim, o modelo lançado na Colômbia atende às normas de emissões do Euro3, ao contrário da europeia com o motor refinado para as mais recentes exigências do Euro5. Com isso tudo, parece que a moto não correspondeu muito às expectativas de alguns dos que viram o lançamento…
Versão nas cores Rally também está disponível na Colômbia, ao que parece sem a adição da ponteira de escape Akrapovič por lá
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Porque T7 é Euro3 e não Euro5
A recém-chegada Ténéré 700, com o motor CP2 bicilíndrico de 689 cc, do ponto de vista das exigências ambientais está em conformidade com as normas colombianas. Ela tem potência máxima de 72 cv a 8.750 rpm e torque de 6,8 kgf.m a 6.500 rpm, junto do câmbio de 6 velocidades.
Essa versão Euro3 exige a medição de emissões de escape em ensaios estáticos (Test Type I) e dinâmicos (Test Type II). Enquanto a Euro5 requer os dois anteriores e adicionalmente outro grande número de testes, como emissões de canister (Teste Tipo III), emissões evaporativas (Teste Tipo IV) e emissões de CO2 e consumo de combustível (Teste Tipo VII).
Motor CP2 Euro3 deu o que falar na Colômbia…
Curiosamente, um dos rumores da T7 não ser disponibilizada no Brasil é de que a moto não atenderia a norma ECE-R41-03. A regra afere o limite de decibéis de motocicletas. Sim, um das justificativas é de que a moto não consegue passar nas regras de emissões de ruídos aqui.
O fato já aconteceu com outros modelos, de outras marcas. No entanto, até o momento a conta de tais ajustes não parece fazer jus ao investimento para disponibilizar (viabilizar) a moto por no país.
T7 em preto completa a gama de três opções de cores da moto no país vizinho
Brasil, à espera da Tenere 700
Na Colômbia, a T7 tem uma ficha técnica já conhecida – e muito cobiçada – pelos brasileiros. Tem tanque com capacidade de 16 litros, distância em relação ao solo de 240 mm, peso em ordem de marcha de 204 kg, freios ABS de duplo canal e luzes de LED no farol. É um pacote simples, purista, raiz. A moto está disponível em três cores, o típico azul Yamaha, preto e o branco da versão Rally.
A Tenere 700 despertou paixões nos brasileiros desde 2017, quando surgiu ainda como um conceito no Salão de Milão (foto). Assim, já são 5 anos de amor não correspondido entre público e produto
Agora, ao que parece o Brasil é o único das redondezas da América do Sul que ficou sem modelos Ténéré. A T7 está disponível no Chile, Venezuela, Paraguai e claro, Colômbia. Enquanto isso, a Super Ténéré 1200 está presente em países como Argentina e Uruguai. Por aqui, essa última se despediu ainda ano passado e não deixou substituta.
