A cidade de Nova York já possuía algumas centrais e distribuições elétricas DC no fim do século 19, mas praticamente do outro lado de suas grandes avenidas Tesla e Westinghouse promoviam a AC. Tanto uma como a outra, e ambas em sua infância, apresentava agressivamente sua preferência.
Os apoiadores da DC lançavam mão de questionáveis práticas de marketing, exagerando os perigos da AC.
Mesmo assim, a guerra das correntes foi vencida pela AC, que desde aquela época tornou-se a plataforma de transmissão elétrica do mundo. Em 1927 a cidade de Nova York decidiu começar a substituir o equipamento DC por AC, processo que só foi terminado em 2007.
Por outro lado, a DC é a única tecnologia que permite a transmissão econômica de energia a longas distâncias – e é o tipo de força produzida pelos paineis fotovoltaicos. Computadores, celulares e lâmpadas LED funcionams em DC.
Cada um deles precisa de um retificador para converter de AC para DC. Solução muito mais lógica e eficiente seria fazer esta conversão em retificadores gigantes, à entrada de cada grande edificação, com uma economia de 10% a 20%. As perdas poderiam ser ainda menores se esta conversão fosse feita por bairros, ou mesmo pequenas cidades.
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José Luiz Vieira, Diretor, engenheiro automotivo e jornalista. Foi editor do caderno de veículos do jornal O Estado de S. Paulo; dirigiu durante oito anos a revista Motor3, atuou como consultor de empresas como a Translor e Scania. É editor do site: www.techtalk.com.br e www.classiccars.com.br; diretor de redação da revista Carga & Transporte.