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As Bandit 600 e Bandit 650 estão entre os maiores sucesso da Suzuki no Brasil. Por aqui, foram precursoras de um segmento que em breve se tornaria febre nacional, a de esportivas médias de 4 cilindros, numa história escrita por ela e nomes como CB 600F Hornet e XJ6, por exemplo. Conheça esta história de êxito, vivida de 1995 a 2016.

Confortável, potente e donas de um belo ronco, as Suzuki Bandit 600 e 650 foram precursoras no Brasil

A criação da Suzuki Bandit 600

A Suzuki criou a série Bandit para substituir a família GS, que foi encerrada em 1987. As GS tinham sido responsáveis pela popularização das motos japonesas nos Estados Unidos e a Bandit foi projetada para dar continuidade à reputação construída pela marca na América.

Bandit 400, um dos primeiros ‘frutos’ da família Bandit

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Assim, a Bandit surgiu em 89, com a chegada das GSF 250 e a GSF 400. Como todas as descendentes da série, elas possuíam motores de quatro cilindros e duplo comando de válvulas (DOHC) que, aliados à refrigeração líquida nestes dois casos, geravam 45 cv 59 cv, respectivamente. Infelizmente, nenhuma das duas veio oficialmente ao Brasil.

Primeira geração da Bandit 600. Modelo chegou ao Brasil em 1995

A história da família em solo verde e amarelo começaria logo depois, em 1995, quando a GSF 600 Bandit aterrissou por aqui. Equipada com motor tetracilíndrico de 599 cm³, desenvolvia 80 cv de potência e 6,1 kgf.m de torque máximos, a respectivos 10 mil rpm e 7.800 rpm. O sistema roncava alto e era alimentado por quatro carburadores Keihin de 32 mm.

Bandit 650 gerava mais potência

Desta forma, a 600 foi comercializada praticamente sem alterações até 2004, quando recebeu um upgrade e se tornou a Bandit 650. A nova geração trazia como principal novidade o motor com arrefecimento a líquido.

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Bandit 650 recebeu motor com arrefecimento a líquido e injeção eletrônica. Também ganhou visual atualizado

O novo conjunto passou a também a ser alimentado por injeção eletrônica. Assim, desenvolvia 84,5 cv a 10.500 rpm e 6,27 kgf.m de torque a 7.850 rpm. Segundo a fabricante são números medidos na roda (e não na saída do motor), o que explica seu pequeno défict em relação a concorrentes como a Hornet 2006, e seus 95 cv ‘no motor’, por exemplo.

Novo painel unia o tradicional conta giros analógico a uma funcional tela em LCD

Além disso, a nova Bandit 650 tinha outras atualizações. O visual foi renovado, substituindo o obsoleto farol redondo por um em formato oval, assim como o painel analógico deu lugar a um equipamento digital. Também foram adotadas novas carenagens laterais, rabetas e lanterna, tudo mais fino e fluído.

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A Bandit 650N deixou o Brasil em 2016, em mais uma ação silenciosa da Suzuki

Versões da Suzuki Bandit no Brasil

Por aqui, a família da Suzuki tinha opções para diferemtes gostos e posições de pilotagem. Para a 650 havia as versões N (naked) e S (semi-carenada). Também existia a GSX 650 F, uma versão esportiva com carenagem integral. Todas elas se foram quando a produção encerrou em 2016, sumindo sorrateiramente das concessionárias e sites, como de praxe da empresa no país. Além disso, para quem queria mais potência, a marca oferecia as Bandit 1200 e Bandit 1250.

Versão S tinha semi-carenagem, enquanto as N eram naked. Havia ainda a GSX-F 650, com carenagem integral

Consumo da Bandit

O consumo da Bandit 650 girava em torno de 16 km/l em uma tocada confortável no perímetro urbano. Já na estrada pode variar bastante, chegando a registrar 23,9 km/l em velocidade constante e despencando para aproximadamente 12 km/l em tocada esportiva. Apesar da alimentação diferente, a Bandit 600 trazia números de conumos bem próximos aos da sua atualização.

Parece a 650, mas é a Bandit 1250. Modelo atendia quem buscava ainda mais potência

Pontos positivos

Embora ligadas ao apelo esportivo, tanto Bandit 600 quanto a 650 são indicadas para uma experiência confortável na estrada. São motos ideais para viajar no final de semana, em aventuras médias e pelo asfalto. Ao condutor elas oferecem excelente nível de acabamento, conforto e bom desempenho para ultrapassagens, além do belo som característico do seu tetracilíndrico.

Confortável, naked leva diversão e esportividade para viagens de final de semana

Pontos negativos

Ponto comum entre as reclamações das 650 e 600 é o elevado peso total, de 240 kg e 208 kg respectivamente. Eles tiram pontos da boa ciclística do modelo e acabam prejudicando o uso diário, fazendo deles modelos pouco indicados para quem também quer uma moto para ‘ir ali’.

Entre as principais críticas à Bandit está elevado peso, que pode beirar os 250 kg

A volumosa ponteira do escape também é alvo de críticas, não só pelo visual desproporcional mas principalmente pelo calor que projeta nas pernas do carona. Outro ponto negativo é a alimentação por (quatro) carburadores da 600, que exigem minucioso ajuste para equalizar consumo e desempenho.

‘Barata’, Bandit é alvo de infinitas customizações

Por fim, precisamos citar os preços elevados de algumas peças de reposição, algo característico tanto da marca quanto do segmento.

Suzuki Bandit 600/650 vale a pena?

As Bandit são motos que trazem aliam conforto à esportividade, resultando numa agradavel experiência ao guidão. Apesar de já existirem motos mais modernas no nicho, a antiga linha da Suzuki ainda move o imaginário de muitos, especialmente por ter opções ‘acessíveis’ no mercado de usadas.

Uma naked para quem quer rodar em altas rotações e sem sacrificar o conforto

Segundo a FIPE, o modelo 1996 da 600 tem preço médio de R$ 8.754, chegando aos R$ 13.994 da 2004. Já o valor médio cobrado em uma 650 2005 é de R$ 14.552, enquanto uma 2016 custa, em média, R$ 25.040.

Para saber mais, ver a ficha técnica ou opinar sobre a Suzuki Bandit 600 e 650, acesse o Guia de Motos!

Ficha técnica Suzuki Bandit 600/650

Motor
Tipo 4 tempos, 4 cilindros 4 tempos, 4 cilindros
Cilindrada 599 cc 656 cc
Arrefecimento Ar Líquido
Combustível Gasolina Gasolina
Potência Máxima: 79 cv a 10.100 rpm 85 cv a 10.500 rpm
Torque Máximo: 6 kgf.m a 7.800 rpm 6,27 kgf.m a 8.900rpm
Alimentação: Carburador Eletrônica
Partida: Elétrica Elétrica
Transmissão: 6 marchas 6 marchas
Suspensão e rodas
Suspensão dianteira: Garfo telescópico, com curso de 130 mm Garfo telescópico, com curso de 130 mm
Suspensão traseira: Link de monoamortecimento hidráulico Progressiva do tipo link
Chassi: Aço Aço
Pneu Dianteiro: 120/60 ZR17 M/C (55W) – Sem câmera 120/70 ZR17 M/C (58W) – sem câmara
Pneu Traseiro: 160/60 ZR17 M/C (69) – Sem câmera 160/60 ZR17 M/C (69W) – sem câmara
Dimensões e capacidades
Peso a seco: 208 kg 240 kg
Comprimento: 2000 mm 2145 mm
Largura: 770 mm 780 mm
Altura do Banco: 800 mm 770 mm
Distância entre Eixos: 1430 mm 1470 mm
Capacidade do tanque: 20 litros 20 litros
Preço (FIPE, dezembro de 2020)
1996 R$ 8.754,00 2005 R$ 14.552,00
2004 R$ 13.994,00 2016 R$ 25.040,00

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.moto>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza