A Chacarera é uma dança e música popular, geralmente acompanhada com violão, que faz muito sucesso em países latinos vizinhos, como o Peru. E foi homenageando o ritmo que tem uma Yamaha 125 no mercado por lá. Nome peculiar, mecânica de YBR e pegada utilitária quase off-road. Conheça essa parente musical da nossa Factor.
Yamaha 125 Chacarera, uma estranha utilitaria
O nome oficial é YB 125 Chacarera. Um modelo que está dentro do nicho das motos ‘chacareras’, com perfil para serem utilizadas em tarefas de trabalho – principalmente naquelas em que é necessário transitar por ambientes mistos, urbanos e rurais.
Para essa missão, a motocicleta conta com um tradicional kit chacarero, que consiste em: grade dianteira e traseira, protetores de mãos, rodas raiadas ao estilo off-road e pneus com cravos. No entanto, no quesito amortecimento ela tem o usual. Um amortecedor traseiro comum e garfo telescópico, como vemos em motos pequenas.
Nos freios, mais equipamento básico, com velhos tambores nas rodas. Eles são os mais baratos, mas não os mais seguros. No entanto, foi a forma encontrada para conferir resistência e economia nos confins rurais peruanos.
Em termos de desempenho, sua potência chega a 10 cavalos, superando a rival direta por lá, a Honda GL125. Em pleno 2022 essa Yamaha é carburada, sendo movida pelo monocilíndrico SOHC refrigerado a ar, de 124 cm³. Ela gera pouco menos de 1 kgf.m de torque, mas a YB tem câmbio de 5 velocidades, enquanto a chacarera da Honda tem apenas 4.
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A onda das Chacareras peruanas
Visualmente, a YB 125 traz lembranças das antigas Yamaha. Seu tanque, com capacidade de 10 litros, parece vindo diretamente da RD 125. Já as linhas de design e motor derivam da YBR 125, antecessora da Factor.
A moto tem ainda painel totalmente analógico, com velocímetro, tacômetro e medidor de combustível na parte central. No Peru ela custa o equivalente a R$ 9 mil em conversão direta.
Mas a Yamaha tem várias outras curiosas concorrentes nesse nicho. Algumas delas são a Ssenda Chacarera 200 e a Lifan Chacarera 150. Ambas equipadas também com aquele tradicional kit de trabalho e pacote ciclístico ‘pra lá de básico’. Enfim, são alternativas 0km frente às motos velhas destruídas, que por vezes vemos em zonas rurais aqui também…