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A Estrada da Morte (La Carretera de La Muerte) é considerada uma das estradas mais perigosa do mundo e, por isso, é atração turística na Bolívia. Neste destino sul americano, motociclistas e aventureiros do mundo inteiro se aventuram a atravessar o caminho, apenas pelo prazer da adrenalina. Portanto, segure-se firme e vamos conferir mais detalhes sobre a Estrada da Morte.

A Estrada da Morte – Camino de Los Yungas

Nos já falamos sobre a Estrada da Morte aqui no Motonline, lá em 2016 – relembre. Então, continuando, na Bolívia há um estreitíssimo caminho de aproximadamente 80 km que foi construído com trabalho escravo de prisioneiros paraguaios, durante a Guerra do Chaco, na década de 1930.

La Carretera de La Muerte: caminhos enlameados e muitos desfiladeiros na estrada – Foto: Peter J Ricci

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Este trajeto liga a capital La Paz à região de Los Yungas, a nordeste, onde se desce 3.600 metros em apenas 64 km de extensão! Além disso, sua altitude máxima chega a 4.650 metros acima do nível do mar, tornando o ar rarefeito, uma dificuldade adicional para quem trafega por lá.

Conhecida como “La Carretera de La Muerte” ou “Camino de Los Yungas”, a estrada é lembrada pelo grande número de mortes em acidentes no local. A Divisão de Acidentes de Trânsito da Polícia Boliviana e a Organização Pan-Americana da Saúde afirma que em cinco anos, de 1999 a 2003, houve 1.049 acidentes, com 96 pessoas mortas anualmente.

A estrada mais perigosa do mundo

Inimaginável que tantas pessoas percam a vida num trecho tão pequeno. Entretanto, isso acaba por lhe conferir o título de “a estrada mais perigosa do mundo”, concedido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento.

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Atualmente existe um novo caminho, mais seguro, ligando La Paz à região de Yungas. Apesar disso, a estrada antiga ainda é um roteiro muito procurado por turistas aventureiros. Confira o vídeo do programa Top Gear com Jeremy Clarkson, James May e Richard Hammond encarando o desafio.

Os desafios da Estrada da Morte?

Existem algumas interessantes regras que regem o tráfego pela Estrada da Morte. Por exemplo: a preferência de passagem é de quem sobe, ou seja, quem está descendo tem que achar um refúgio para permitir a passagem de quem está subindo. Assim, diferentemente do resto da Bolívia, o tráfego acontece em “mão inglesa”. Com isso, o condutor deve manter-se no lado esquerdo da via tendo mais visão de onde a roda que fica ao lado do abismo, tornando a condução ‘mais segura’.

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Por causa de suas encostas íngremes, com largura de apenas uma pista (3 m em alguns lugares), e a falta de grades de proteção, essa estrada torna-se extremamente perigosa. Além disso, situações como umidade constante, devido à altitude, mantêm uma neblina permanente que chega a oferecer apenas poucos metros de visibilidade. Por fim, a grande incidência de chuvas tropicais, fazem o piso sem pavimentação ficar enlameado. Isso sem falar das cascatas que descem das encostas da montanha. Confira o aventureiro Peter J Ricci atravessando todo o trajeto.

Turismo com adrenalina 

Apesar do grande perigo que representa viajar por “La Carretera de La Muerte”, foi justamente isso que a transformou em atração turística, desde os anos 1990. Ao longo do tempo o trajeto passou a ser um fetiche para motociclistas e ciclistas de montain bike do mundo inteiro. Desta forma, viajantes ao redor do globo se deslocam à Bolívia simplesmente para cruzar esse pequeno trecho.

Ricci e sua KTM 1290 Super Adventure ao lado do guia – Foto: Peter J Ricci

Vários deles registram momentos em insaciáveis quantidades de fotos, que capturam os melhores ângulos, em meio à exuberante mata nativa amazônica. Apesar do grande número de desbravadores em duas rodas, são poucos os registro de acidentes com motociclistas e ciclistas.

Além disso, o Plano Nacional Boliviano, equivalente ao nosso DNER, projetou a implementação de medidas de prevenção e controle. Entretanto, o objetivo de reduzir o alto índice de acidentes ainda não surtiu efeito. Assim, a estrada continua sendo uma das mais perigosas e desafiadoras do mundo.

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza