
Praticamente todo mundo que se liga em motos já ouviu falar na lendária Yamaha RD 350, apelidada carinhosamente de “Viúva Negra”. Ela reinou no Brasil desde a primeira versão, lançada em 1973, até a última em 1995. O mesmo aconteceu com a sua sucessora noutros países, a Yamaha RD 400, fabricada de 1976 a 1979.
Entretanto, poucos conhecem ou já ouviram falar da irmã mais velha e poderosa da linha RD, a YAMAHA RD 500LC, moto fabricada entre 1984 e 1986 que, devido ao pequeno número de exemplares saídos da linha de montagem, virou febre entre os colecionadores de motocicleta do mundo todo.
Tratava-se de uma moto espetacular, mas que surgiu numa época em que as rígidas leis de controle de emissão de poluentes já se impunham mundialmente, decretando de forma irreversível a morte dos fumacentos motores 2T. Por esse motivo foi comercializada oficialmente apenas em alguns países.
Os únicos mercados que a aceitaram foram o Canadá, Austrália, Áustria, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Japão, Noruega, Suécia e Reino Unido, enquanto o principal mercado mundial de motocicletas, os EUA, não permitiu sua comercialização. Com isso o projeto perdeu força e sua produção foi descontinuada. Poucas unidade chegaram ao Brasil, trazidas por importadores independentes.
Dotada de um forte motor dois tempos (2T) com 4 cilindros em “V” de alta performance, era uma moto de apenas 500 cc e 85 HP, que chegava facilmente aos 240 km/h com sua motorização original de fábrica. Com o motor preparado, quando se obtinha até 110 hp na roda, beirava os 290/300 km/h, proeza difícil para motos com motores 4T de mesma cilindrada até nos dias de hoje. Por conta das leis japonesas, a versão exclusiva para aquele país foi limitada em 64 hp.