Momentos difíceis nos fazem repensar costumes e otimizar soluções nas mais diversas áreas. Podemos lembrar de situações como o pós Segunda Guerra Mundial, que fez florescer marcas como Yamaha, Suzuki, Honda e Ducati que trabalharam em soluções de transporte – como as pequenas motos e scooter – nas décadas de 40 e 50. Hoje não vivemos uma guerra no sentido literal da palavra, mas a pandemia de Covid-19 trouxe novamente à tona a necessidade de se repensar as escolhas de transporte. Então, que tal um scooter como solução para mobilidade?
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O scooter surgiu também no pós-guerra e recebeu este nome (que pode ser traduzido do inglês como patinete) por se diferenciar pelo assoalho plano. Assim como no passado, novamente aspectos como custo e mobilidade trazem este tipo de veículo como uma resposta às soluções de deslocamento.
Dez motivos para ter um scooter
Caso você ainda não seja proprietário de um, vamos elencar agora um top 10 de motivos que podem fazê-lo eleger um scooter como o seu próximo ‘daily ride’ pós-pandemia.
1. Mobilidade
Agilidade urbana é o que define os scooter, por serem veículos voltados para as cidades, automáticos e muito leves. Com eles cumprir as suas missões do dia a dia, trabalho e lazer ficam mais fáceis. Com tamanho diminuto eles são ideais para se movimentar no tráfego pesado, lento e parado dos centros urbanos.
Outra coisa: vai ser mais fácil de achar onde estacioná-lo. Deslocamentos individuais são feitos com eles de forma rápida, prática e barata, sem a culpa de estar movendo uma grande massa, carro ou motocicleta, contribuindo ainda mais para os congestionamentos.
2. Segurança
Segurança é coisa de scooter! Isso porque itens que geralmente são luxo ou opcionais nas motos da mesma faixa de cilindrada são de série nesta categoria. O ABS, por exemplo, é encontrado em modelos desde os 150 cm³, algo raro em outros nichos. Lembrando: o dispositivo impede o travamento da roda em caso de freadas emergenciais, minimizando o risco de quedas e acidentes.
Faróis e lanternas de LED também são frequentes nestes veículos e colaboram à visão do motociclista. O aspecto de se deslocar de forma mais segura é sempre importante, lembrando que as motocicletas foram os veículos que concentraram o maior número de indenizações pagas por acidentes de trânsito no Brasil em 2019, segundo o DPVAT.
3. Pilotagem
A facilidade de pilotagem é destaque de longa data dos scooter, especialmente por serem automáticos. Assim, não existe a necessidade de reduzir ou subir marcha e sequer de usar o pé para acionar o freio traseiro. Além de mais facilidade na hora de guiar, isto também reduz alguns pequenos pontos negativos de pilotar motos, como ter sempre o calçado com marcas geradas pelo pedal de câmbio.
Iniciantes podem ter mais facilidades também com o comando dos freios nas mãos, que lembram o sistema das bicicletas. Além disso, o esforço necessário para se equilibrar no scooter, em baixa velocidade ou movimentá-lo, é menor. Isso porque ele tem menor peso em comparação as motos.
4. Comodidade
Talvez você ainda não tenha percebido, mas os scooters são recheados de itens de série, como ‘mimos’ e quebra-galhos aos motociclistas. Porta-objetos sob o banco e bauletos opcionais oferecem espaços para transportar desde capacetes a carga, como bolsas ou mochilas. Além disso, alguns modelos contam com ganchos para levar sacolas e as tomadas USB ou 12v, para recarregar smartphones e demais dispositivos.
Ainda, alguns modelos contam com itens como o Smart Key – que permite dar a partida apenas aproximando a chave – e o Idling Stop, que desliga automaticamente o motor nas paradas, como no semáforo, proporcionando economia. Tudo isso faz o cotidiano e aquela ida ao supermercado mais prática.
5. Economia
Ponto forte na hora da compra, a economia é um dos primeiros aspectos lembrados quando o assunto é scooter. Grande parte dos modelos no mercado nacional (especialmente os mais vendidos) ficam na categoria de motores entre 110 e 160 cm³, alimentados por injeção eletrônica.
Equipados com esta configuração de propulsor em um conjunto leve, estas pequenas notáveis chegam a superar a marca dos 40 quilômetros com um litro de gasolina, isso em uso real, no para e arranca das grandes cidades. Um exemplo disso foi o teste realizado pelo Motonline com a Neo 125.
6. Meio ambiente
Se tem economia, claro, também há um melhor aproveitamento de combustível. Equipados (quase sempre) com motores modernos e mais racionais do ponto de vista de uso em grandes cidades, os scooters são uma alternativa sustentável. É possível, ainda, se valer dos movidos a bicombustível e mesmo de tecnologias de última geração, os elétricos. Entre eles, o Voltz EV1.
Alternativas para menos gases do escape nas cidades sempre bem são bem-vindas. Além disso, sistemas como o já referido Idling Stop, presente no SH 150i, gastam menos combustível e contribuem assim ao meio ambiente.
7. Ergonomia e conforto
Pensando em atender especialmente o uso urbano, a posição de pilotagem é uma das preocupações principais do scooter. Ereta, com braços flexionados e amplo espaço aos pés, ela costuma ser menos cansativas que a de outros modelos de motos – especialmente quando elas têm apelo esportivo.
Além disso, nos scooter há menos calor nas pernas, uma vez que o motor não fica próximo delas. Por fim, nos modelos de média cilindrada (como Dafra Citycom, atual líder da categoria) investem ainda mais no quesito conforto, apostando em bancos amplos (tanto para o piloto como ao carona), suspensões com curso maior e melhor proteção aerodinâmica, através da adoção de carenagens mais largas e para-brisas.
8. Estilo
Quando começaram a tomar as ruas, os scooter eram mais associados ao público feminino. Eles continuam agradando as mulheres, mas definitivamente não são seu único público. Atualmente, temos desde as opções básicas de modelos até versões de luxo, escolhas com pegada retrô como a Vespa e também design aventureiro como ADV 150.
Se é potência o problema, lembre que há uma variedade de cilindradas de scooter, com alguns chegando a 650 como o Burgman. E se você prefere viajar com segurança, inclusive levando garupa, um acima dos 250 cm³ assume o desafio com charme e estilo próprio.
9. Manutenção
Outro fator de destaque quando o assunto se refere aos scooter é a manutenção – reforçando o aspecto economia mais uma vez. Comparando modelos populares, é possível perceber que a durabilidade e valor acessível das manutenções é um ponto forte na categoria.
Se você próprio gosta de colocar a mão na massa ou melhor, na graxa, infelizmente temos que dizer que não vai ser necessário. Isso porque os veículos utilizam correia – e não corrente, então esqueça os produtos para a roda traseira suja de graxa. Além disso, o motor geralmente fica protegido por uma carenagem, o que reduz preocupações e o protege contra intempéries.
10. Mercado e revenda
Outro trunfo dos scooter é o bom valor de revenda, consequência da grande procura. O segmento é o que mais cresce no mercado de motos no Brasil e a tendência é que haja ainda mais movimentação depois do retorno das atividades pós-pandemia. Assim, eles já respondem por mais de 8% das motos no país.
Ainda no ano passado os scooter/cub aceleraram 33,96% no mercado nacional, saltando de 67.620 mil unidades para as 90.362 mil comercializadas. Crescimento recorde segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Por isso vale a pena conferir o mercado, os modelos mais vendidos, os mais baratos do Brasil e considerar um scooter na garagem.