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A Yamaha R7 2022 chegou recentemente ao mercado mundial. E depois das irmãs R1, R3 e R6, o modelo também ganhou tratamento especial e específico para a pista. Isso graças a um preparo mais eficaz, diferentes configurações de suspensão e também atenção ao motor.

Yamaha R7 GYTR pista

Yamaha R7 GYTR nasce focada nas pistas

 

Uma Yamaha R7 das pistas

A R7 2022 nasceu da mesma plataforma que também é compartilhada com a naked MT 07. O modelo é equipado com o motor CP2 de 689 cm³, presente na Tracer 700, Ténéré 700 e XSR 700. O dois cilindros em linha, crossplane e arrefecido a líquido, produz 73,4 cv a 8.750 rpm e 6,8 kgf.m de torque a 6.500 rpm. O câmbio é seis velocidades, com embreagem assistida e deslizante.

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Mas o time de pistas da Yamaha foi mais longe, e desenvolveu uma máquina para as corridas americanas da Twins Cup. Com o Genuine Yamaha Technology Racing Kit a moto não pode rodar mais nas ruas. Mas não existe problema, uma vez que o tratamento é focado e prima pelo uso em autódromos.

Veja também:

GYTR Yamaha

Divisão GYTR da Yamaha trabalha no fornecimento de peças racing

Genuine Yamaha Technology Racing – GYTR

A GYTR trata-se de uma divisão da fabricante japonesa, em específico de linhas especiais de peças de corrida e de desempenho, desenvolvidas e testadas por engenheiros de prova da Yamaha. A Yamaha as disponibiliza ao público através desta gama, apesar destas peças Genuine terem sido originalmente desenvolvidas para as equipes de corrida de fábrica.

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Essa divisão GYTR oferece uma linha completa de peças de desempenho, para muitos produtos Yamaha, incluindo motos de motocross, de uso misto, streets, ATVs esportivos e até veículos para uso na neve. São oferecidos itens como cilindros, cabeçotes, embreagens e tampas de ignição.

R7 GYTR Race Kit

R7 ganhou Race Kit com com suspensões e ajustes para o motor

Yamaha R7 GYTR Race Kit

A Yamaha levou a R7 à sério no trabalho para corridas, e isso pode ser visto no GYTR-Race-Kit, que promete mais desempenho. O conjunto chega com um amortecedor traseiro totalmente ajustável da Öhlins, com pré-carga hidráulica e um tanque de expansão externo, na parte traseira. Na dianteira vemos o garfo também da Öhlins.

Ainda na parte de trás, apresenta-se o sistema completo de escape Akrapovic e várias peças fresadas de alumínio. A R7 combina os apoios de pés ajustáveis. Na dianteira, como de praxe em pista, a moto deixou de contar com o farol. Além disso, perdeu também a entrada de ar, tornando a frente completamente lisa.

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Yamaha R7 GYTR

Dianteira da Yamaha R7 GYTR perdeu faróis e ganhou nova aerodinâmica

Tudo isso é parte do kit da carenagem de corrida, que busca uma  forma diferente de eficiência na aerodinâmica. Outras peças interessantes do universo das pistas são os espaçadores, que podem ser fixados na roda para trocas mais rápidas, além do sistema de troca rápida do eixo traseiro.

A tecnologia se faz presente com uma nova ECU e chicote de fiação, fazendo a R7 ser amplamente ajustada e controlada. Com a ajuda de um emulador ABS, que desliga o sistema para a pista de corrida, é possível abusar das frenagens sem introduzir um erro no sistema.

Yamaha Akrapovic

Sistema completo de escape Akrapovic entrou na receita da R7

R7 na MotoAmerica Twins Cup

A Yamaha R7 2022 já estreou na Twins Cup, uma categoria da norte-americana MotoAmerica. Essa classe permite que pilotos regionais e de clubes de todo o Estados Unidos subam para a série principal.

As configurações do motor para a competição são propulsores acima de 600 cc e até 800 cc, 4 tempos e com 2 cilindros. Desta forma, na pista a Yamaha compete com a Kawasaki Ninja 650, Suzuki SV650, Aprilia RS 660 e Ducati Monster 797.

Yamaha R7 painel

Yamaha já colocou a nova R7 2022 para brigar com as concorrente na Twins Cup

R7 GYTR no mercado 

Apesar da estreia já ter acontecido nas pistas, a Yamaha ainda não comunicou os preços ou mesmo disponibilidade da R7 GYTR Race Kit. Nos Estados Unidos, o valor sugerido do modelo de rua é de 8.999 dólares. Em conversão direta são mais de R$ 47 mil.

Assim como a versão desenvolvida para as estradas, a apimentada para as pistas não deve dar as caras no Brasil. Isso porque a Yamaha atua aqui de forma diferente no nicho sport. Além do mais, não temos mais a venda da YZF R1 e não acompanhamos a despedida da YZFR6. 

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]