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O leitor desta semana possuiu outras motos e optou pela MT-03 por sua capacidade de enfrentar bem o trânsito paulista, já que não falta fôlego para o monocilindro de 660cc. Ele mesmo comenta que a MT-03 é uma motocicleta concebida para uso urbano, mas não fica devendo nada se o usuário utilizá-la para viajar sozinho ou com garupa em pequenas distâncias, já que o garupa teria que levar mochila.

Aliás, o teste de fogo da sua nova motocicleta foi quando desabou “o mundo d água” em São Paulo e passou com sobras num alagamento que cobriu a pedaleiras.

Seu motor tem muito torque o que facilita sua condução na cidade e acima de 110Km/h a vibração tende a incomodar, dados as características do motor ser bem áspero igual sua irmã XT 660R.

Sua compra se deu sem pensar duas vezes, agora no preço de R$ 23.000,00 praticado pela rede da Yamaha, já que a MT-03 era sonho de consumo quando lançada.

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A Concessionária tinha pronta entrega e pegou a moto, logo que licenciamento, emplacamento e documentos ficaram prontos. O atendimento de venda foi profissional e a entrega da moto se deu no dia combinado.

Mesmo ciente da descontinuidade da MT-03 pela Yamaha do Brasil, conforme dados da ABRACICLO, já que nenhuma MT-03 foi produzida em Manaus no ano de 2009, o proprietário optou por uma motocicleta de design bonito e de fácil manutenção..

Comenta ainda, ser uma pena sua saída de linha, pois se praticado um preço mais justo na faixa de 20 a 22 mil reais, certamente seria a opção daqueles que saem das 250/300cc e ainda não podem arcar com o preço e manutenção de um 4 cilindros.

Na revisão dos 1000Km, foi muito bem atendido pela Concessionária e pelo atraso de um amigo motociclista, que o levaria para o trabalho, pode esperar a revisão da MT e pegá-la em quase 3 horas (chegou na concessionária as 8:30hs e saiu as 11hs). O amigo chegou tarde e em vão, já que o nosso leitor /proprietário saiu da concessionária com a revisão já realizada.

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Gastou na 1ª revisão dos 1000Km R$ 117,40, incluso óleo Yamalube a R$ 16,14 o litro (são 3 litros), Kit Revisão por R$ 30,00 e elemento filtro de óleo por R$ 38,98. Quando recebi estes dados, fiquei curioso em saber o que é Kit Revisão? Liguei na Concessionária e o responsável pela oficina me informou que se trata de: 1) graxa branca utilizada na corrente, caixa de direção e pró-link; 2) graxa líquida utilizada em cabos e articulações e 3) limpa TBI para limpar injeção eletrônica.

Não é pelo valor em si, mas não é ético a tal cobrança, mesmo porque a quantidade de graxa para se colocar numa corrente ou graxa líquida é irrisória e não é necessário se falar em limpar injeção eletrônica de uma moto na revisão de 1000Km, pior é que no Manual do proprietário nada consta em limpeza de injeção eletrônica, tão somente:”Ajustar a velocidade e sincronização da marcha lenta do motor”.

Parece àquela cobrança inventada para tirar algo mais do cliente, igual acontece nas instituições financeiras que debitam taxas de manutenção na conta-corrente, já que a 1ª revisão é pago pela fabricante, mediante a apresentação do canhoto destacado do manual e assinado pelo proprietário.

O pior, é que o que foi cobrado não se justifica pelo que consta no manual do proprietário para a revisão dos 1.000Km:

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1) Embreagem: verificar o funcionamento e ajustar; 2) Freio dianteiro: verificar funcionamento, o nível de fluído e se há vazamentos; 3) Freio traseiro: idem ao dianteiro; 4) Rolamentos de direção: verificar folga dos rolamentos (se houver folga só reaperto, jamais o desmonte que justifique o kit revisão); 5) Corrente de transmissão: verificar, ajustar e lubrificar; 6) Descanso lateral: verificar o funcionamento do interruptor; 7) Injeção de combustível: regular marcha lenta (nada consta no manual quanto a limpeza de bico injetor que utilize o “limpa TBI”); 8) Troca de óleo: verificar o nível, se há vazamentos e efetuar a troca; 9) Elemento do filtro de óleo: substituir aos 1.000Km; 10) Silencioso e tubo de escape: verificar fixação; 11) Piscas e farol: verificar funcionamento e ajustar farol dianteiro.

A próxima revisão ocorre aos 10.000Km, quanto ao óleo o proprietário fará sua troca a cada 5.000Km, como determina o manual: ” O nível do óleo do motor deve ser verificado antes de cada condução. Além disso, o óleo deve ser trocado e o cartucho do filtro de óleo substituído nos intervalos especificados na tabela de lubrificação e manutenção periódica.” Portanto, não havendo baixa do nível de óleo o recomendado pela Yamaha é sua substituição a cada 5.000Km.

Impressões do proprietário após os 1000Km: ” Depois dos mil km o motor teve um sensível aumento de rendimento, sobe de giro mais rápido e ficou menos vibrante (mas vibrante como todo motor monocilindro) e com um consumo de combustível menor (entre 18 e 19km/l). A moto se mostra muito ágil no transito paulistano (mesmo com seu guidão largo) e tem muita força nas saídas de semáforo proporcionando muito prazer na pilotagem. Surpreendeu também por ter atravessado alagamentos com a água acima das pedaleiras com valentia e sem apresentar engasgos ou falhas posteriormente. Na estrada mostra bom nível de conforto rodando tranquilamente entre 120 e 130 km/h e ficando ainda com boa reserva caso seja necessário. A posição de pilotagem com o “peito aberto” não permite andar a velocidades maiores sem cansar rapidamente. Por enquanto a moto está se comportando dentro das expectativas.”