A temporada 2019 do Campeonato Europeu de Motovelocidade, o FIM CEV Repsol, inicia no dia 7 de abril e terá, mais uma vez, um brasileiro no grid da competição. Meikon Kawakami, de 16 anos, dará sequência à sua carreira internacional correndo pela equipe Reale Avintia Academy 77 na categoria Junior World Championship Moto3, o Mundial Junior de Moto3.
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No currículo, ele tem os títulos de campeão Brasileiro na GPR 250 em 2014 e da Moriwaki 250 Júnior Cup, na Holanda, em 2016. No calendário seguinte o jovem disputou paralelamente o European Talent Cup (classe do Fim CEV Repsol) e o Red Bull Rookies Cup, a categoria escola da MotoGP – que também correu em 2018. Nos desafios faturou uma vitória e três pódios no Europeu e um 5º e 6º lugares no Mundial.
Em 2019 Meikon Kawakami irá correr todas as oito etapas do calendário, com provas em Portugal, Espanha e França, e quer se recuperar da temporada adversa que teve na categoria no ano passado, que envolveu a troca de equipes e a soma de apenas um ponto. “Espero estar na zona de pontuação todas as corridas. Todas as corridas são transmitidas pelo YouTube então espero poder contar com a torcida de vocês!”, convida o piloto que concedeu entrevista exclusiva ao Motonline. Confira:
Quatro perguntas para Meikon Kawakami
1 – Como você avalia seu desempenho até aqui?
Quando penso em todas as corridas e tudo o que aconteceu para chegar aqui vejo que é muita coisa. Acho que sempre vão existir momentos bons e ruins e sempre a gente aprende. Tenho orgulho de tudo o que eu conquistei! Não é fácil chegar aqui e mais difícil ainda é se manter. Tenho que agradecer e todos que me apoiaram e principalmente a PlayStation por tornar tudo isso possível desde 2014. Eu sei que eu ainda tenho muito pra aprender e muito trabalho pela frente e é isso que me motiva a cada dia.
2 – Por que não vai correr a Rookies Cup em 2019?
Foi muito importante participar dela pois é uma competição monomarca com um nível altíssimo de pilotos. Todas as etapas são no mesmo final de semana da MotoGP, então foi uma experiência muito positiva, porém é uma competição de transição onde os pilotos ficam no máximo três anos e também com limite de idade. A maioria dos pilotos participam por um ano e eu tive a oportunidade de estar lá dois, então só posso agradecer a todos por esse tempo de muita aprendizagem e amadurecimento.
3 – O Eric Granado já foi Campeão Europeu (de Moto2, no caso). Se sente pressionado de alguma forma por outro brasileiro já ter conquistado título no Europeu?
Não. O Eric fez um ótimo trabalho e por isso mereceu o título. Eu estou trilhando o meu caminho e trabalhando duro para conseguir bons resultados e alcançar meus objetivos.
4 – Não é regra, mas na maioria dos casos pilotos ingressam no Mundial antes de completarem 18 anos de idade. E você, planeja ingressar no Mundial em que momento?
Já queria estar correndo lá mas ainda não tenho experiência o suficiente. Acredito que isso seja um processo natural, afinal fui campeão na Moriwaki 250 Júnior Cup, consegui um 3º lugar geral na European Talent Cup em 2017, corri a RedBull Rookies Cup por dois anos e esse vai ser meu segundo ano no Mundial Júnior de Moto3. Além disso vou fazer duas corridas no Mundial na categoria Moto3 como convidado em 2019 – ainda com 17 anos. Quero chegar no Mundial com a experiência necessáirapara poder fazer um grande trabalho.