Mesmo aposentada há anos, Yamaha XT 660 R é até hoje lembrada com carinho e saudosismo. Idolatrada entre as mais diversas tribos motociclísticas e famosa no tempo do seu uso por forças policiais, a moto ainda é uma das favoritas do Brasil. Conheça a história e entenda porquê!

Yamaha XT 660

A XT 660 R foi uma motocicleta de uso misto, lançada em 2005 como um dos produtos de ponta da Yamaha. O modelo era derivado da série XT original, uma linha de motos inspiradas nas usadas no rali Dakar. Daí surgia seu vínculo com a irmã, a XT 660 Z Ténéré.

Yamaha XT 660 R
Yamaha XT 660 R permaneceu no mercado por mais de uma década, fazendo fama graças a sua versatilidade, sem sofrer praticamente nenhuma alteração

Como destaque, o modelo tinha ênfase na sua capacidade de uso misto. Para isso, sua altura de suspensão a ajudava a superar obstáculos. Porém, na cidade a largura do seu guidão original prejudicava as manobras entre os carros. Entretanto, as respostas rápidas do seu motor compensam tudo isso.

Falando sobre, a XT 660 R era movida por um monocilíndrico de 659 cm³, com comando simples no cabeçote, com 4 válvulas. Em resumo, esse propulsor fazia o conjunto da moto atingir potência máxima de 48 cv a 6.000 rpm. Já o torque, bastante elogiado, garantia 5,95 kgf.m a 5.250 rpm. Ou seja, nada mal para uma moto lançada a 20 anos atrás!

Queridinha no mercado 

Quando lançada, a XT 660 se destacava também por detalhes, como uso de injeção eletrônica. A novidade, trazida ao Brasil pelo modelo, acabava com os “apagões” que havia nos motores carburados.

XT 660
A XT 660 é uma das mais famosas motos já usadas pela Rocam

Em resumo, desta forma, a XT 660 R podia deixar o giro cair e acelerar a vontade, o motor respondia sem engasgos. Já se a faixa de rotação caísse abaixo do ponto ideal de torque, bastava um pequeno toque na embreagem e um giro no acelerador. Enfim, a moto não deixava o piloto no aperto.

Tamanha era a versatilidade do modelo, que mesmo já em 2016, a Polícia Militar do Estado de São Paulo recebeu 314 novas motocicletas, todas Yamaha XT 660. As máquinas foram divididas entre os diversos Comandos de Policiamento sobre duas rodas.

 Meiota - XT 660 R
Meiota, como a XT 660 R passou a ser chamada por muitos, chegou a ser também um símbolo de ostentação no Funk

Porém, não foi somente entre as autoridades que o modelo se tornou um queridinho. Entre os mais diversos grupos populares, fãs e usuários de motocicletas, o modelo também caiu no gosto. Além de uma moto “guerreira” na estrada, a XT também fez fama no meio urbano.

Quem lembra de “Quer andar de Meiota?” Popular nas grandes cidades, a gíria foi um apelido para a 660 que ganhou destaque nacional a partir do funk. Em resumo, gerou ainda mais visibilidade ao modelo.

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Se foi cedo demais? Não deixou sucessora?

No dia 31 de janeiro de 2018, a Yamaha comunicou o fim de linha da XT 660 R. A razão principal da descontinuidade se deu em função da resolução do Contran número 509. A novidade exigia que todas as motocicletas, de média ou alta cilindrada produzidas no Brasil (ou importadas), deveriam ter ABS – coisa que a XT não tinha.

Yamaha Ténéré 700
Finalmente a sucessora, Yamaha Ténéré 700, será produzida no Brasil, em Manaus (AM), a partir de agosto de 2025

Muitos se perguntaram, se não bastava adaptar um sistema ABS para o modelo? Porém, a XT 660 R já não estava disponível na Europa desde 2016. O motivo, começou-se a já se falar na substituta: a Tenere 700 – mostrada como protótipo pela primeira vez no Salão de Milão daquele ano.

Em resumo, em função de decisões referentes a custos, a Yamaha do Brasil optou por não atualizar a velha XT. Desde então, a sucessora Tenere não deu as caras ao país. Porém, neste ano essa história vai mudar, com o lançamento já anunciado da T7, ansiosos?

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Jornalista especializado em cultura e esporte sobre rodas. [email protected]
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