Scooter, esporte, elétricas! Quais os segmentos de motos que bombaram no Brasil em 2024? E quais ficaram aquém das expectativas iniciais? Confira o desempenho de diferentes nichos no mercado nacional no último ano.
Baixa cilindrada é mais de 50% das motos no mercado
No varejo, as vendas de motos totalizaram 1,87 milhão no ano passado. Foi uma alta de 18,6% na comparação com o ano anterior. Mais do que isso, o volume representou o melhor resultado alcançado desde 2011.
Entre os segmentos, o mercado mais uma vez mostrou que o Brasil é o país das populares motos de baixa cilindrada. Ano passado as street representaram 39,75% do mercado, com 744.922 unidades, segundo dados da Fenabrave.
Contudo, a participação das populares pode ser ainda maior – se considerarmos o nicho das pequenas trail, com modelos como a Honda Bros e Yamaha Crosser. Enfim, uma parcela que teve em 2024 participação de 19,19% do mercado. Foram exatas 359.719 unidades trail no ano passado.
Porém, o mercado das street deu uma leve recuada em 2024, e o das trail manteve crescimento baixo. Se ano passado respondiam por 61,29% juntas, agora são 58,94%. A resposta para isso pode estar vindo de outro nicho de mercado, que também é popular e de baixa cilindrada: as scooter e cub.
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Segmentos que bombaram
A Fenabrave agrupa ‘scooter e cub’ numa única categoria, ainda que suas representantes tenham diversas diferenças técnicas – como Yamaha XMax e Honda Pop, por exemplo. Apesar de pouco claro, o segmento bombou.
Se em 2023 o nicho regrediu sua participação para 33.97% frente aos 34,41% de 2022, no ano passado a fatia das pequenas cresceu. Em 2024 elas foram 35,52%. As respostas para isso podem vir de modelos cub como a linha Honda Biz, que registrou mais de 278 mil unidades em 2024. Segundo a marca japonesa, o resultado garantiu um recorde anual histórico para o modelo desde seu lançamento, em 1998.
Além disso, pelo quinto ano consecutivo, a scooter PCX cresce em vendas e registrou ano passado o seu melhor resultado anual, com mais de 55 mil unidades emplacadas. Por fim, o mercado de motos sport cresceu também, porém ainda tem menos de 1% do mercado de motos – passou de 0,41% para 0,74%.
Entretanto, é preciso destacar que o salto nos emplacamentos das sport se deve a Fenabrave acrescentar o modelo popular R15 na categoria. Sozinha, a moto da Yamaha emplacou mais de 6 mil unidades, ou seja, praticamente a metade de todo o segmento. Na alta cilindrada, a BMW S 1000 RR segue no posto de líder intocável.
Elétricas
Por fim, o mercado de elétricas também deu uma leve recuada no ano passado. Em resumo, desceu das 8.384 unidades de 2023 para as 7.820 motos, numa queda de 6%. Enfim, o nicho segue dominado pelos modelos de mobilidade da VMOTO e GCX, como mais de 28% e 13% de participação, respectivamente. A Shineray é apenas a terceira, com 9,34%.